#1 Uma noite não tão normal

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N/A: Capítulo dedicado a todos os meus leitores desde 2016!

E leiam o cap de aviso, porque os gatilhos podem ser pesados (eles estão citados lá). Boa leitura!

❝O mundo é um hospício

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O mundo é um hospício.

— Albert Einstein

10 ANOS ANTES

Chame-o Raposa Louca, pois ele é o vilão principal desta história.

A casa estava vazia quando o invasor, querendo sentir qualquer pele humana à sua mercê, entrou e arrastou uma mulher com uma corda. Houve uma briga de início entre os dois, onde ela lutava desesperadamente por sua vida. O pior de tudo era que seu marido nem sequer estava a par da situação atual e viajava a negócios.

Dado isso, o invasor apertou mais o objeto em torno do pescoço da vítima até que ela perdesse a consciência. Passaram-se várias horas e ela, por fim, acordou e percebeu que não podia ter acesso ao seu celular. Então verificou seu ventre, pois sentiu dor na região. É isso? pensou amargamente. Ele me violou enquanto eu dormia. Desgraçado, blasfemou. As lágrimas começaram a cair sem sua permissão. Respirou fundo, tentando levar uma quantidade leve de oxigênio aos pulmões, mas a dor física e mental era tanta que respirar bem se impossibilitou.

A vítima olhou ao redor. Pelo visto o estuprador estava fora do local ou no primeiro andar. O leão estava à solta e essa era a sua única chance de escapar de seu covil; arrastou-se no chão e procurou por um objeto pesado. Uma pedra, avistou ela. Seria o suficiente para quebrar a janela do quarto.

Em meio à imundice — visto que a briga anarquizou a casa —, a mulher sentiu a testa arder e então pôs a mão ali. Estava sangrando, porém, não se importou. Após jogar a pedra na janela, procurou imediatamente um lugar para se esconder. A garganta coçava. As mãos tremiam de pavor. Os passos do estuprador foram ouvidos por ela, que se deparou com um cesto de roupa suja.

Ali seria o melhor esconderijo. Como era pequena, cobriu-se com as próprias roupas sujas. Rezava muito para acordar daquele pesadelo. Será que havia chegado sua hora de morrer?

O som dos passos do inimigo aumentava de forma gradual. Não, não, não. Por favor, não venha. Eu odeio te ouvir assobiando. Poupe a minha vida! A mulher tampava a boca para não ser descoberta através da respiração. Direção direita. Direção esquerda. O medo aguçou os ouvidos dela. Ele estava a procurando em todos os lados possíveis. E o pior: ele estava livre de preocupações, como se fosse óbvio encontrá-la.

Então o silêncio foi quebrado assim que ele parou no mesmo cômodo que sua presa: a área de serviço. O barulho metálico arrastando-se pelo cimento do piso causaria arrepios em qualquer um. Ele a chamou docemente... E foi a última vez que havia sido encontrada viva.

✓ Insubmissa 🩸 𝐉𝐉𝐊 +𝟏𝟖 [Degustação]Onde histórias criam vida. Descubra agora