Quem poderia Imaginar

Eu devo me preocupar?

MARIA GONÇALVES

Me despertei ao ouvir o barulho da chuva batendo contra a janela do quarto, meus olhos foram se abrindo lentamente, demorei alguns segundos para assimilar onde eu estava, meus olhos estavam pesados de sono e minha cabeça doía bastante.

Não demorou muito para que as memórias da noite passada viesse a tona, o sonho estranho que tive com meu pai eu caindo no sono nos braços de Pietro após chorar angustiada. Nunca em toda minha vida eu sonhei com meu pai, eu o vi apenas por fotos que minha mãe me mostrou e me surpreendi com a capacidade que minha mente teve de me pregar está peça.

Joguei as cobertas para o lado e me forcei a levantar da cama, tudo o que eu quero nesse momento é tomar um banho bem quente e esquecer de tudo o que me preocupa e me entristece. Andei em direção ao banheiro de Pietro e ao entrar liguei o registro do chuveiro, deixei a água quente cair enchendo o ambiente de vapor enquanto eu tirava as peças de roupa que eu vestia.

Entrei embaixo da água e fechei meus olhos, fiz uma breve oração em silêncio para trazer alguma paz para o meu coração agitado e tentei relaxar, o sonho que tive na noite passada mexeu profundamente com minhas emoções, sinto meu corpo todo tenso.

Ao terminar meu banho me sequei e me enrolei na toalha, sai a procura de uma roupa de Pietro para me vestir, o dia amanheceu bem chuvoso e a temperatura caiu muito. Encontrei um moletom bem grande e quentinho ao vesti-lo senti como se ele estivesse me abraçando. Terminei de me vestir e sai do quarto, caminhei pelo corredor estranhando o silêncio no ambiente, cheguei até a sala e Pietro não estava, fui até a cozinha e encontrei um pequeno bilhete sobre a bancada da cozinha.

"Fui buscar nosso café da manhã amor, volto logo!"

Sorri ao ler o bilhete feito a não apressadamente. Olhei ao meu redor e notei algumas coisas que estavam fora do lugar então decidi dar uma organizada para passar o tempo, abri as cortinas e janelas, lavei a louça sequei e guardei, varri o chão, organizei as almofadas do sofá, eu estava indo pegar o espanador quando a porta se abriu e um Pietro sorridente cheio de sacolas passou por ela.

-Deixa que eu te ajudo!- exclamei caminhando apressadamente até ele e pegando algumas sacolas de sua mão.

-Achei que quando eu chegasse você ainda estaria dormindo amor!- ele falou surpreso enquanto caminhávamos em direção a cozinha.

-Acordei já tem um tempinho e comecei a organizar algumas coisas.

-Não precisava se preocupar com isso meu amor, hoje o dia é livre pra você descansar.- comentou

-Tá tudo bem amor, eu não me importo em te ajudar com essas coisas. - respondi enquanto tirava algumas coisas de dentro da sacola.

-Eu s...-Antes de concluir a frase Pietro começou a ter uma crise bem forte de tosse, assustada corri até o bebedouro e enchi um copo com água e levei para ele.

Quando a crise de tosse aliviou um pouco ele aceitou o copo e bebeu um pouco de água, me aproximei dele tocando seu rosto e notei o quão quente sua pele estava e isso me preocupou muito.

-Pietro! Você está febril.- exclamei assustada.

-Amor não se preocupa já vai passar...-ele tentou se afastar de mim mas eu o segurei pelo braço, a jaqueta que ele vestia estava úmida.