Capítulo 2

644 143 58
                                    

Narradora

— Podemos ter esquecido que havia amanhã também, mas pelo menos não estamos mais com fome. -suspira Sabrina.

— O que há ainda na dispensa? -pergunta Lilith.

— Fantasmas.

Elas riram.

— Na realidade ainda tem, am... Farinha, três ovos, e alguns temperos duvidosos. -diz Sabrina.

— Dá pra fumar esses temperos duvidosos? -questiona Pandora.

— Nem tente de quiser viver.

Ela riu.

— Tá bom, mas eu vou arranjar algo disso para fazer um belo cigarro. -diz a morena.

Um estrondo que as fez soltar gritinhos.

— Bando de frouxas. -diz Sabrina.

Uma batida estrondosa na porta.

Ela deu um salto.

— Quem é a frouxa agora? -questiona Lilith.

Outra batida, mais forte.

— Q-quem abre? -Pandora gagueja.

Sabrina toma a frente, pegando uma vassoura.

— Vai servir de quê? -questiona Lilith.

— Pra enfiar no cu de quem estiver do outro lado. -responde a platinada.

Ela abre a porta, um estrondo de um raio junto de sua luz ilumina três altas silhuetas.

Uma delas cai em cima da garota que soltou um pequeno grito, largando a vassoura.

— Nos ajudem... -diz o macho com a voz fraca.

As outras duas silhuetas caem para trás, indo de encontro a chuva.

— Pandora! Lilith! Ajudem aqui! -ela grita.

As bruxas correram em seu auxílio, arregalando os olhos ao ver dois corpos caídos na lama.

— Tragam para dentro, mesmo que pareça impossível. -ofega Sabrina, tentando arrastar o pesado guerreiro para dentro da cabana.

As asas caindo de cada lado, se arrastando no chão.

— Cacetada, eles tem asas. -grunhiu Pandora, puxando o guerreiro de pedras vermelhas crustadas em sua armadura.

—  Não se esqueça que pesam uma tonelada! -Grasnou Lilith, arfando com o peso do segundo, o qual sombras rodeiam o mesmo sussurrando.

— Sabrina??

— No quarto!

Elas arrastam os illyrianos para dentro como sacos de batatas, a magia da cabana fechando as portas.

— O que faremos? Não tem camas o suficiente para eles. -diz Pandora.

— Há dois ou três colchonetes mofados no armário de limpeza. -diz Sabrina.

— Colchonetes mofados? -Pandora faz careta.

— A gente vira o colconete, Dora, o importante é eles não morrerem.

— Certo! -ela disse.

Sabrina encara o teto.

— Uma ajudinha? Por favor.

Os colchões surgiram, a cabana soltando um leve ruído, um ronronar.

— Obrigada. -agradece a bruxa.

Uma brisa refrescante.

Ela move sua mão e os colchonetes se amotoam em fileira para ela, se unindo.

— E se eles não gostarem de dormir juntos? -questiona Lilith.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Mar 14, 2022 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Corte De Laços E EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora