Capítulo 12

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Fiel a fala de Bella, ela e Alexandra não saíram na sexta a noite.

Porém, no sábado de manhã, Bella avisou a Alexandra que passaria o dia com Edward. Essa provavelmente era a proteção mais fácil dela em todos esses séculos, já que Bella sempre que não estava com ela, estaria com seu guarda costas vampiro.

Depois de arrumar o quarto, Alexandra foi para a parte de trás de sua casa. Ela se sentou de frente para a floresta, colocando na grama a sua frente hortelãs, maçãs, bolo de mel, um vaso de chá e velas de sândalo.

Ela levantou seus braços e fechou os olhos.

- Ó Afrodite, de amor puro e rosto tão belo. -ela rezou, de olhos fechados- Deusa das saudades, inspiras e atiças as chamas ardentes de desejos. Todos os atos de amor são seus ritos. Rainha do amor e das paixões selvagens, sorria para sua filha amorosa.

Alexandra respirou profundamente, um aroma de rosas, incenso e baunilha invadindo seus sentidos.

- Afrodite, venha até mim agora, e liberta-me da dor feroz do meu coração.

- Agora, eu não poderia deixá-la sem socorro, poderia? -uma voz de cetim a responde, como bolhas de sabão em uma banheira de luxo.

Alexandra abriu os olhos e, a sua frente, a Deusa Afrodite brilhava em seu esplendor. Ela estava alta e matinha uma postura de autoridade. Seus cabelos dourados caiam ondulados até suas costas. Seu rosto era perfeito, com grandes cílios a frente dos olhos dourados e nariz simétrico. Ela brilhava e seu longo vestido branco parecia se movimentar com vida própria. Aquela era a mulher mais bela que já havia visto.

A deusa sorri, um sorriso que poderia iluminar a parte escura da lua, e pega a mão de Alexandra.

- A quanto tempo eu não a vejo, é tão raro ouvir um chamado seu. -a deusa aperta sua mão carinhosamente, sem solta-la- Você continua encantadora, Alexandra.

- Não tão bela quanto você, minha deusa, o epítome da perfeição. -Afrodite sorri, parecendo muito feliz, e se senta a frente da guerreira. - Me perdoe por chamá-la tão pouco, é que não tenho motivos para incomodá-la. Há pouco amor presente em minha vida, geralmente.

- Oh, que bobagem! Tudo nessa vida envolve amor, seja ele próprio ou a falta dele. -ela pega um pedaço de maçã com a mão livre e o saboreia- Então, você me invocou depois de todo esse tempo, o que sobreveio sob sua alma para que ficasse tão aflita?

- Minha deusa, eu me deitei com um homem recentemente e algo estranho aconteceu. -Alexandra explica, aflita- Como se um feitiço tivesse ligado nossas almas, meu espírito confuso repreendeu, falando comigo. Me diga, foi realmente um feitiço que conseguiu superar Perséfone?

- Não há nada no mundo capaz de superar uma benção de Perséfone. -Afrodite afirma- Me deixe ver o que está acontecendo.

Afrodite soltou a mão se Alexandra, colocando-a sob o peito da guerreira, bem acima de seu coração. Suas mãos e seus olhos brilharam em um rosa claro.

- Eu o vejo, um filho de Lamia, um vampiro. Intensamente belo. -seus olhos rosas permanecem encarando a frente, mas sem focar em nada- Ele a enfurece, mas o desejo por seu corpo ultrapassa sua raiva. Vocês se uniram em carne, uma ligação momentânea de almas. Eu escuto seu espírito, o que ele diz...

Afrodite tira a mão de seu peito, seus olhos de volta aos dourados, porém estes cheios de água. Alexandra não sabia se os olhos marejados da deusa significavam algo bom ou ruim, mas Afrodite parecia saber porquê seu espírito tinha dito aquilo.

- Πάτροκλος. -ela diz emocionada e maravilhada- Pátroclo. Seu espírito clamou por seu Pátroclo.

- O que isso significa? O que Pátroclo tem a ver com isso? -ela pergunta irritada, odiando a menção do nome.

SINA Ʊ JASPER HALE (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora