Quem poderia Imaginar

Parem de brigar!

PIETRO MONTELLATO

Acordei assustado com o som do despertador, me sentei sobre a cama rapidamente procurando por meu celular e assim que o encontrei apertei o botão fazendo o som irritante cessar e suspirei aliviado. Olhei para a tela, 06:30 da manhã. Esqueci de desativar a droga do alarme quando fui dormir ontem a noite. Deixei o celular sobre a mesa ao lado da cama e olhei para Maria para me certificar de que ela não tivesse acordado com o barulho. Ela ainda estava dormindo com um anjo, meu anjo.

Eu queria me deitar novamente com ela e dormir mas eu já havia perdido o sono. Fiquei a olhando por alguns segundos admirando sua beleza tão pura e genuína, eu tenho tanta sorte por tê-la. Me inclinei sobre a cama e beijei sua testa suavemente com medo de acordá-la e então me levantei da cama e segui até o banheiro para fazer minha higiene matinal.

[...]

Umas duas horas haviam se passado e eu estava em meu escritório trabalhando, nem ferrando que eu sairia dessa casa sabendo que tenho minha mulher de volta, estou aqui apenas adiantando algumas papeladas já que não irei para a empresa nos próximos dias, quero aproveitar esse tempo ao lado do meu amor e cuidar dela para que tenha uma boa recuperação.

Estou ansioso para que Maria acorde, depois que me levantei fui até a padaria e comprei várias coisas para preparar um café da manhã bem farto e delicioso, eu até poderia ter feito algumas coisas mas não quis arriscar que nada desse errado. Comecei a responder alguns emails quando então ouvi batidas suaves na porta e então ela se abriu, Maria inclinou a cabeça para o lado de dentro e me olhou com as bochechas coradas.

-Oi amor, bom dia! Dormiu bem?- Falei observando ela entrar no escritório.

-Bom dia.- Ela sorriu.- Por que levantou tão cedo? Não gostei de acordar sozinha na cama.- Maria fez um biquinho tão fofo que tive vontade de morder.

-Desculpa meu anjo, esqueci de desligar o alarme do celular e perdi o sono.- Expliquei afastando minha cadeira para trás.

-Senti sua falta.- Ela andou em minha direção e se sentou em meu colo jogando as duas pernas para o mesmo lado, sua cabeça se apoiou em meu peito e eu a abracei.

-Eu estou aqui amor, não se preocupe.- Beijei seus cabelos.

Minha menina parecia tão carente e vulnerável, acredito que como ela recuperou as memórias recentemente suas emoções ainda estão sensíveis e em conflito.Ergui minha mão tocando seu rosto e comecei a fazer uma leve carícia tentando deixá-la mais confortável.

-Está com fome? Comprei várias coisas para o nosso café da manhã!- nunca fiquei tão empolgado para preparar um café da manhã.

-Estou sim- Ela sorriu envergonhada colocando a mão sobre a barriga.

-Vamos fazer assim, você volta para o quarto que eu vou levar seu café na cama.- sugeri e seus olhinhos brilharam.

-Tá bom.- Ela assentiu e então eu me levantei trazendo-a comigo em meu colo. Maria me olhou surpresa e sorriu deitando a cabeça em meu peito enquanto eu caminhava em direção ao nosso quarto.

A deixei sobre a cama e fui direto para a cozinha colocar tudo na bandeja. Montei tudo da maneira mais arrumada e bonita possível, tinha café, bolo de chocolate, pão de queijo, croissant, pão com frios e mais uma surpresinha. Cheguei ao quarto e empurrei a porta com o pé equilibrando toda a comida na bandeja com muito cuidado. Maria estava sentada na cama distraída lendo um livro mas quando notou minha presença o guardou rapidamente dentro da gaveta na mesinha ao lado da cama.