segunda vez: tesão e sentimento

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“bom dia” escutei a saudação e comecei a acordar, meu corpo estava dolorido pelo local em que estávamos dormindo, a toalha de mesa era , mas abaixo dela tinha um forro de papelão para o frio da noite não nos atingir. Comecei a abrir o olhos devagar e percebi que o dia estava amanhecendo.
“Que horas são?!” Questionei enquanto esfregava o olho de sono, “por volta das 6 da manhã!” Ele beijou o topo da minha cabeça e afagou meu braço já que eu estava deitada em seu peito, comecei a levantar.
“Nossa, então vamos levantar você tem que trabalhar, e eu tenho mais horas de crédito pra sono.” Disse sorrindo já em pé, e lembrando que na noite anterior minha roupa tinha ido embora, percebi tarde que vestia apenas uma delicada blusa de cetim de um conjunto de dormir, e mostrava todo o resto. Tudo bem que ter pudor do que aconteceu na noite anterior não adiantava então fui a procura das outras peças e fui as vestindo enquanto conversávamos. “sim... Vou buscar leite na fazenda do Sr. Antônio, hoje eu busco pra todas as casas da região e depois tenho que trabalhar” disse ele enquanto me encarava, não sei se seu olhar era de desejo, de confusão pelo que aconteceu ontem, ou seja lá o que ele sentia, mas caramba como ele é lindo, mesmo com o cabelo bagunçado ele continuava lindo. “ahhh, então, quer ajuda pra arrumar tudo?” ofereci a ajuda enquanto vesti a blusa de moletom último item que faltava. “não, não, pode ir descansar eu finalizo aqui” dada a deixa calcei meu chinelo e me direcionei para a casa de meus pais enquanto me despedia. “então, até mais meu príncipe!” disse mandando um beijo já distante “tenha um bom dia!” finalizei a conversa bocejando de sono.
Depois dessa despedida sumi nos próximos 5 dias, naquele dia ainda fui a cidade comprar pílula e depois tive a agenda cheia, ou talvez. Claro que ele apareceu na casa de meus pais me procurando e eu sempre tinha uma desculpa de obrigação que não dava tempo pra conversar e fugia dele, sei que é feio essa atitude de uma mulher adulta. Não era porque eu não queria vê-lo ou porque estava arrependida daquela noite, tudo tinha sido perfeito, mas éramos amigos de infância e nossa relação era quase de família, depois do sexo tudo ficaria estranho. Moramos ao lado um do outro a vida inteira e essa proximidade nunca foi abalada por nada, nem pela vez em que soquei a cara dele na brincadeira e quebrei seu nariz.
Eu sabia que tinha que procurá-lo e tentar conversar sobre o que aconteceu para voltarmos ao que éramos antes, ainda mais depois que minha mãe insistiu que eu o procurasse pois parecia que eu estava fugindo dele, não queria que meus pais desconfiassem de nada. Então resolvi ir até o galpão que ele usava para trabalho no meio do bosque, me aproximei pelo terreno irregular e respirei fundo, quando entrei me deparei com sua oficina organizada.
Tinham algumas mesas de trabalhos com madeira em cima cortadas,  prontas para serem lixadas, e uma ao lado esquerdo mais organizado com algo que pareciam projetos que ele trabalhava, ainda tinha no ambiente alguns móveis finalizados em um canto e outros quase prontos em outro. Tudo estava no que parecia seu devido lugar, última vez que tinha ido lá éramos adolescentes e ele estava fazendo um porta joias para me presetear.
Mas ele não estava lá, dei meia volta e ia retornando para casa, já era por volta das 16h e não iria ficar mais tempo no bosque, quando me aproximei de casa escutei um som vindo da casa dele, tocava a rádio local, assim já que estava ali perto me direcionei para sua casa.
Ao chegar na porta da cozinha fui bater mas antes testei a porta para ver se estava aberta e ela abriu. Torci para que ele não estivesse acompanhado, pois agora tocava uma música romântica na rádio. Dentro da cozinha percebi que não ia àquela casa há muitos anos, tudo parecia o mesmo, mas agora com móveis e eletrodomésticos novos, não tinha mais a cara de Nicole e sua vibe colorida, era mais cinza e rústica, bem a cara dele, sorri. Percebi que tinha um bolo no forno assando, pelo cheiro era de milho, meu favorito. Atravessei a cozinha e me aproximei da sala a passos lentos, sentindo a aura do lugar, tudo exalava seu cheiro, seu jeito, parecia que ele estava em cada móvel e canto da casa. Na sala tinha um jogo de sofá bem no centro e entre eles um carpete, lá estava ele, com uma regata e shorts de poliéster, fazendo jus ao calor do verão, dobrando as roupas e as organizando. Ele me viu e depois da surpresa sorriu feliz “oi, anjo! Você está aqui.” Eu sorri em resposta “sim, eu tô aqui” disse me aproximando da sala, ele já levantava do chão para me cumprimentar, sempre nos cumprimentamos abraçando, seria estranho? Ele me abraçou e eu respondi o abraço “que bom que você está aqui” disse com o rosto no meu cabelo, seu cheiro era forte e de perto era bem mais intoxicante, fechei os olhos e inalei o momento, ali percebi que aquela amizade nunca mais voltaria ser a mesma. Ele me olhou e continuou “eu fiz seu bolo favorito, pensei em levar pra você hoje a noite!” disse animado, se afastou de mim e foi continuar seu trabalho “é, eu senti o cheiro quando cheguei, amo seu bolo de milho” disse me sentando no sofá, não conseguiria ficar muito tempo em pé. “então fica aqui que eu vou organizar as coisas e Já já venho te servir” finalizou me deixando na sala sozinha, pensei que ele estaria estranho depois que eu praticamente o evitei pelos últimos dias, mas parece que não.
Agora aqui estou eu observando sua sala. Já vim nessa sala diversas vezes, anos atrás principalmente era completamente diferente, agora tudo exalava sua presença, desde os móveis de madeira que com certeza ele quem fez, às cores das paredes e dos móveis como o sofá, a única coisa que dizia ter outros moradores na casa eram os desenhos nas paredes que com certeza as crianças que fizeram. O que chama mais a atenção é o carpete no centro da sala aos pés dos sofás, parece de pêlo falso de animal e  é delicioso, não importa que material era mas era o mais delicioso que eu já senti. Enquanto eu estou concentrada na sala o escuto se aproximando, “o bolo ainda não ficou pronto, vai demorar mais” disse entrando na sala e ficando no sofá atrás de mim, sinto seu toque em meu ombro e meu corpo responde, fecho os olhos e automaticamente me levanto do sofá “então eu vou embora, quando ficar pronto cê leva pra mim” digo com um sorriso nervoso, ele não me deixa ir embora e antes que eu de um passo se põe em minha frente e topo em seu peito rígido. “você pode ficar? A gente tem que conversar sobre o que aconteceu” diz enquanto toca meus braços, suas mãos grandes e cheias de calo do trabalho me afagam do cotovelo ao ombro, isso é demais não vou aguentar. Fico mole com seu toque, “não temos que conversar agora sobre isso” digo com a voz me entregando, “anjo, me olha” ele diz e toma meu queixo com os dedos levantando meu rosto para vê-lo, e quando o olha, que acredito estar entregando tudo que estou sentindo, ele não se controla e geme na medida em que rapidamente toma meus lábios de assalto. Nesse momento eu desmorono, seus olhos eram puro fogo e desejo e seu lábios me tomam como seu eu fosse a mulher mais desejável do mundo.
Hoje seu beijo não é delicado nem lento, logo que toma meu lábios sua língua penetra minha boca em busca de algo, e sua boca começa a desenhar o que é beijo em meus lábios como se fosse meu primeiro, com as mãos em minhas costas ele desenha meus lábios com a língua e desce o beijo para o pescoço o que me faz gemer, então ele responde com as mãos em meu bumbum pressionando e puxando meu corpo de encontro ao seu mais ainda, o que me faz perceber seu pau duro debaixo do shorts. Os beijos voltam e o amasso fica mais intenso, então ele tira minha blusa e fico apenas com o sutiã de renda exposto, assim me lembro onde estamos “as portas estão abertas” digo com a voz ainda fraca do beijo e os lábios doloridos da intensidade “eu tranquei tudo” ele diz, pelo visto ele estava preparado o que me faz relaxar. Ele me deita de costas no carpete e aqueles “pelos” fazem meu corpo se arrepiar em cada ponto que me toca. Ele começa me observando e tocando as partes de encontro do meu sutiã com a pele o que me faz arrepiar ainda mais e ficar excitada com a expectativa, fecho os olhos e ele põe a mão em minhas costas para abrir o fecho da peça, depois de retirá-lo ele toca meus seios com as duas mãos, usando o dedão para estimular os bicos que não demoram para ficarem rígidos, enquanto fico distraída com esse toque não percebi quando ele beija o pé da minha barriga, bem abaixo do umbigo, o beijo me faz ficar mais molhada e ele continua subindo com os lábios lambendo minha barriga até o primeiro seio e o abocanha chupando bem gostoso de uma forma que me faz transbordar.
Eu esfrego as pernas para tentar fazer a dor em minha buceta passar, ela lateja de tesão e fica mais unida cada vez mais pedindo seu pau. Enquanto chupa meu seio ele desce com uma mão e por baixo de minha saia toca minha calcinha, abro as pernas pra receber seu toque e ele geme quando sente que minha lingerie de renda está transbordando, por cima da calcinha ainda ele continua estimular de baixo pra cima, e depois de um tempo começo a me mover de encontro ao seu toque, percebendo ele usa apenas o dedo do meio para estimular a entrada da minha buceta buscando mais líquido, quando está satisfeito ele tira minha calcinha e se levanta.
Com a ausência de seu toque abro os olhos e o percebo já sem camisa ajoelhado tirando o pau pra fora do shorts e colocando uma camisinha, não tinha percebido o tamanho do seu pau na última noite e agora fico espantada quão grosso e grande é, o que me faz duvidar se vai caber.
Ele se aproxima e por cima posiciona o membro na minha entrada, olho em seus olhos e vejo carinho, além de muito desejo, ele coloca tudo aos poucos o que me faz arquear cada vez mais enquanto ele coloca, lá dentro ele começa a se movimentar, rebolando pra frente e pra trás por cima de mim fazendo com que eu sinta cada centímetro de seu pau, a posição me faz querer gozar logo então o encorajo “ta tão gostoso, príncipe” e ele responde com um gemido e acelerando o movimento, com isso seus movimentos tem efeito e me fazem gozar, gemendo alto de prazer tenho um leve orgasmo, ele não para e muda de posição.
Me levanta e se senta com as costas apoiadas no sofá, assim eu fico sentada em seu pau, me surpreendo como parece que ficou maior, não imaginava que poderia senti-lo mais ainda. Começo a rebolar em cima dele fazendo movimentos conforme sentia sua tensão refletida em prazer. Olho em seu rosto que expressa muita tesão, o que me fez ficar mais excitada e aumentar a velocidade, com isso ele fica rígido e geme forte. “anjo, eu vou gozar” e sua sentença me deixou mais excitada, os movimentos e o suor de nosso corpos me fazem chegar no ápice e gozar novamente, quando sinto que ele goza também.
Ficamos naquela posição por alguns minutos enquanto recuperávamos o fôlego e as forças. Então saio de cima dele e me deito novamente no carpete de barriga para cima respirando cansada, Ele me segue no movimento só que apoiando a cabeça nas mãos respira fundo e fala, “vamos conversar agora?” estava fugindo o máximo que pude e agora não tinha outra saída, a conversa ia acontecer, “sobre o que cê quer conversar?” falo já sabendo sua resposta, “ quero falar sobre o que aconteceu naquele dia e agora, anjo não dá pra fingir que nada aconteceu.” ele sentencia o que estava óbvio “eu sei que não dá pra fingir, mas o que você quer que façamos? Não sei o que tem pra ser discutido, aconteceu e pronto” falo esperando que ele entenda minha posição “sei que sim, mas o que somos agora? Amigos de infância que... Transaram?” ele fala a última palavra com insegurança e fica engasgada, “ sim ué. Pra que dar título quando o que aconteceu só é nosso e só importa a nós dois?” falo enquanto formo a situação na cabeça, era isso mesmo. Não tinha razão para divulgar qualquer coisa, dois adultos com suas vidas feitas e tranquilas transaram, não tínhamos relacionamentos amorosos nem a quem dar satisfação, era só seguir a vida. “ então vamos continuar fazendo isso?” ele questiona olhando pra mim.
Eu não esperava que ele falasse isso, é claro que eu gostaria de fazer muitas vezes mais, mas tenho medo que ele que sempre foi tão sensível na amizade sentisse que isso fosse um empecilho para a relação. “não sei, você quer fazer de novo?!” questiono deixando a decisão com ele, ele levanta parte do corpo e se aproxima, “ eu quero fazer de novo...” se aproxima mais e agora lembro que nossos corpos estão nus no carpete de sua sala, aquela tensão sexual volta a correr no ambiente, quando foi que comecei a ficar tão atraída por ele? “...podemos fazer agora então?”  ele fala já bem próximo e percebo pela visão periférica seu órgão ficando rígido, ele olha meu corpo nu deitado e sinto queimar, “ao invés de perguntar porque não faz logo?” ele sorri e me toma nos braços dando continuidade ao sexo mais um vez, dessa vez sinto que vamos só parar quando bater a exaustão.

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