Capítulo 10 - A Transformação dos desacreditados

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Olá! Estavam com saudades?

Primeiro mil perdões pela demora, os dias tem sido corridos e eu tinha prazos a cumprir em meio a um bloqueio pra escrever, mas finalmente dei uma melhorada e consegui trazer mais um capítulo para vocês.

Sobre ele, eu pedi uma opinião para o meu xuxu que nunca me deixa desistir e acatei ao que ela me pediu :) Esse capítulo é para você, Isa ♡

Tenham uma boa leitura!

🌕

O balançar incomum da cabana fez Jimin despertar e segurar a mesinha ao lado de sua cama após ter reparado que estava ao lado de um espaço vazio e com os lençóis revirados. Ele tentou sentir a presença de mais alguém no cômodo, mas havia apenas um cheiro forte de maresia e chuva que o deixava zonzo.

Ele se equilibrou como pôde sobre o chão de madeira e andou cambaleando pelo quarto, quase caindo no processo quando a cabana inclinou-se muito para o lado oposto ao qual se apoiava. Precisava chegar logo à porta e ver o que estava acontecendo do lado de fora.

Com certo esforço, ele conseguiu alcançá-la, agarrando-se a maçaneta com força e usando seu corpo para girá-la, o balanço da casa levando-o a quase a cair mais uma vez, a maçaneta rangendo ao sustentar o peso de Jimin.

Quando a cabana voltou a se endireitar, Jimin aproveitou o impulso e correu para fora, assustando-se com o grande raio que cruzou o céu diante de seus olhos, seguido de um imenso estrondo que machucou seus tímpanos.

Ao invés de ver os cômodos restantes de sua cabana, ali havia uma imensidão tempestuosa e o convés de um navio com suas madeiras escuras pela água que não parava de cair torrencialmente do céu. Jimin estava em alto-mar, mas como?

Seus longos fios estavam sendo jogados em seu rosto pela força do vento que o açoitava com gotículas grossas de água salgada e da chuva até que grudassem junto a sua roupa em seu corpo. Ele olhou em volta, buscando por qualquer presença, e andou sem conseguir seguir em linha reta, caindo no chão durante o processo.

Desviando de algumas caixas de suprimentos que deslizavam para os lados, Jimin passou a arrastar-se sobre as mãos e joelhos até que recuperasse o equilíbrio e pudesse se levantar. Foi então que ele conseguiu vislumbrar uma silhueta na proa, pendurado sobre a forma de um lobo entalhado, sua boca cheia de dentes bem aberta para trazer medo aos inimigos.

— Ei! — Jimin tentou gritar.

Quem quer que estivesse consigo, pareceu pressentir seu chamado, pois virou-se em direção ao som, abafado por mais trovões, e desceu para o convés, pouco perturbado pela tempestade que ameaçava virar o navio.

Pela luz emitida através dos relâmpagos, Jimin conseguiu perceber que usava muitas camadas de roupas e estas estavam igualmente ensopadas. Mesmo que quisesse se proteger da chuva e das ondas que invadiam o piso de madeira, o ômega forçou-se a levantar mais um pouco o olhar para tentar ver o rosto de quem estava ali, ainda sem dizer palavra alguma. Parecia letárgico ao que estava acontecendo e nem a força do mar o abalava.

Foi quando um rastro luminoso cruzou o ar bem acima de onde estavam, iluminando tudo à sua volta e revelando um rosto familiar.

— Taehyung...?

Os cabelos castanhos e ondulados molhados, em conjunto com o rosto de traços bem definidos e bonitos visíveis eram exatamente o retrato do beta que conhecia. Porém já não o via por tantas luas que sua presença parecia irreal naquele momento.

O Elísio dos Inglórios | YoonminOnde histórias criam vida. Descubra agora