🏅6 #amordeinfancia 02/07/22
Sinopse
Leandro Solivan é um homem misterioso, que carrega dentro de si, a culpa de um trágico acontecimento do passado, o qual o fez deixar para trás as suas verdadeiras origens e lhe despertou o medo de não ser digno...
Oh, você não sabe que precisa de um tempo sozinha?
November Rain - Guns N' Roses
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- NÃOOO!! - Ela grita e eu avanço sobre ele.
- SOLTA ELAAA!!! - Acordo gritando mais uma vez.
Este maldito pesadelo, me persegue, desde criança. O pior é que não é um pesadelo, e sim lembranças odiosas do dia em que agi impulsivamente e tudo em minha vida mudou. Fecho os olhos e ouço os gritos dela, e os choros deles, ecoam em minha cabeça, tudo é tão vivo.
Madrinha, arrumou minhas coisas e as dela rápido. Mamãe me abraça, chorando se despedindo.
"-Meu filho, por favor, conversa comigo. - Madrinha Carmem, implora. - Não pode guardar o que aconteceu só pra você, querido.
- Está tudo bem, dinda. - Me afasto de seu toque.
- Está bem coisa nenhuma. Está retraído, calado, triste. - Insiste acariciando meus cabelos. - Você não é assim, meu filho.
- Para madrinha! - Grito a empurrando. - A senhora sabe o que eu fiz, sou perigoso eu... eu o...
- Nem termine Leandro. - Fala severamente. - Você é só uma criança. Não foi culpa sua.
- É culpa minha, sim. E Por minha culpa fui expulso de casa, não vou mais ver meus irmãos. - Corro para o quarto e tranco a porta antes que ela me alcance.
Pulo a janela do cômodo e fujo da casa, que agora será nosso novo lar.
Não quero lembrar de nada e ela não para de me pressionar, e se nega a me deixar só, então não tive opção. Corro pela rua até que vejo um casebre abandonado, entro e me escondo em um canto atrás de uma porta.
- Ah! Não acredito nisso. - Escuto resmungos nervosos e me assusto.
Será que aqui mora alguém?
Em seguida, ouço um estrondo de algo batendo. Fico onde estou e por algum tempo os sons de batidas, até que não ouço mais nada, e me mexo para me levantar.
- Quem é você? - Uma menina aparece em minha frente e vejo uma madeira de balaustrá em sua mão.
Sua expressão indica que está assustada e pronta para se defender.
Seus olhos castanhos estão fixos em mim, com rosto marcado por lágrimas, me levanto lentamente e percebo que ela aperta suas mãozinhas na madeira, ergo minhas mãos em sinal de paz.
