Diretoria...

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Vou para o refeitório e vejo toda aquela cena de guerrinha de comida. Comida é sagrada só acho que não se desperdiça .
Pego um prato qualquer que estava no balcão e vou escolhendo oque eu queria comer, as "tiazinhas" da comida que nos servia, fazia uma cara não muito boa, e uma delas se chamava Meredith e tinha uma verruga enorme do nariz, que muitas pessoas sentiam nojo daquilo.
Sento em uma mesa qualquer com bancos azuis e a mesa com algumas rachaduras. Ponho meu prato sobre a mesa e minha mochila idem. Percebo que alguns pessoas ficavam me olhando comer aquele bolo de carne suculento.
Estava me sentindo tão desconfortável com todas aquelas pessoas me olhando, e para completar o desconforto, olho para toda aquela guerra e vi um pedaço de bolo de carne vindo em minha direção, não tive tempo de fazer nada, só tiraram foto do estrago que eu fiquei naquela manhã.
Tive que ir a direção, e junto comigo, Lia Amish . Ela tinha jogado bolo de carne em mim e em outras pessoas, só que essas "outras pessoas" não ficaram tão sujas quanto eu fiquei naquela manhã.

-Lia Amish, isso tudo é verdade? Você jogou bolo de carne no seu colega da escola? -Fala o diretor com toda aquela sua voz assustadora, que todos ficavam com medo só de ouvi-la .

-Sim, só que foi sem querer, na verdade... Era pra ver se o bolo estava mole, então eu joguei pra cima e sem querer foi nele .

-Senhorita Amish. Você já levou vinte e cinco advertências nessa escola, espero que você ande na linha, porque se não eu vou ser obrigado à tirar você da escola.

-Sim, senhor .

-Enquanto à você, senhor Karter... Suba, e vista uma roupa nova e limpa que tem ali perto do almoxarifado e depois desça porque na sala treze vai ter aula pra vocês de química.

-Sim senhor. -Disse.
Então eu subi até o almoxarifado, e tinha uma mulher lá.
Ela pediu o número da minha blusa, então deu-me uma blusa da escola branca com o símbolo da Universidade...
Lia estava no parque das garças , onde fica os pássaros ...

-
-Gosta de pássaros ? Eu perguntei.

-Quando eu era pequena eu adorava flores amarelas, e tucanos, minha mãe tinha me levado a um zoológico, quando eu era menor, mas tive trauma, desde do dia em que um tucano pegou minha pipoca e jogou no chão , sem sentimento nenhum.

-Isso é irrelevante.

-Você me fez a pergunta, e eu respondo oque eu quiser.

-De acordo com a pergunta né ?

-Não. -Ela disse.

-Mas não tem nada haver.

-Me agradeça por eu não ter quebrado sua cara na primeira vez que eu te vi.
Nos calamos. Ela suspira e fala .

-Desculpe, to revoltada com algumas coisas. Meu nome é Lia Amish ... E você quem é ?

-Eu sou Karter Reynolds. Eu já te conheço ...

-Da aonde ? -Ela fala com os seus olhos arregalados .

-Tenho meus contatos. -Disse.
Então senti sua mão vindo sobre minha cara, fazendo-me sentir uma dor forte, mas suportável .

-Porque você me bateu?

-Porque eu quis.
Ela sai do parque das garças, e me deixa lá sozinho com uma monstra mão em meu rosto.

13:00

Era aula de química, e eu sentei no meio da sala, na verdade o professor pedia para a gente sentar em roda (circulo). E eu (falando novamente) sentei quase no meio da roda. Lia chegando atrasada como as outras aulas, sentou do meu lado.

-Tinha que ter te deixado lá no parque das garças. -Lia fala numa voz tão bela e sussurrando.

-Mas porque ?

-Porque sim, e não discuta comigo.
O professor chama nossa atenção e fala com toda turma.

-Shiiii, prestem atenção na aula.

Balançamos a nossa cabeça como uma forma de afirmação e Lia me disse, no meu ouvido discretamente.

-Te vejo amanha -Ela sai da sala e na mesma hora que ela sai da sala o sinal barulhento toca.
Todos saíram da sala, e da li eu mao vi mais ela, minha mãe estava no portão para me buscar, ela me abraçou e falou .

-Tudo bem filho?

-Tudo sim, mãe -Falei ainda procurando Lia Amish .
Ela colocou o carro na marcha três e pisou fundo, da Universidade até nossa casa demorava uns cinqüenta quilômetros, por ai ...

( ... )

Karter...Onde histórias criam vida. Descubra agora