Trilha Sonora: Labrinth
- Demanding ExcellenceHenrique
— Tem certeza que não quer continuar? — perguntou uns dos meus rivais — Posso apostar uma porcentagem maior de ações de uma das minhas empresas como um incentivo e você uma porcentagem de ações do seu banco, Henrique.
Terminava aquela partida vitorioso, havia ganhado desse senhor e de outro, por isso queriam revanche. Estava pensando em aceitar mudando as regras, não iria ser irresponsável de misturar meu trabalho com prazer, quando os meus olhos pairaram sobre tufos de cabelo ruivos que passavam entre a multidão de pessoas do lado de fora daquela sala, no mesmo instante me levantei.
— Hoje não, Smith... — neguei ainda vidrado nos cabelos que se dissipavam na multidão. Bati sobre os seus ombros me preparando para deixar aquele cômodo. — Ah, esquecendo... Entrarei em contato. — me despeço sorrindo e batendo agora no ombro de um dos homens do meu pessoal para que ficassem de olho e cuidasse disso pra mim.
Voltei a mirar a multidão de pessoas, procurando pelos cachos ruivos, vendo os fios balançarem pela mulher que saltitantes passos dava. Por um momento o seu rosto vi, no semblante a animação e excitação por algo novo conhecer, era encantadora e por isso me vi dando passos em sua direção. A minha visão um novo grupo de turista apareceu com câmeras e roupas bregas, agora passando na minha frente e bloqueando por segundos minha visão.
— Não, não! — recriminei aqueles que fizeram com que perdesse a mulher de vista e aqueles que agora no meu caminho se emprenharam, fazendo com que tentasse desviar deles ao mesmo tempo que tentava abrir passagem com as minhas mãos. — Merda...
Olho ao meu redor, vendo aquele cassino cheio de pessoas das mais diferentes, procurando pela mulher de cabelos ruivos e pele de ébano. Rodo entre as pessoas, à procura dela, olhando ao meu redor e quando a acho, está sentada ao bar, fazendo gestos e erguendo sua mão tentando chamar a atenção do barman e naquele momento eu me aproximo"
Nunca pensei que cometeria tal loucura, sempre fora um homem completamente racional, agindo sempre com sensatez e lógica. Não sei o que me fez aceitar fazer aquela loucura, ao menos tinha o álcool para culpar, mas ainda acredito que nem isso poderia ter me motivado o suficiente para cometer tal maluquice m. Pela primeira vez na vida, havia deixado a vida me levar, por assim dizer. Não sei se fora seus olhos, ou os cabelos cor de fogo que em contraste com a pele de ébano me fizeram tal loucura cometer. Talvez fora o jeito com que me pediu e com ajuda no álcool no sangue me fazendo realmente aceitar aquilo.
Agora olhando o aro em meu dedo, apenas ri que nem um idiota admirando suas tolices, tendo o riso cortado pelo mortificante olhar da minha então esposa. Finjo uma tosse, tentando parar de sorrir, o que parecia impossível porque meus lábios se erguiam naturalmente. Fernanda, agora minha esposa, me olhava com raiva, eu apenas voltei meu olhar para o notebook no meu colo, mais uma vez tossindo e mudando de uma foto para a outra. Nessa outra era o momento em que nos beijávamos, claramente soltos demais, sorridentes demais. Era uma imagem bonita, Fernanda tinha seus braços me rodeando, junto do buquê que milagrosamente conseguiu naquela madrugada, eu a erguia no abraço, já que a mulher era extremamente baixa perante a minha estatura.
— Meu Deus... — ela murmurava, por conta própria mudando de imagem — O que fui fazer?!
— O que você foi fazer, Fernanda... — repito, acomodando-me estranhamente relaxado no sofá, cruzando as pernas e a encarando.
Seu olhar mais uma vez voltou-se para mim e mais uma vez me metralhava.
— Você não tá ajudando. — rosnou e eu me esforcei para esconder o sorriso, passando de uma foto para a outra.
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Bem Casados (Casamento por Contrato - Crazy For Hot Books) [NA AMAZON]
Romance[Disponível para Kindle Unlimited] Sinopse: Um banqueiro. Uma médica. Uma noite em Vegas. "O que acontece em Vegas fica em Vegas" sendo levado muito a sério. Acordando entre lençóis de seda preta e brilhante, com o corpo nu e uma dor de cabeça...