Capítulo 7

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Aproveite o dia!

- Vamos Sarah largue de preguiça. -mamãe dizia me passando a vassoura.

- Qual é mãe? São quase sete horas e hoje é sábado. -resmunguei. - Pensei que você só
iria limpar o porão depois das oito.

- Não mesmo, querida. Quanto mais cedo começarmos mais cedo terminaremos. -ela colocou as luvas amarelas. - E além do mais você vai para o trabalho voluntário as dez, e, eu ficaria sozinha.

- Carla ficará aqui.

- Como eu disse, ficarei sozinha. -dei risada enquanto ela carregava dois sacos enormes de lixos.

- O que iremos jogar fora? -perguntei dando uma volta pelo local.

- Coisas que não usamos mais e não são de utilidade.

- Você quer dizer que iremos jogar tudo fora? -arqueei uma das sobrancelhas.

- Também não né Sarah. Veja essa tevê, por exemplo. -ela colocou a mão sobre um aparelho empoeirado, com um tubo enorme atrás e da cor marrom.

- Mãe ela nem deve ligar mais.

- Mas ela pertenceu a sua bisavó e é uma grande recordação que ela nos deixou.

- Seria melhor ter deixado dinheiro. -revirei os olhos.

- Você está impossível hoje. -ela reclamou. - Trate logo de varrer esse lado e me ajude a carregar essas coisas depois.

- Tudo bem, tudo bem.

Assim como ela, eu coloquei as luvas e um avental florido. Devido a limpeza que começamos no sábado anterior, havia mais lugar onde pisar e eu não tossia a todo segundo pela poeira que subia do chão. Mesmo ele estando aparentemente sujo, não me prejudicava tanto. Empilhei três caixas de papelão velhas próximas a porta enquanto mamãe vasculhava um baú cheio de fotos e álbuns. No meio de toda aquela bagunça eu encontrei uma câmera fotográfica antiga, roupas que eu usava quando era criança - as quais eu achava que haviam sido jogadas fora há anos - brinquedos meus e de carla e latas de tintas pela metade.

- Mãe, você ainda vai usar isso? -perguntei e ela se virou para mim.

- Eu acredito que não. Elas sobraram da ultima pintura que fizemos na varanda seis meses atrás, ainda devem estar com boa coloração. Por quê?

- Estava pensando em pintar o meu quarto, ele está necessitando de uma nova mão de obra.

- Se quiser pegar, fique a vontade. -ela disse e se agachou para voltar a mexer no baú.

- Obrigada. Irei fazer isso quando me sobrar um pouco mais de tempo. -deixei as latas de lado e comecei a passar um pano úmido nas prateleiras dos armários de madeira antigos. Senti o meu nariz coçar quando o pouco de pó subiu, passei-o em meu braço e continuei a limpar.

Mamãe cantarolava uma musica que eu não sabia identificar qual era, e, passava o espanador por entre os moveis. O porão era iluminado por duas luzes presa ao teto, elas eram fracas e me causava certa irritação. O piso era de madeira assim como boa parte dos objetos existentes ali. Minhas mãos tratavam de terminar logo com aquilo e a minha cabeça pensava na roupa que eu iria vestir para ir com João á festa. Queria pedir ajuda a carla, mas seria vergonhoso demais não saber escolher uma roupa descente para um lugar como esses. Respirei profundamente e joguei alguns fios de cabelos que caiam em minha testa. Arrependi-me por não tê-lo amarrado.

Eu tinha acordado feliz naquele dia e não sabia exatamente o porquê. Talvez a conversa com Arthur esteja englobada com essa alegria, mas o pequeno e mero elogio de juliette era o que não saía da minha cabeça.
Mesmo que ela tenha falado do vestido, eu fiquei contente. Ela ao menos tinha notado algo em mim. Estava ficando incomodo as vezes que eu ouvia a voz dela me chamando, e o mais incrível é que isso acontece sem que ela esteja perto de mim. João tinha um pouco de razão quando dizia que eu gostava quando ele me chamava de Senhorita Sarah. Era tão formal e ao mesmo tempo sexy.

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⏰ Última atualização: Mar 15, 2022 ⏰

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