Capítulo 11

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Alexandra parou, respiração ofegante, se sentindo extremamente quente. Algo na atmosfera havia mudado e ela se sentia muito consciente da distância entre os dois. Ela não estava tão zangada afinal de contas, e começou a pensar em outras possibilidades. Como se um feitiço houvesse sido lançado sobre ela, a amocinese de Afrodite. Jasper não estava tão molhado quanto ela, mas algumas mechas de seu cabelo loiro pingavam sob sua camisa. No rosto pálido, as gotas se acumulavam em sua mandíbula tensionada.

Resista

Era o que sua mente dizia, mas seu corpo cedia sob si mesmo a cada segundo que passava.

- Minha executora? –ele pergunta com a voz grave e áspera, fazendo Alexandra arrepiar- Alguém deveria te ensinar boas maneiras.

- Alguém como você? –ela rebate, engolindo a seco, resistindo a mentalidade submissa que parece querer afoga-la junto a Jasper.

- Você adoraria, não é? –um pequeno sorriso malicioso aparece em seu rosto- Todos esses joguinhos, para você se entregar tão fácil assim.

- É você que está entregando. –ela acusa sem fôlego, perdendo a linha de raciocínio em uma tentativa de controlar o desejo que borbulhava dentro dela.

- Tão durona lá fora, mas aqui dentro... –ele levanta as mãos e toca em seu rosto com os dedos frios.

- Eu não sei do que está falando. –ela suspira, fazendo sorriso dele se alargar.

- Eu posso ver o quanto você me deseja. –ele diz arrogante e Alexandra não aguenta mais permanecer tão perto.

- Pare de blefar, nós dois sabemos que não pode sentir minhas emoções.

Seu sorriso diminui para um de canto e Jasper se aproxima, suas bochechas se roçam e a boca dele para bem ao lado de sua orelha. Alexandra se arrepia novamente.

- Mas eu posso sentir o seu cheiro. –ele sussurra e inspira profundamente- Tão molhada.

Um pequeno grito saiu de Alexandra com a velocidade com que ele a puxou para o beijo. A boca de Jasper se movimentou deliciosamente contra a sua, suas línguas em sincronia, e ela foi recompensada com um murmuro grave vindo de sua garganta, o qual ela fantasiou por tanto tempo. Alexandra o queria e o queria agora.

Em um piscar de olhos ela já estava deitada na cama e os lábios de Jasper encontravam seu pescoço. Suas mãos geladas impediam Alexandra de alcançar a clareza das sinapses de seu cérebro quando exploravam o corpo quente da guerreira, apertando seus peitos e coxas, empenhadas em deixar memórias que ela não esqueceria tão cedo.

As mãos de Jasper se movem antes que sua mente possa processar, seu corpo agindo por instinto. De onde veio esse instinto? Talvez do fundo dos seus próprios sentimentos. Há ódio. Muito dele, e queima. E alívio, tanto que fumega como labaredas em um incêndio. Ele sabe agora que ódio e desejo se misturam nos lábios dela.

- Para uma pessoa tão ousada... –ele diz rouco, beijando o ombro dela- Você me parece tímida agora.

Alexandra coça com a necessidade de tirar as roupas dele, sua pele doendo com o desejo de tocá-lo. Ansiosa, ela puxa aberta sua camisa, estourando os botões e revelando o torso branco e tonificado, coberto por cicatrizes. Ele a beijou novamente, e ela teve de conter um murmúrio. Agora era Jasper que estava tirando sua roupa, a deixando totalmente nua em sua cama.

Como um leão, Jasper absorveu cada milímetro de seu corpo, dos pés à cabeça, com a boca cheia de veneno e a calça apertada demais. Ele assistiu, encantado, ao delicioso corpo de Alexandra. As cicatrizes que ela também exibia como uma exposição de arte, suas curvas que o deixaram tonto, os pelos que se arrepiavam debaixo de seu olhar, as manchas como estrelas pintadas no céu.

SINA Ʊ JASPER HALE (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora