Primeira vez, paixão!

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Começo do verão, não, não é o verão que você conhece, aqui o verão de clima quente, praia, sol é em julho, mesma época do ano em que meus filhos viajam com as mães. Isso mesmo, mãe no plural, desde que me separei de Nicole ela tem vivido com sua atual esposa e são muito felizes, aliás eu e Nicole nunca fomos um casal apaixonado, só nos casamos pelas convenções sociais e pelo sonho de ter filhos.
Temos um casal lindo, Bruno e Lara são duas crianças inteligentes e felizes, eles vivem comigo durante o ano e as férias vivem com a mãe no Goiás e eventualmente viajando pelo Brasil e o mundo. Acontece que sempre estou sozinho nos verões e aproveito para trabalhar muito em novos projetos, mas não nesse verão.
O calor do verão estava fora do comum, então sai da oficina mais cedo para casa. Para sair do galpão que instalei no meio de um bosque ao fundo de casa, mais afastado das casas vizinhas, tinha que percorrer um caminho que passava pelo quintal do Sr. Mauro, e foi quando a vi.
Ela estava linda como sempre, os cabelos longos, o sorriso jovial, sempre com uma presença que preenchia qualquer ambiente, mesmo que a idade e o trabalho exaustivo na cidade tivessem levado sua juventude jamais poderia levar seu brilho, o ganho de peso tinha dado a ela curvas mais acentuadas o que me fez prender a respiração quando observei que ainda mesmo após anos ela conseguia fazer meu coração acelerar.
Era meu anjo. Minha melhor amiga da infância, sei que é clichê, mas crescemos juntos e cada vez que passava mais tempo, mais aquele amor escondido tinha me sufocado, e mesmo que tenhamos nos afastado, lá estava ela, linda e me hipnotizando como sempre.
Parece que minha presença tinha sido percebida, quando ela acenou e sorriu pra mim, tive que me aproximar da casa de meu vizinho.
“Príncipe!” ela gritou e correu em minha direção sorrindo como se fosse o presente mais esperado de uma criança. “oi... Oi anjo, eu não sabia que você estava vindo” falei abrindo os braços para sua aproximação animada. Ela pulou em meu abraço e ficamos demoradamente naquele enlace cheio de saudade e cumplicidade, talvez alguma coisa a mais vinda de mim.
“Nossa! Eu senti tanto a sua falta, nunca mais te vi desde o aniversário de 1 ano do Bruno.” Falou recordando aquele que foi nosso último encontro presencialmente há uns 7 anos atrás. E me soltou do abraço para me olhar. “sim, eu também senti sua falta. E sei que tem sido difícil toda a sua correria na cidade e coisas de mulher de sucesso.” Falei feliz pelas realizações dela.
Ela olhou pra mim com algo que imaginei ser entendimento ou saudades, não sabia o que era, estávamos distantes há muitos anos. “ é, sim, claro” ela pareceu confusa “ eu vim passar as férias com meus pais, vou ficar aqui o mês inteiro então vamos ter tempo de matar a saudade e colocar o papo em dia” ela finalizou a conversa, pois seus pais já levavam suas malas para a casa. “ claro, passa lá em casa quando matar a saudade dos seus pais, vou preparar algo legal pra você matar a saudade daqui” imaginei um plano em meio segundo e a convidei, aquilo era ousado mas de toda forma era algo que já fazíamos com frequência na adolescência. “ não é o que eu estou pensando né? Caramba, que saudades eu estava de você. Vou indo te vejo as 8 da noite” ela finalizou beijando minha bochecha e voltou para aos pais, acenando um até logo.
Aquilo tinha sido uma ousadia momentânea, mas convidá-la para aquele que era nosso programa favorito na adolescência tinha sido uma jogada nenhum pouco pensada. Naquela época éramos crianças e meu sentimento por ela eram meramente platônicos, e agora éramos adultos, e sei pelas redes sociais dela que estava sozinha há algum tempo. Em casa preparei uma caixa com aqueles itens que hoje usava para fazer esse programa infantil com meus filhos, acho que seria uma boa pegar cobertores novos, e extras já que as noites frias já tinham iniciado. Agora que estava indo para a clareira na serra próximo a minha casa pensava se tinha sido uma boa ideia, de certa forma ela jamais percebeu meus sentimentos e estaríamos ao ar livre com muitos cobertores e roupas de frio, não tinha perigo.
Por volta das 20h ela chega e o nosso acampamento sob as estrelas está pronto, sem qualquer luz artificial e muitas estrelas de uma noite de verão no cerrado tudo é claro e de certa forma lindo. Por sorte a lua é cheia o que dá um toque romântico e envolvente, espero que nada saia do controle.
Quando ela sobe na toalha que forra o chão se depara com algo um pouco diferente da nossa adolescência, agora ao invés do suco de fruta eu trouxe vinho, e ao invés de algo doce trouxe acompanhamentos frios e algumas frutas. Torço para que eu não tenha exagerado e ela não ache estranho. “caramba! Príncipe, você sempre faz jus ao apelido que te dei, vinho e frios? Que perfeito” diz sentando e eu a acompanho me sentando na toalha. “ainda bem que você gostou, eu só preparei o que tinha em casa já que foi de última hora” tudo bem que não falei que esse vinho era caro e ganhei de aniversário de Nicole para algum momento especial com alguém especial, ela sempre torceu para que eu fosse feliz com meu anjo, mas sempre disse que seria algo impossível.
“um brinde a essa noite maravilhosa e as nossas lembranças desse lugar perfeito” disse após colocar vinho nas taças e brindar comigo. Observamos as estrelas e relembramos o passado, rimos e falamos sobre a vida agora, e o que aconteceu nesse tempo distantes um do outro. 
Como era tradição e já era planejado, depois de um jantar sob as estrelas dormíamos na toalha de mesa sob o céu estrelado. Naquela época sempre tinha um adulto por perto já que estaríamos no fundo de um bosque, mas agora éramos adultos e ficamos sozinhos sob as estrelas, nada além dos sons da noite e nossa respiração olhando os céus.
Já estávamos há algum tempo em silêncio debaixo das cobertas quando ela falou. “príncipe, posso chegar perto de você?” estranhei a pergunta, “claro que sim, vem” falei levantando o braço e abrindo par ela se aproximar, e deitou-se sob meu peito enquanto eu ficava de costas para o chão, se aninhou em meu corpo que agora estava rígido com sua proximidade. “que legal, eu lembro quando dormíamos assim quando éramos crianças” eu não me movia, claro que dormíamos assim quando crianças, mas isso era quando meus sentimentos por ela não chegavam a algo físico e seu corpo não era tão esculpido e voluptuoso. Quando pensava nisso ela se moveu e suas coxas se aproximaram de minha perna, o movimento me fez prender a respiração, acho que não vou sobreviver a essa noite se prender a respiração toda vez que ela me tirar o ar.
Relaxei quando percebi que ela estava quase dormindo e comecei a dormir, foi quando vacilei pois ainda tinha uma coisa que ela fazia na adolescência que naquela época era inocente mas agora era fatal. Meio sonolento não percebi quando ela pós a mão por baixo do meu moletom e subiu pela minha barriga saliente por causa das cervejas e acariciou meu peito que agora era mais musculoso e algo a fez parar. Não deu pra me perguntar o que era pois meu órgão logo ficou duro e acredito que ela percebeu pois senti sua respiração falhar e seu corpo ficar rígido.
Morri de vergonha, dava pra segurar tudo e fingir por muito tempo, mas aquele toque quente e aquela carícia enquanto eu estava sonolento tinha sido fatal. Pensei em me desculpar, ou em virar para fingir que estava dormindo mas enquanto calculava qual seria a opção mais viável senti ela se mover e sair do meu peito, então seus lábios tocaram os meus. Continuei paralisado sem entender, abri os olhos e lá estava ela, meu anjo, com aqueles olhos de mel sob o luar me beijando delicadamente como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo. Ela fechou os olhos e trouxe os lábios mais uma vez junto aos meus e dessa vez não pensei duas vezes, levei uma mão atrás de sua cabeça e outra em suas costas a posicionando quase em cima de mim e me dediquei ao melhor beijo da minha vida, suguei seus lábios e com movimentos sincronizados nos deliciamos nos lábios um do outro, levei minha língua para o interior de sua boca e ela gemeu o que me fez ficar mais duro e mais louco, gemi de encontro aos seus lábios e mordi seu lábio inferior, aquele era o beijo que eu mais desejei na vida toda, em 32 anos aquilo era perfeito e tinha sabor de vinho. Me afastei de seus lábios e questionei, “você está bêbada? Você não bebeu muito né? Isso seria muito errado” ela sorriu ainda com os olhos fechados e me acalmou, “ não príncipe eu não bebi mal uma taça de vinho, não se preocupe, só continua” e fiquei feliz com seu encorajamento, ela tinha além de tudo me incentivado a beija-la ainda mais. Enquanto a beijava acariciava suas costas por cima do moletom, tinha desejo por mais e mesmo assim medo de fazer mais. Mas suas gemidas me encorajava a avançar com o beijo demorado, desci para seu pescoço e o lambi, ela roçou uma perna na outra e eu sabia o que aquilo significava, e me deu coragem de ser ousado, fiquei sentado na toalha e a trouxe comigo, assim me deu espaço para começar a retirar seu moletom devagar enquanto saboreava seus lábios, comecei passando as mãos em suas costas e em seu abdômen macio, esperava sua recusa em cada movimento e se não recusava eu avançava. Tirei seu moletom e ficou apenas com uma blusa de cetim que parecia ser roupa de dormir, ela tinha seios avantajados mas não colocou sutiã, a visão me fez gemer e ficar mais dolorido de prazer. Tomei seu seio esquerdo com a mão e suguei bem devagar o mamilo enquanto o saboreava com a língua, depois que o deixei úmido voltei para seu pescoço que já tinha aprendido ser um ponto erótico que ela gostava, e com o dedão estimulei seu mamilo que ficava cada vez mais rígido com meu toque. Com a outra mão em suas costas a segurando continuei até perceber que ela já está aberta o suficiente, mas não sabia o que fazer, deveria avançar e ir par ao próximo passo ou manter naquela zona segura. Já havíamos nos beijado na adolescência mas tinha sido um selinho pois éramos virgem de beijo e ela tinha medo de não saber beijar quando saísse com o cara que gostava, nem era hora de pensar nesse assunto mas esse beijo eu tinha preparado para esperar o momento de hoje depois daquele desastre. Enquanto me dedicava em deixar ela cada vez mais excitada ela gemeu alto e então tomei seus lábios e voltei seu seio para dentro da blusa. Me afastei pois era algo seguro a se fazer, ela abriu os olhos e com olhar de quem não estava entendendo ela me empurrou para ficar deitado na toalha de volta e quando vi ela estava baixando minhas calças em um movimento rápido de quem sabia o que estava fazendo ela retirou meu pau para fora do moletom, e o colocou na boca como se fosse o item mais saboroso que havia degustado na vida. Ela o sugou por alguns segundos que me fez ter que segurar o gozo e tremer com o orgasmo seco algumas vezes e enquanto sugava meu pau o lambia e em pouco tempo ele estava molhado com sua baba e seus lábios estava além de inchados do beijo agora com o meu gosto nele, ela  finalizou o boquete tão rápido quanto começou e me olhou, tirou sua calça de moletom rapidamente e subiu com as pernas abertas em cima de mim em um movimento experiente. Tive que segurar para não gozar, e com surpresa a questionei “anjo, não estou usando camisinha, aliás nem tenho camisinha aqui” ela respondeu de imediato “ eu acho que não precisamos mais, e eu não ia conseguir esperar você buscar” com um olhar felino e cheio de desejo ela começou a se mover em cima de mim, eu não ia aguentar muito e parece que ela também não, pois em poucos movimentos quando eu estava atingindo o ápice vi em seus olhos que tínhamos gozado juntos e me derramei dentro dela. Foi rápido e com o acumulo de desejo não seria diferente, ela deitou sob meu peito, e sai dentro dela para a deitar de maneira mais aconchegante em meus braços, nos cobri com o cobertor que eu havia trazido e com o sono só ouvi quando ela disse, “boa noite, príncipe” e respondi sonolento “ boa noite, anjo”.


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