POV JADE PICON
A primeira noite na casa de vidro foi mais tranquila do que eu poderia imaginar. A energia de todos parecia ser muito boa e, apesar de o público na parte de fora do vidro tentar fazer com que soltássemos pequenas faíscas um para os outros, estavam todos muito tranquilos.
Arthur parecia ser muito calmo, o contrário do que diziam sobre ele na internet. Não que ele não possa estar interpretando ou se segurando, mas talvez seja cedo demais para julga-lo. Por outro lado, parece tentar se isolar de todos propositalmente.
Eu, Any, Jean, Linn e Lucas estávamos em um clima muito bom. Vivíamos do mesmo, por mais que em realidades diferentes, e buscamos nos divertir junto ao público que estava vindo nos ver.
Acordei com sons de gritos, já do lado de fora. Arthur e Linn eram os únicos acordados e interagiam com o público da forma que podiam, tentando não acordar o resto que ainda dormia – em vão, já que despertamos com o barulho.
— Meu Deus! Esse shopping abre cedo assim mesmo ou nós que dormimos muito? — Any perguntou, ainda meio desnorteada. Jean riu da garota e a abraçou por cima dos ombros.
— Isso aqui abre por volta das 10h, mana. Vai lavar esse rosto!
Não demorou muito para que a praça onde estávamos começasse a encher cada vez mais. Eram inúmeras pessoas que brigavam por falar com a gente, enquanto nos divertíamos com as cenas vistas. Com um dia de estreia, a loucura se instaurou. Já haviam pessoas com cartazes nos tentando dar recados, camisetas personalizadas e diversas crianças passando para dar tchau.
No fim do dia, quando o fluxo de pessoas foi diminuindo aos poucos, sentei em uma poltrona que havia num canto mais afastado para pensar. É muito louco que eu, que sempre fui tão reservada, esteja tão empolgada e ansiosa com algo que pode me destruir ou me alavancar ainda mais. Nas mesmas proporções.
— Isso aqui é uma loucura, né? — ouvi uma voz grave atrás de mim e me virei. Era Linn da Quebrada.
— Pois é, Linn! Nunca pensei que iria estar aqui um dia, eu sempre neguei quando me perguntavam se eu gostaria — eu respondi rindo.
— Pode me chamar de Lina, Jade. Acho que fica mais íntimo. Mas e aí, hein? Quando será que vão tirar a gente dessa enorme caixa de vidro?
— Não sei, só espero que não demore muito. Estou começando a enlouquecer!
Eu disse a última parte mais alto e em tom desesperado, o que fez com que todos rissem. Mal sabia que eles prestavam atenção na conversa.
Menos de 2 minutos após minha sala, a televisão no canto superior direito piscou e emitiu um alerta, nos direcionando para o sofá. Sentei ao lado de Any e segurei suas mãos, ansiosa. Ela olhou para mim e deu um sorriso nervoso.
Não demorou muito para que a imagem de Tadeu aparecesse, todo sorridente. Nós gritamos, como loucos. Gritamos como nunca.
— Que recepção calorosa! Como vocês estão, meus vidraceiros?
— Pelo amor de Deus, Tadeu, tire a gente daqui! Nos dê uma notícia, homem, uma luz! — Lina gritou, fazendo todos rirem, inclusive o apresentador.
— Calma, Linn! Eu preciso da calma de todos agora, ok? Como podem imaginar, a estreia oficial do programa ocorreu ontem, simultaneamente a entrada de vocês. Todo o Brasil acompanhou. Talvez seja muito cedo e eu sei que vocês não se mostraram 100%, mas apenas três de vocês irão entrar na casa.
— Isso a gente imaginava, mas você pode nos dizer quando? — Any perguntou, ela estava aflita e gelada.
— Hoje, Any! A votação está em seus últimos minutos nesse exato momento e preciso dizer que está muito acirrado entre todos vocês.
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TREZE RAZÕES PARA ESQUECÊ-LA (Jade Picon)
RomanceJade Picon nunca imaginou estar no Big Brother, muito menos aceitar tanta exposição na mídia. Sua fama de isenta em polêmicas parece estar mais próximo do que nunca de terminar. Ela também nunca pensou passar por sentimentos tão avassaladores dentro...