Capítulo 5: Milão

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Na Lombardia, saindo da Ligúria, está uma das maiores cidades de toda Europa, conhecida por sua longa e rica história, além de ser considerada uma das capitais da moda em todo o mundo, esta cidade, ainda no norte da Itália, é Milão.

Na Lombardia, saindo da Ligúria, está uma das maiores cidades de toda Europa, conhecida por sua longa e rica história, além de ser considerada uma das capitais da moda em todo o mundo, esta cidade, ainda no norte da Itália, é Milão

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Fundada em 400 a.c. pelos Insubres, uma tribo Céltica que dominava a região no século V a.c. a cidade recebeu o nome de Medhlan e em pouco tempo foi tomada por duas outras tribos que ali se instalaram, os Bituriges e os Aedui. Os símbolos das duas tribos eram um Javali e uma Ovelha, o que culminou no símbolo da cidade se tornar um Javali com lã, esse simbolo se manteve mesmo no domínio romano, só desaparecendo na idade média. 

Acreditasse que Medhlan no céltico queira dizer "Meio Plano" em céltico, Medh Lan, porém outras teorias apontam para significar algum templo, llan em gaélico antigo

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Acreditasse que Medhlan no céltico queira dizer "Meio Plano" em céltico, Medh Lan, porém outras teorias apontam para significar algum templo, llan em gaélico antigo. Medhlan foi conquistada pelos Romanos em 222 a.c. pelo que o nome foi romanizado como "Mediolanum", nome que permaneceu durante todos os 6 séculos romanos na área.

Mediolanum se tornou de início a capital da província de Medialonia, que mais tarde nos tempos do império se juntou a Aquilea, se tornando cidade secundária da Sub-Província da Aquilea.

Sua importância comercial dentro da Itálica sempre foi notável desde os primórdios de Roma, sendo inclusive uma cidade de intermédio para entrar na Itália, ganhando comércio tanto do Leste, como do Oeste do império. Em 293 Diocleciano tornou Mediolanum como capital do Império Ocidental, e o Imperador Maximiano I se instalou na cidade, essa é considerada o ponto máximo da cidade, como capital da Europa, deixando o título apenas em 324.

Foi ali também que o Imperador Constantino I fez o Edito de Milão, que determinava o fim da perseguição a cristãos pelo Império. mesmo após deixar de ser Capital, os imperadores do ocidente sempre mantiveram residência na cidade, algo que só foi mudado em 402, quando após um Cerco Visigodo, teve a residência transferida para Ravena. A cidade acabou caindo enfim para os Hunos em 452, que ali se instalaram, queimaram e saquearam a cidade.

Mais tarde em 470 a cidade era tomada pelos Herulos, o que demarcou o fim de qualquer chance de sobrevivência do Império Ocidental.

Más logo a cidade foi conquistada pelos Ostrogodos em 478, depois passada dos Bizantinos em 510 para o Imperador Justino, em 539 Mediolanum foi destruída durante a guerra gótica, entre Bizantinos e Ostrogodos, por exércitos Ostrogodos, Más no fim foi restaurada Após a queda dos Ostrogodos.

Em 569, outra ameaça surgia, os Lombardos, povo que deu nome a Lombardia, conquista Mediolanum, a tornando capital de seu reino por um tempo, e o nome foi barbarizado como "Mediolao". 

Mediolao foi a principal cidade da Itália no século VII e VIII, saindo dali as tropas que expulsaram os Bizantinos da Itália até a Magna Grécia, sendo uma época de renascimento da cidade. 

Com a invasão dos Francos a Italia em 760, Mediolao foi a cidade alvo destes, e por fim Carlos Magno subjulgou a cidade em 774, se proclamando Rei da Itália.

Mediolao se tornou "Meilao" e capital da Lombardia, título que carrega até hoje, era a quarta maior cidade do Império Franco nessa época, atrás de Roma, Aachen e Paris, mais tarde em 840 é anexada ao Império Lotaringio.

Em 888 com a divisão da Lotaringia, Meilao se juntou ao Reino da Itália, se tornando por fim Milão, nome que carrega até hoje, em 980, Milão se separou do Reino da Itália, restabelecendo o Reino da Lombardia, e conquistando toda a Ligúria e Piemonte. 

Foi nessa época que eles se juntaram ao Sacro Império como vassalos, união essa que persistiu pelos próximos séculos.

O Reino da Lombardia deixou de existir por volta do século XI com uma separação em vários pequenos principados, um deles sendo o Condado de Milão, que mais tarde se tornaria o Ducado de Milão, chefiado pelas poderosas Famílias de Sforza e Viscotti. Tais famílias por ocasiões também controlaram Veneza e Génova em variados períodos, demonstrando o enorme poder da cidade nos tempos feudais. Em 1447 foi instaurada a República Ambrosiana em Milão, que foi derrubada em 1450 pelos Sforza que retomaram o poder da cidade.

O ducado foi conquistado em outras ocasiões por franceses, austríacos e germânicos, más sempre retomou sua autonomia. Também controlou todo o Mezzogliorno, norte da Itália, com seu poder bélico e comercial até 1794 no que era chamada "Liga Lombarda". Esse período também foi marcado por muita instabilidade política pelas disputas de poder entre as famílias da região, como os Viscottis e os Della Torre, outra disputa recorrente era entre os Guelfos e Gibelinos, além da disputa entre Germanicos e Franceses no século XVI. 

No século XVII, Milão foi marcada pela grande febre de Milão, que matou mais de 60 mil habitantes. Após a guerra da sucessão espanhola, o Ducado foi passado aos Habsburgos, esse domínio durou todo o século XVIII, acabando apenas em 1794 quando foi instaurada uma nova República, a República Transpadana, inspirada nos ideais da recém criada "República Francesa". Esse regime durou bem pouco, caindo em 1797 com uma invasão francesa, que criou para a República Cisalpina, um estado Fantoche que perdurou até 1800, quando se juntou a República italiana.

Isso se seguiu depois a coroação de Napoleão na cidade em 1804, dando início ao Reino da Itália, no congresso de Viena em 1814, Lombardia e Veneto acabaram por decisão a se fundirem no Reino Lombardo-Veneto, um estado freguês dos Austríacos.

Durante essa época, a cidade era o principal centro artístico da Itália, famosa por suas óperas e pelo teatro, essa existência acabou apenas em 1860, quando nacionalistas italianos se juntaram aos Camicias Rossas para expulsar os Austríacos da Lombardo-Venecia.

O conflito acabou em 1866 com a cidade sendo incorporada ao Reino do Piemonte-Sardenha, dando início ao Reino da Itália.

Milão forneceu muitos soldados as forças unificadoras durante as guerras no centro e sul da Itália, após a unificação, se concretizou como centro artístico da Itália, marcada por sua moda, música e teatro, além do forte domínio comercial da cidade em todo o norte do reino.

Em 1919, Mussolini fundava em Milão os Camicias Neras, que rapidamente se espalharam até Piemonte, Venecia e todo o resto da Itália, a própria marcha a Roma se deu início ali na cidade.

Devido a sua posição estratégica próxima ao Rio Pó, a cidade foi duramente bombardeada pelos Aliados em 1944, o que resultou numa verdadeira calamidade pública.

Más ainda assim, a cidade persistiu, e ainda hoje, não há quem vá a Itália que não queira conhecer Milão.

Más ainda assim, a cidade persistiu, e ainda hoje, não há quem vá a Itália que não queira conhecer Milão

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