ESCRITA POR: @holliejnls e @camilacinica
Jennie Kim felizmente se considera a fã número um da cantora e popstar Lalisa Manoban. Mas tirando isso, não resta nada além da imigrante solitária, advogada de casos perdidos sem perspectiva de um futuro bri...
E como sempre, o aniversario é meu, mas o presente é de vocês.
Espero que estejam bem, saudáveis e felizes.
Tenham uma boa leitura e respirem fundo.
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2022 — Melbourne, AUS
O aeroporto internacional de Melbourne não tinha nada de excepcional, pelo menos não para a jovem de cabelos escuros e olhos no formato mais felino que um ser humano poderia ter.
Jennie Kim estava com os braços cruzados, a bolsa pairava na lateral de seu corpo pendurada enquanto usava uma camisa social desabotoada o máximo que podia estar em público, sem que lhe olhassem como se fosse uma depravada. E mesmo sabendo que era algo machista, não se sentia segura. A calça social já estava amassada de todas as viagens que havia feito em seu carro durante aquele dia, indo até clientes e audiências.
Quando a mulher pequena, que chamava de melhor amiga, saiu do portão de desembarque com um vestido preto de gola rendada e um laço na cabeça empurrando uma mala tão grande quanto ela, Jennie sentiu seu coração acelerar.
Era tão bom ter alguém.
Não romanticamente falando, mas uma pessoa, um ser humano, com quem contar.
Quando Irene chegou perto o suficiente, largou a mala e abraçou Jennie tão apertado que se ela não tivesse tanta necessidade de sentir o contato e o calor humano, teria reclamado de dor.
- Oh, como senti a sua falta. - Irene disse com sua voz suave.
Jennie assentiu com a cabeça no ombro dela, seu coração ainda estava acelerado pela ansiedade, e sentiu o primeiro resquício de toda sua pose de advogada como servidora pública indo para o ralo quando seu lábio tremeu.
-Está chorando? - Irene voltou a falar e conseguiu apertar Jennie um pouco mais, a resposta não veio, mas um soluço sim. - Okay, não se preocupe, não estou ouvindo, continue.
Jennie sentiu o coração apertar e as lágrimas desceram tão rápido que ela nem conseguiu conter, como estava em seus planos.
Irene então, com calor, mas sabendo exatamente com o tipo de situação que estava lidando permaneceu, como a amiga que era.
Jennie precisou de mais dez minutos até se recompor e quando o fez se afastou.
-Você está maravilhosa, como sempre. - Disse colocando a mão na mala dela sabendo que teriam que ir até a esteira buscar outra mala.
-E você parece mais magra. Tem comido? - Irene arqueou a sobrancelha, o espírito de mãe que ela tinha, nunca a abandonava e claramente estava mais presente do que nunca.
-Tenho comido comidas rápidas, no tempo que tenho. - Jennie deu um sorriso amarelo.
Irene então começou um discurso que Jennie quase ficou feliz em escutar, ter alguém se importando realmente fazia a diferença. Sorriu para ela novamente e quando pegaram a mala e foram para o carro.