1.UM ÚNICO SOCO

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AVISO INICIAL

🔹️ A leitora é descrita no feminino e sem descrições física além de raras ocasiões que é descrita como mais alta do que Mikey, além de que eu prefiro descrever as personagens como estrangeiras para não restringir os traços apenas aos japoneses (como nesse caso), escolhi o Brasil porque aqui tem etnias diversificadas para se imaginarem como quiserem.

🔹️Também citados dois irmãos mais novos com nomes escolhidos para não haver confusão.

Boa leitura!

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【UM SOCO VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS】

Cerca de 2 anos atrás:

  — QUAL DE VOCÊS IDIOTAS é o chefe por aqui?! — Você gritou em plenos pulmões sem intimidar-se pelos incontáveis pares de olhos que viraram-se na sua direção.

Hoje um dos seus irmãos mais novos, Ector, de dez anos chegou em casa chorando e com diversos hematomas, segundo ele, garotos mais velhos e malvados pegaram seu dinheiro a semana toda. Ele não havia contado nada antes por medo de trazer mais confusões para casa, só que hoje não pôde disfarçar por causa da surra que levou por não levar dinheiro.

Você ficou tão irritada que o acompanhou secretamente no dia seguinte e viu os outros quatro garotos que já deveriam estar no ginásio intimidando seu querido irmão mais novo. Não importa se eram mais velhos, você não se intimidaria pelos idiotas que ousaram machucar seu irmão e lhes deu e uma surra bem merecida para depois arrancar-lhes os uniformes onde acabou descobrindo que pertenciam à essa tal Gangue Manji de Tokyo, o que a levou até aqui, diante de uma reunião dos tais.

— Quem você pensa que é para vir chegando assim e ofendendo nosso líder?! — um deles abriu caminho entre a multidão vestida de preto e dourado. Parecia ser mais velho do que a maioria dos garotos que viu espalhados por aí, com as laterais da cabeça raspada revelando uma tatuagem de dragão.

Você manteve-se firme e jogou as roupas rasgadas aos pés dele.

— Tsk. Não passam de covardes atacando crianças em grupo — no chão aponta para as insígnias nas quatro camisas de uniforme que tirou dos agressores de Ector — Quatro de vocês roubaram e atacaram meu irmão. Ele só tem dez anos e nunca fez mal a uma mosca. — cobrindo o espaço que os separava e ignorando que a diferença de altura entre você e o delinquente a faça ter de tombar a cabeça para trás, encara-o com determinação e raiva — Se tiverem um problema com ele resolvam comigo. Porque ninguém, absolutamente ninguém, mexe com os meus irmãos e saí impune.

O garoto pareceu pego de surpresa por sua petulância e falta de intimidação, hesitando por um segundo.

— Deixa ela em paz, Kenzinho. — desta vez os próprios delinquentes abrem caminho para outra figura, estranhamente pequena, atravessar até você.

O tal "Kenzinho" também saiu da frente, possibilitando ver o outro garoto que paira a quase dois metros de você. Loiro de olhos negros, ele exibe um sorriso tranquilo com as mãos nos bolso. Você o sente perscrutando sua forma antes de mirar as jaquetas amassadas e sujas no chão.

Então ele é o líder, constata pelo ar de superioridade e respeito que ele exala perante os outros. Por um momento você fecha seus punhos de guarda levantada esperando que ele a ataque. Incrivelmente, em um gesto que a fez dar alguns passos para trás espantada, o líder de gangue inclina o corpo para frente num pedido de desculpas.

CONSTANTE - Manjiro (Mikey) SanoOnde histórias criam vida. Descubra agora