capitulo 3

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   Desastres.

Acordei com o barulho do despertador q realmente e algo desagradável, principalmente se ele for daqueles mais antigos, como o meu, que fazem um barulho estridente e irritante. Levantei-me enquanto fazia-o se calar, apertando a trava que havia em cima dele. Caminhei para o banheiro, escovei os dentes, penteei os cabelos e procurei uma roupa para vestir. Já eram quase sete horas, e eu tinha que estar no serviço as oito, então teria que me apressar um pouco. Terminei de me arrumar e corri para comer alguma coisa antes de ir para o serviço.

- Bom dia. -falei para mamãe que estava sentada a mesa com uma xícara nas mãos e jogando o laço do roupão verde para o lado.

- Como vai querida? -dei um beijo em sua bochecha despejando café e depois um pouco de leite em um copo.

-Estou bem, só um pouco cansada. respondi.

-Também não é pra menos, eu ouvi o barulho do teclado do seu computador em meu quarto, sinal de quem foi dormir tarde. -comentou passando a geleia em uma fatia de pão e me entregando.

-Estava finalizando o trabalho da faculdade e iniciando uma tarefa que minha chefe pediu.

- Não acha que ela está querendo muito de você?

- Sim, mas eu não posso reclamar. Preciso do emprego. -dei uma mordiscada no pão.

- Você sabe muito bem que, eu não estou te obrigando a nada e se quiser trabalhar agora, eu não vou questionar.

- Eu sei disso mãe. -sorri. - Mas eu já tenho dezoito anos, tenho uma faculdade para fazer e o salário é ótimo.

- Se você diz.

-Acredite em mim. Eu preciso ir agora, não sei quanto tempo aquela porcaria de trem vai demorar. -revirei os olhos. - Dê um beijo em carla por mim.

- Pode deixar, vá com Deus. -beijou o alto da minha testa dando um ultimo sorriso.

- Até mais tarde.

Despedi-me dela e fui embora. Coloquei os fones de ouvido e fui caminhando até a estação, que por sorte, era o único ponto que não ficava longe da minha casa. Já que onde morávamos nem parecia Nova York, era tão sem movimento que chegava a ser entediante. Foi ideia de minha irmã Carla, vir morar em um lugar como aqueles. Só para ficar mais próxima do namorado. Enquanto eu acordava cedo e dava duro trabalhando, Micaela ficava em casa dormindo até altas horas, porque ao contrário de mim, ela tinha um namorado rico e que bancava sua faculdade de arquitetura, a qual ela já estava no ultimo ano. Agrh, a vida é muito injusta.

Depois de uns dez minutos esperando, o trem que me levava até o centro da cidade, resolveu passar. Paguei-o com o vale transporte que recebia da empresa, esse era o único benefício que se tinha ao trabalhar na freire Industries. Consegui achar um assento vago e rapidamente me acomodei. Fiquei ouvindo uma musica animada, para tentar ao menos levantar o ânimo. E isso é extremamente necessário quando se acorda cedo e tem uma chefe pé no saco igual a juliette.

Passei pela porta que se abria com um sensor de movimento guardando os fones dentro da bolsa. Olhei para o relógio do celular, e ainda faltavam alguns minutos para as oito. Todos que passavam por mim, olhavam-me estranho. Talvez pelo fato de eu ser a única ali dentro que não me vestia socialmente. Não usava saltos altos, porque sempre pareci uma pata andando sobre eles, e, ter que levantar várias vezes ao dia e caminhar, requeria um sapato mais confortável. Nunca gostei de roupas uniformizadas, mesmo sabendo que quando for de verdade uma contadora e trabalhar como uma, terei que usar. Mas, quando isso acontecer, eu já terei meu carro e não precisarei andar até um estação de trem e sentar no mesmo assento em que milhares de pessoas sentavam. Suspirei e continuei a caminhar sem me importar com os olhares lançados em mim.

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