Desastres.
Acordei com o barulho do despertador q realmente e algo desagradável, principalmente se ele for daqueles mais antigos, como o meu, que fazem um barulho estridente e irritante. Levantei-me enquanto fazia-o se calar, apertando a trava que havia em cima dele. Caminhei para o banheiro, escovei os dentes, penteei os cabelos e procurei uma roupa para vestir. Já eram quase sete horas, e eu tinha que estar no serviço as oito, então teria que me apressar um pouco. Terminei de me arrumar e corri para comer alguma coisa antes de ir para o serviço.
- Bom dia. -falei para mamãe que estava sentada a mesa com uma xícara nas mãos e jogando o laço do roupão verde para o lado.
- Como vai querida? -dei um beijo em sua bochecha despejando café e depois um pouco de leite em um copo.
-Estou bem, só um pouco cansada. respondi.
-Também não é pra menos, eu ouvi o barulho do teclado do seu computador em meu quarto, sinal de quem foi dormir tarde. -comentou passando a geleia em uma fatia de pão e me entregando.
-Estava finalizando o trabalho da faculdade e iniciando uma tarefa que minha chefe pediu.
- Não acha que ela está querendo muito de você?
- Sim, mas eu não posso reclamar. Preciso do emprego. -dei uma mordiscada no pão.
- Você sabe muito bem que, eu não estou te obrigando a nada e se quiser trabalhar agora, eu não vou questionar.
- Eu sei disso mãe. -sorri. - Mas eu já tenho dezoito anos, tenho uma faculdade para fazer e o salário é ótimo.
- Se você diz.
-Acredite em mim. Eu preciso ir agora, não sei quanto tempo aquela porcaria de trem vai demorar. -revirei os olhos. - Dê um beijo em carla por mim.
- Pode deixar, vá com Deus. -beijou o alto da minha testa dando um ultimo sorriso.
- Até mais tarde.
Despedi-me dela e fui embora. Coloquei os fones de ouvido e fui caminhando até a estação, que por sorte, era o único ponto que não ficava longe da minha casa. Já que onde morávamos nem parecia Nova York, era tão sem movimento que chegava a ser entediante. Foi ideia de minha irmã Carla, vir morar em um lugar como aqueles. Só para ficar mais próxima do namorado. Enquanto eu acordava cedo e dava duro trabalhando, Micaela ficava em casa dormindo até altas horas, porque ao contrário de mim, ela tinha um namorado rico e que bancava sua faculdade de arquitetura, a qual ela já estava no ultimo ano. Agrh, a vida é muito injusta.
Depois de uns dez minutos esperando, o trem que me levava até o centro da cidade, resolveu passar. Paguei-o com o vale transporte que recebia da empresa, esse era o único benefício que se tinha ao trabalhar na freire Industries. Consegui achar um assento vago e rapidamente me acomodei. Fiquei ouvindo uma musica animada, para tentar ao menos levantar o ânimo. E isso é extremamente necessário quando se acorda cedo e tem uma chefe pé no saco igual a juliette.
Passei pela porta que se abria com um sensor de movimento guardando os fones dentro da bolsa. Olhei para o relógio do celular, e ainda faltavam alguns minutos para as oito. Todos que passavam por mim, olhavam-me estranho. Talvez pelo fato de eu ser a única ali dentro que não me vestia socialmente. Não usava saltos altos, porque sempre pareci uma pata andando sobre eles, e, ter que levantar várias vezes ao dia e caminhar, requeria um sapato mais confortável. Nunca gostei de roupas uniformizadas, mesmo sabendo que quando for de verdade uma contadora e trabalhar como uma, terei que usar. Mas, quando isso acontecer, eu já terei meu carro e não precisarei andar até um estação de trem e sentar no mesmo assento em que milhares de pessoas sentavam. Suspirei e continuei a caminhar sem me importar com os olhares lançados em mim.
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the sexy boss
Romancehavia três problemas em trabalhar com juliette. Primeiro, ela era uma ignorante que não me deixava em paz. Segundo, ela tìnha uma namorada chata que ficava enchendo meu saco. Terceiro, ela era uma filha da mãe gostosa que deixava os meus hormônios...