Capítulo 4: La Spezia

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Ainda na Ligúria, próximo à Génova, está outra cidade que foi importante para o desenvolvimento da região, considerada uma continuação de Génova, La Spezia é seu nome.

Fundada próximo a Luni no século I pelos Romanos, a cidade recebeu o nome de "Ad Spice", "A Especiaria" em Latim, e era uma pequena vila de pescadores, evoluindo através das décadas para uma vila de descanso de patrícios e pessoas ricas de Genua

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Fundada próximo a Luni no século I pelos Romanos, a cidade recebeu o nome de "Ad Spice", "A Especiaria" em Latim, e era uma pequena vila de pescadores, evoluindo através das décadas para uma vila de descanso de patrícios e pessoas ricas de Genua.

Fundada próximo a Luni no século I pelos Romanos, a cidade recebeu o nome de "Ad Spice", "A Especiaria" em Latim, e era uma pequena vila de pescadores, evoluindo através das décadas para uma vila de descanso de patrícios e pessoas ricas de Genua

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Em 470 com a expansão cada vez mais próxima dos Herulos na região, muitos abandonaram Ad Spice que foi praticamente Ignorada por eles, vindo depois a se tornar um acampamento militar deles.

Com a derrota dos Hérulos, Ad Spice teve seu nome traduzido ao Ostrogótico, virando "A Specia" e tentando ser repopulada, o que funcionou de início, até a queda dos Ostrogodos, quando A Specia virou território Bizantino, permanecendo assim até o século VII. Durante o domínio Bizantino, A Specia perdeu sua autonomia novamente, virando uma vila subordinada a Genuva, algo que foi mantido durante a invasão dos Lombardos na cidade.

Os Lombardos foram extremamente críticos na preservação da cidade, muito do que ela possuía de antes foi perdido, e A Specia nessa época se tornou "La Spezia", uma tradução do nome ao Lombardo que permaneceu até hoje.

Os Francos não tiveram problemas em tomar La Spezia, que se entregou ao mesmo tempo que Génova era tomada. Depois se juntando ao Império Lotaríngio em 840, e depois ao reino da Itália em 888, qual permaneceu até 980 quando se juntou ao Reino da Lombardia, com a independência da República de Génova, La Spezia se tornou no Quarto maior centro do país, atrás de Génova, Nice e Mónaco.

Em 1237, Niccolò Fieschi, um nobre genovés tomou controle da cidade e se declarou independente de Génova, criando o "Principado de Luni", nesse período enfim a cidade, agora cidade-estado, evoluiu seu porto para comércio e resistiu aos Genoveses até 1287, quando Génova a reconquistou e baniu os Fieschi da nobreza. Tal feito serviria futuramente de inspiração aos Grimaldi para tomar Mônaco.

Foi instalado na cidade o domínio da grande família de navegadores Doria, de onde vem Andrea Doria.

Até o século XVIII muito se cresce na cidade, e com a invasão napoleônica em 1800, La Spezia desenvolveu um porto militar que serviu de base contra qualquer possível revolta em Génova.

Após o concílio de Viena em 1814, La Spezia se juntou ao Reino do Piemonte-Sardenha, e se tornou no segundo porto mais importante do país. A cidade serviu de acampamento por muitas ocasiões aos Camicias Rossas que iam em direção ao Sul da Itália durante a unificação, além de se tornar o principal centro militar do país, atividade que movimenta a cidade até hoje.

Foi também La Spezia que serviu de QG as tropas dos Camicias Neras no norte da Itália no regime fascista, e com o início dos bombardeios, se tornou base dos Partigiani.

Em Israel La Spezia é conhecida como "Puerta de Sion", visto que dali partiram muitos dos navios que levaram os judeus em 1946 para a Palestina. 

Até hoje, a cidade não perdeu sua importância militar na Ligúria, sendo um centro estratégico importante para o país.

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