Panic attack • bnha | dadzawa & shouto todoroki

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No momento atual ele está se escondendo atrás de alguns escombros no Ground Beta, desesperado para que nenhum de seus colegas  professores o encontre. Ele estremece sozinho atrás de uma cobertura tênue, pressionando a mão sobre a boca, enfiando ambas no espaço feito por seus joelhos dobrados para suavizar os soluços ofegantes que ele está fazendo.

Vai passar, sempre passa. Ele só precisa esperar que seu cérebro pare de ser tão irracional.

Ele move a mão, empurrando a parte abaixo do polegar em sua boca, mordendo com força. Ele sabe que não vai tirar sangue — ele nunca faz, não importa o quanto ele queira. As pequenas respirações soluçantes, agudas e rápidas, estão um pouco mais altas do que antes, mas ele sabe por experiência que isso o ajudará a voltar à racionalidade mais rapidamente. Lágrimas estão escorrendo pelo canto de seus olhos, e ele as apressa, imaginando se isso ajudaria a passar mais rápido. Ele acha que não, mas também se sente um pouco melhor por isso, então continua.

Ele está quase passando pelo súbito ataque de emoções quando Aizawa o encontra.

— Todoroki?

Shouto pisca rapidamente. Em algum momento no último... qualquer que seja a quantidade de tempo, sua alma voou e flutuou acima de seu corpo. Ground Beta é uma visão tão… interessante. Ele estende a mão com sua mente, enfiando sua alma de volta em seu corpo desconfortável e claustrofóbico e tira a cabeça dos joelhos, olhando para cima apesar de não querer deixar Aizawa ver sua fraqueza.

— Oh, garoto... Você está tendo um ataque de pânico? — Seu professor de sala pergunta com a voz mais gentil que já foi dirigida a Shouto em sua vida.

Isso é... Isso... Ah. Isso é um ataque de pânico? Há uma palavra para isso? Outras pessoas também se sentem assim? Eu não estou exagerando?

A mandíbula de Shouto trabalha um pouco, tentando encontrar as palavras. — Sim, — ele finalmente sussurra. — eu acho que estou.

Aizawa se agacha onde está, a dois passos de Shouto – longe o suficiente para não estar invadindo, mas perto o suficiente para tranquilizar.

— Posso tocar em você? — ele pergunta.

Shouto balança a cabeça.

— Tudo bem, — Aizawa respira. — Eu vou ficar aqui, ok?

Shouto acena.

— Ok, garoto, você está indo muito bem. Eu quero que você tente desacelerar sua respiração, ok?

É Shouto tenta, ele realmente tenta. Mas não funciona. Mesmo que conscientemente  diminuir a velocidade faz com que seus pulmões se sintam desinflados, não há ar suficiente e ele não consegue respirar, então há aquele som rápido em seus ouvidos que parece que seu coração vai escapar de seu peito abrir um buraco direto no seu corpo e pular é-

— Garoto, garoto, você está indo bem! — ele ouve uma voz um pouco acima dele. — Por que você não tenta seguir minha respiração em vez disso. Aqui, escute.

Então Shouto começa a seguir a respiração de seu professor, e lentamente se acalma.

Oh! É assim que você respira.

— Isso é bom, — Aizawa elogia. — Demore o tempo que precisar, ok garoto?

Em vez de assentir, Shouto lentamente desenrola seu corpo da posição anteriormente encolhida, abrindo os olhos para o mundo brilhante e desorientador. Ele está tonto, entorpecido e cansado e tudo o que ele quer é... tudo o que ele quer... ele não tem certeza do que quer. Ele quer algo, seu corpo anseia por algo. Ele não sabe o que é. Ele não conhece esse sentimento, ele não…. Ele olha para Aizawa, incerteza por todo o rosto.

— Você quer um abraço? — Aizawa adivinha imediatamente.

Sim... Isso é o que seu corpo está desejando. Shouto acena com a cabeça, o rosto se contorcendo em uma tentativa de não chorar novamente depois que ele acabou de parar, os olhos olhando para baixo para evitar ter que processar qualquer outra coisa. 

— Garoto, eu vou te abraçar ok?

Shouto acena com a cabeça novamente, e de repente ele está envolvido em uma parede forte e resistente de algo. Parece quente e seguro. Os braços de Aizawa estão ao redor do corpo de Shouto, envolvendo-o no primeiro abraço na memória de Shouto que não estava misturado com sentimentos de culpa, leve medo ou desconforto.

Shouto envolve as mãos em volta do corpo de Aizawa, praticamente agarrando-se ao seu professor.

— Obrigado...