Jimin acordou com tons suaves de azul e cinza.
E o curioso foi que, durante todo esse tempo, Jimin pensou que o amanhecer era sua hora favorita do dia. Ele havia gostado do jeito que ela se arrastava, lentamente no início, tentando puxar as costuras da noite até que, de repente, o véu da escuridão finalmente se desfez, até que ficou todo amolecido e translúcido.
E mesmo nos momentos em que chegou tarde demais, quando a noite já havia comido Jimin, mãos sombrias por toda parte, em sua pele, em seu corpo, quando ele estava no lugar errado na hora errada com as pessoas erradas, ainda era um pequeno consolo quando finalmente amanheceu. Ele deitava lá e o observava pintar o céu em rosa e laranja, e ele vinha, depois de cada noite, sempre tão leal.
Sim, o amanhecer era o amigo querido de Jimin, já era assim há muito tempo.
Até que de repente, estranhamente não era.
Porque agora, não havia nada além de pavor no coração de Jimin enquanto observava o céu clarear gradualmente além da janela. A luz atravessou a pequena fenda entre as cortinas do quarto e tudo que Jimin podia fazer era ficar ali sem fôlego e assistir, ver o tempo precioso que ele havia deixado escapar com o sol nascente.
Houve um movimento silencioso ao lado dele, e Jimin virou a cabeça no travesseiro. Taehyung havia se movido durante o sono, onde ele estava enrolado na outra metade da cama de Jin, seu cabelo escuro encaracolado despenteado e saindo em ângulos estranhos. Jimin olhou para Tae no brilho matinal que estava espalhado por seu rosto; ele traçou a curva suave de seus lábios com os olhos, seguiu a forma requintada de seu nariz até a bela marca de nascença na ponta.
Taehyung estava lindo. Ele parecia tão bonito na luz cinza pálida do raiar do dia que quase doía.
Jimin se lembrou de como eles tinham dado as mãos quando ele adormeceu na noite passada, como Tae havia sussurrado para ele e contado a ele sobre tudo e nada até que Jimin finalmente cochilou, e mesmo depois em seus sonhos ele pensou ter ouvido a voz de Tae, baixa e reconfortante nas costuras de sua consciência.
No entanto, quando ele acordou ao amanhecer, sua palma estava fria e vazia, e o mundo ao seu redor era azul e cinza.
O corredor estava cheirando levemente a panquecas. Pegajoso e xaroposo, pesado no nariz e na boca de Jimin. Cheirava a queimado, ele pensou enquanto saía do quarto de Jin, um gosto ácido e rançoso pairando no ar como cinzas em seus pulmões. Ou fez? Ele não tinha certeza.
Os outros, além de Taehyung, pareciam todos já terem se levantado, e por um momento Jimin ficou parado no corredor e ouviu suas vozes que vinham da sala de estar, altas e caóticas, mas ao mesmo tempo tão calmantes. , tão estranhamente familiar já. A janela retangular de luz na outra extremidade do corredor que marcava a entrada da sala prometia um mundo diferente, brilhante e rosado, e leve, tão leve. E aqui estava Jimin com sombras grudadas em sua pele.
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Abraços e Panquecas quentes! (Jimin x OT6 ) | [Tradução PT-BR]
FanficJimin está congelando e morrendo de fome quando Jin o encontra nas ruas de Seul e o traz de volta para sua família.