Lia Amish.

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Cheguei em casa e minha mãe ficou olhando pra mim com um olhar super estranho. Praticamente não sei porque ela estava olhando pra mim, eu estava suando frio, e olhando para o teto, não tinha oque com ela se preocupar.

-Filho, está tudo bem?

Eu fico parado, só ouvindo barulhos de respirações, e minha mãe quebrando o ovo para fazer omelete para nós .

-Ta sim mãe.

Ela fica olhando para mim, com um jeito confuso e tirando todo aquele silencio ela fala batendo no triangulo prata .

-Omelete pronto !

Então a gente se senta na mesa, com um copo de refrigerante ao nosso lado. A noite estava tão serena, e a chuva tomou conta de Brighton com ajuda de alguns trovões e raios .

05:00

Depois daquela chuva, trovões, e raios, nada melhor que acordar em um dia com neblinas, e você podendo ver um pouco do brilho do sol que ele trás para nós da Terra.

Meu despertador era marcado para às seis da manhã, mas decidi acordar um pouco mais cedo que o normal de sempre.

Minha mãe ficava noites e noites acordada, olhando para mim e me vigiando para que meus pulmões não se enchiam de água e eu desse aquele surto de sempre, e mediatamente pararia na UTI pela milésima vez.

Quando acordei, ela estava na minha frente, sentada na cadeira e dando um cochilo, eu não queria acorda-la, mas tinha que fazer isso, então dei uma cutucada em sua pele fria e parda e ela acordou .

-Oque foi ? Ta tudo bem? -Ela fala super preocupada comigo.


-Sim mãe, está tudo bem, só que eu quero perguntar se eu posso ir de ônibus pra escola... Sozinho.

-Ah filho, sozinho?

-O ônibus me deixa na frente da Universidade, não há problemas.

Ela olha para mim e diz.

-Ta. Mas vai com cuidado.

-Obrigada mãe -Dou um beijo nela e ela volta à dormir como estava.

Me arrumo o mais depressa possível, pois o ônibus já estava quase passando e me deixando para trás, ia ser horrível correr atrás do ônibus no meio daquela neve.

Vou para o ponto com mais de dois casacos em meu corpo, a neve tomava conta de tudo, sentia frio até nos meus pés, e quando eu respirava, era visível o ar que eu soltava à cada respiração...

Vi dobrando a esquina um ônibus azul escuro, e cinza, cores "neutras", o ônibus da Universidade parou no ponto em que eu me localizava, e sem mais demora subi.

O motorista tinha uma cara de mal, com um olho meio que vesgo, fazendo o que todos tivessem medo daquele ônibus bater em algum poste ou algo assim. O ônibus em si era confortável, mas as pessoas que à cada ponto ia subindo, faziam medo em mim. O transporte era dividido em três partes:


Os bagunceiros


Os nerds


Os rockeiros

Então eu decidi montar outro "grupo" começando por mim, que eu chamei de "Os Alones ", que no caso só tinha eu. Sentei na janela direita do ônibus, com uma garota levemente me paquerando do grupo dos nerds, ela olhava com os olhos pretos e mordendo os lábios, acho que ela pensava que se sentia sexy com aquela saia quadriculada, e a blusa levemente aberta.

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