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Sakura se lembrou de olhar para as costas escuras de Sasuke enquanto ele caminhava pela estrada saindo de Konoha. Sua testa formigava com o calor de onde ele colocou os dedos. Ele se espalhou para o resto de seu corpo, e ela nunca quis perder essa sensação, mesmo quando suas costas desapareceram além de sua vista. Ela se esforçou contra as árvores e o horizonte, esperando em vão por um último vislumbre.

Atualmente, o vento forte sacudiu a cabine. Eles estavam viajando juntos, mas ele parecia ter desaparecido de sua vista novamente. Sasuke permaneceu um mistério indescritível, e ela um aborrecimento.

— Não é você. — ele declarou, subitamente envolvendo-a. Seu um braço estalou sobre os dois dela, esmagando-os contra seus seios enquanto ele a puxava para ele. Ela primeiro sentiu seu peito firme ao lado de suas costas. A força quase tirou o ar de seus pulmões. Os quadris de Sakura seguiram a direção de seu corpo, de modo que suas pernas se moldaram contra as de Sasuke.

Aconteceu rapidamente. Ela prendeu a respiração, em seguida, notou algo firme e muito quente pressionando a parte inferior das costas. Seus primeiros pensamentos foram para a bainha de Sasuke, e ela ficou intrigada porque ele a usava para dormir. Sasuke respirou fundo e ficou muito quieto. Horas de aulas de anatomia ressurgiram no cérebro da médica, e Sakura deu um gritinho de compreensão.

Uchiha Sasuke estava excitado.

— Desculpe. — ele resmungou. Ele a soltou, virou-se e fugiu para a borda oposta de seu colchonete.

Ela não tinha certeza de como responder. Este era um novo território. Ela passou anos estudando o corpo humano. Nos últimos dois anos, suas amigas, Ino, a submeteram a histórias de suas vidas sexuais. Ela até cedeu e leu Icha Icha - Livro cujo Kakashi estava sempre pelos canto lendo - e  nada disso a preparou para a sensação real da ereção vestida de Sasuke pressionada contra seu traseiro.

Até pensar nisso a fez suspirar. Os cobertores farfalharam, o calor de seu corpo diminuiu, e ela podia dizer que ele estava se enrolando em uma bola. A imagem mental a teria feito rir, mas a causa ainda pairava sobre ela assim que o fantasma de sua protuberância permaneceu contra seu cóccix. Ela rolou em direção a ele, olhando para o que ela suspeitava ser suas costas.

— Sasuke-kun..? — ela sussurrou em um tom reconfortante.

O silêncio não podia ocultar seu pulso errático.

Sakura franziu a testa.

— Está tudo bem. — arriscou. — Você não precisa se envergonhar. Isso é... é apenas biológico.

Ele resmungou na escuridão.

A nevasca uivava ao redor deles, mas o interior da cabana permanecia silencioso.

Sakura aninhou o rosto sob o cobertor e se aproximou um centímetro. Ela fechou os olhos e se concentrou em estender a aura de seu calor para que Sasuke pudesse se beneficiar.

Depois de vários minutos, ele murmurou:

— Isso não é necessário.

— Sim, é. Eu não vou deixar você congelando e pegar um resfriado.

— Eu vou ficar bem. Já passei por coisas piores.

— Mas não precisa ser assim. Estou aqui. Deixe-me ajudá-lo!

Ele rolou de costas abruptamente e virou o rosto para ela. — Eu não deveria ter te agarrado assim. Me desculpe.

Ela se perguntou se ele podia vê-la piscando surpresa. As desculpas de Sasuke eram como raros avistamentos de pássaros. Ela sorriu na direção de onde sua voz tinha vindo.

— Está tudo bem. — ela disse, então corou. — Só me surpreendeu! Como eu disse, eu sei que é completamente biológico! Eu sei que não significa nada...— Sua risada tensa subiu em direção ao teto em uma baforada.

— Tch.

Ela franziu a testa, curiosa com o que ela fez para irritá-lo ainda mais. Talvez o frio e o constrangimento o tenham deixado mal-humorado. Trinta minutos de silêncio pareciam mais uma hora. Seu pulso não voltou ao normal desde que roçou seu companheiro de viagem. Seu membro estava duro e macio ao mesmo tempo. Sua imaginação acelerou enquanto pensava em como seria a sensação de estar pressionada entre suas pernas. Sasuke não se moveu desde então, mas o chakra de seus olhos queimou nela, impedindo-a de adormecer.

— Sasuke, — ela começou quando não aguentou mais — Você está acordado?

— Aa.

Ela respirou fundo.

— Eu não consigo dormir.

— Hm. Igual.

Ela rolou em direção a ele. Sua mão roçou seu membro residual no processo. Ele a empurrou para longe.

— Desculpe. — ela murmurou. A curandeira nela não pôde se conter.

— Você sente frio. — Ela inflamou o calor de seu corpo novamente.

— Eu disse para não se preocupar com isso. — ele retrucou.

— Eu não posso evitar! — ela diz com seus olhos já marejados. — Eu me preocupo com você o tempo todo! Achei que não me preocuparia tanto agora, mas aqui estou eu, lutando para dormir porque estou preocupada com você de novo!

Ele suspirou.

Sakura continuou, mais gentil dessa vez.

— O que aconteceu... eu sei que não significa nada, ok? Você não vai me chatear se você não tiver sentimentos por mim. Eu não sou a genin irracional que eu costumava ser.

— Tch. — Ele rolou em direção a ela. Sua respiração soprou em seu rosto. — Irritante.

Ela rosnou.

— Afinal, o que isso quer dizer?

Ela se aproximou, atraída como um ímã. Seus dedos se fecharam em sua camisa com frustração e algo mais primitivo.

Sua mão solitária agarrou seu pulso. Seu coração disparou sob seu aperto.

— Sakura. — ele murmurou, curvando o rosto em direção ao dela. — Você está errada. — A mão dele deslizou para a cintura dela.

Uma chama ascendeu no peito de Sakura, e ela perdeu temporariamente o controle de sua temperatura corporal. Sasuke afastou a mão com um silvo.

— Desculpe! — ela gritou, então repetiu-se mais suavemente. Ela pegou a mão dele e a encontrou apertada contra sua perna. Ela bombeou um pouco de chakra de cura em seus dedos. Suas palavras se repetiram em sua mente.

— Sasuke-kun... você... você tem-?

Seu lábio tremeu. As palavras delicadas flutuaram de seus lábios antes que ela pudesse dizê-las como pétalas de flores carregadas em uma brisa abafada.

— Aa.

Ele enrolou os dedos ao redor dos dela, puxando sua mão para cima e para fora do cobertor. Seu chakra continuou a arder, lançando um brilho calmo por todo o abrigo. Destacou as feições de Sasuke, revelando a delicada esperança em seus olhos.

— Sasuke-kun. — ela sussurrou, com a íris aberta.

A luz se apagou e ele se aproximou dela.

—Venha aqui.

A noite mais longa - SasusakuOnde histórias criam vida. Descubra agora