Meu eterno amor - {ABO}

7

Aquele que se permite...

3ª pessoa:
_Com: no Sabaku Gaara

Os olhos piscavam preguiçosamente mas não em sinal de sono, havia se acostumado a dormir sempre tarde, já que um dia foi portador de Shukaku, e desde que Metal nasceu as noites tem sido agitadas, então estar acordado as cinco da manhã não era novidade.

Mas essa noite em especial o sono lhe fora roubado por um moreno com sombrancelhas grossas, Gaara suspirava enquanto tentava se decidir, acreditava na história dita por seu beta, mas não sabia se era o certo, não se sentia pronto a reatar, bem típico de adolescente ele sabia, mas o No Sabaku realmente estava confuso.

Estava evitando chegar perto do celular que até umas horas antes apitava sinalizando novas mensagens que ele sabia de quem era, ele suspirou mas dessa vez era de preguiça, porém tinha de se arrumar para ir trabalhar, mesmo sem vontade decidiu ir banhar.

A quanto tempo tudo isso aconteceu? A quanto tempo estava lidando com tudo sozinho? A quanto tempo estava lidando com uma criança sozinho?

Metal era o amor de sua vida é fato, mas dar a luz a uma criança, ter que trabalhar pouco tempo depois e ainda lidar com o seu próprio emocional foi muito pra si, Gaara teve de ser forte, não só por si mas por seu filho, perdeu as contas de quantas vezes engoliu o choro por se sentir um pai insuficiente, perdeu as contas de quantas vezes engoliu o choro por sentir que ia desabar, mas tinha de seguir em frente, ele tinha, afinal, Metal dependia de si.
Por muitos anos Gaara cuidou de seu pequeno sozinho, cuidou de uma vila inteira sozinho, por anos ele foi pai solo com diversas outras responsabilidades nas costas.

Mas chegou à conclusão que agora não estava sozinho, poderia contar com Lee, Metal era seu filho, mas não podia tirar que foi difícil e está sendo difícil criá-lo sozinho, enquanto a água morna deslizava por seu corpo, depois de muitos anos ele se permitiu, ele quis desabar e tirar aquilo de si, Gaara deslizou pela parede e se sentou ao chão enquanto algumas lágrimas desciam e ele se mantinha inexpressivo olhando para o seu âmago.

Respirou fundo sentindo as lágrimas descerem enquanto aquele peso em seus ombros descia junto, o alívio foi quase que imediato, Gaara precisava disso, a anos se sentiu sozinho, a anos se sentiu abandonado com um filho pra cuidar. Mas agora sentia que não estava sozinho, não mais.

E em relação a Lee, só ia deixar acontecer!

~❤️~

3ª pessoa:
_Com: Lee

Lee havia passado cedo na mansão No Sabaku, iria passar o dia com seu pequenino, há alguns dias sentia que Gaara havia mudado, estava mais calmo, ele até dizia que estava aliviado, e aproveitando a oportunidade quis chamá-lo para um café da manhã.

Lembrava-se com vergonha o quanto fora estabanado no pedido e se sentiu um adolescente tendo seu primeiro date correspondido, achou tosco, mas de um jeito fofo.

" – Certo, amanhã passe aqui e pegue Metal - a voz soou baixa através do telefone enquanto gritos animados era ouvido ao fundo.
– Okay, Gaara?
– Hn? - ele resmungou em resposta
– Posso te perguntar uma coisa?
– Claro Lee
– Que-quer sair comigo? - a voz foi falha e ele logo completou a frase - para um café, com o metal... - a frase morreu enquanto seu coração palpitava no peito e ouviu uma risada gostosa de se ouvir
– Claro, por que não hun?"

E por puro nervosismo desligou a ligação sem ao menos dar uma resposta a Gaara, se sentia estupido, mas feliz.

E agora estavam ali, tendo um café da manhã como pessoas normais, já que fazia uns dias que Lee não o via, Gaara estava a sua frente com uma xícara de capuccino entre as mãos e Lee não pode deixar de reparar em sua face, estava pleno mas algo estava diferente, e esse algo o incomodava.

O moreno pediu ovos mexidos com bacon e dividiria com Metal já que o mesmo não comia muito pela manhã, Gaara optou por não comer nada, não sentia fome então ficou apenas com um cappuccino, e diferente de outros dias o mesmo estava calado, mas Lee não podia protestar, afinal também estava, já que reparava no homem a sua frente.

– Vai ficar só me olhando? - o Ruivo lançou um sorriso ladino enquanto bebericava a bebida e Lee ficou vermelho

– Na-nao eu não estava... - calou-se a fim de não falar mais nada errado, ele se sentia um bobalhão, tinha quase 27 anos na fuça e ainda agia como um adolescente perto dele, respirou fundo e tentou novamente: - está belo hoje, e roubou minha atenção.

Sorriu singelo enquanto Gaara sorria em agradecimento, sentiu a coragem voltando e respirou aliviado, afinal não poderia ser um idiota o tempo todo. Apesar do sorriso encantador Lee sabia que havia algo errado, ele sentia que Gaara não estava 100%

Me desculpem pela demora meus amores, mas aqui está, foi meio curtinho mas o próximo cap é bem kawazinho, prometo!

Pessoal, não quero taxar o Gaara como um pai ruim, ou um pai que não ama Metal, mas a maternidade é extremamente difícil, foi isso que quis retratar, bjs de luuuz!