Capítulo 150 - A gravidez de Ângela.

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A professora de Michael Vincent deixou como lição de casa a leitura do livro "Toda luz que não podemos ver" de Antony Doerr. Depois de lerem, as crianças diriam quais foram a suas impressões.

O menino achou o livro na biblioteca da escola e o levou pra casa. No início ele não gostou da tarefa, o livro era muito grande e a história não parecia ser legal... mas tudo mudou quando ele começou a ler...

Ângela – Filho, eu já não te mandei pro banho?

MV – Mandou mãe, mas calma vai, faltam 2 páginas pro fim desse capítulo...

Ângela – Você falou isso a meia hora atrás.

MV – É? É que eu tava no capítulo anterior e aí acabou de um jeito que não deu pra parar... Mas eu prometo que só vou terminar mais esse.

Ângela – Tá bom.

Hodgins – Esse livro aí tá bem interessante...

MV – Está sim... pai? – Hodgins olhou pra ele. – Você sabe alguma coisa sobre caramujos?

Hodgins – Alguma coisa? Filho, eu sei muita coisa!

MV – Pode me ensinar sobre eles?

Hodgins – Claro! Quer ir até o laboratório?

MV – Tem caramujos lá?

Hodgins – Claro que sim!

MV – Obaaa! – Ele colocou o marca página e fechou o livro.

Ângela – Não ia acabar o capítulo?

MV – Depois eu termino.

Ângela – E o banho mocinho?

Hodgins – Depois eu prometo que o faço tomar banho.

Ângela – Eu realmente estou perdida com vocês dois.

Hodgins e MV saíram rindo em direção ao laboratório.


Cerca de uma hora depois, eles apareceram de volta na sala, o menino veio animado.

MV – Mãe, o papai me ensinou um montão de coisas, eu até peguei um caramujo na mão.

Ângela fez uma careta. – Argh! – Os dois riram enquanto a moça correu pro banheiro.

MV – O que deu nela?

Hodgins – Sabe o seu irmãozinho ou irmãzinha? – Michael Vincent assentiu. – Talvez esteja a caminho.

Michael Vincent – Sério? Obaaa!

Hodgins – Calma que eu disse talvez... Agora vai tomar banho filho. – O menino saiu e Ângela voltou – Ânge, acho melhor você fazer um teste de gravidez...

Ângela – Amanhã eu compro um na farmácia.

Hodgins – Pra quê? – Ele dá a ela um potinho. – É só fazer xixi aqui que eu faço a mágica acontecer...

Ângela – Mas Hodgins...

Hodgins – Ah, vamos lá. Deixa eu poder dizer ao bebê daqui alguns anos que o papai que fez a primeira confirmação da existência dele... – Ângela pegou o potinho e saiu – Obrigado! Eu te amo! - Ele gritou.

Ângela – Então vá servir o jantar...


Quando Ângela voltou com o potinho cheio, o marido já tinha posto a mesa e enquanto ela terminou de arrumar as coisas, ele foi com o potinho pro laboratório.

MV – Mãe, o que tem pra jantar?

Ângela – Frango, meu amor.

MV – Legal... Você tá grávida?

Ângela se sentou na cadeira de frente ao garoto sem saber o que responder, por sorte ela não precisou, Hodgins chegou atrás com o potinho, o xixi da Ângela estava lá, só que de outra cor.

Hodgins – Mamãe está grávida sim!!

Ângela – Hodgins, você fez o teste com a água sanitária? Sabe que não funciona, né?

Hodgins – Você conhece o teste com a água sanitária, é?

Ângela – Eu fiz uma vez, na adolescência... por sorte ele deu errado.

Hodgins – Deu errado porque você não fez certo, ninguém sabe fazer ele certo. Tem que dosar certinho a quantidade de urina e de água sanitária e pra isso você tem que ter equipamento de alta precisão. Eu tenho certeza quando digo que Michael Vincent, você vai ter um irmãozinho ou irmãzinha!

MV – Uhulllll!!!

Ângela lançou um olhar ao marido e ele leu os pensamentos dela: "Será que devemos farar ao Michael Vincent que o bebê pode ser cego?" Hodgins achou que sim.

Hodgins – Filho, todos estamos muito felizes com o bebê, mas nós precisamos conversar... Sabe filho, eu e a sua mãe, nós temos uma coisa, um gene, que pode causar problemas ao bebê... Quando você tava na barriga da mamãe o médico disse que você podia ser cego, mas aí quando você nasceu, você não era...

MV – Vocês querem dizer que o meu irmão ou irmã pode ser cego ou cega?

Hodgins – É, você entendeu!

Ângela – Vamos amar ele ou ela sendo cego ou não, e não vamos deixar de amar você nem um pouquinho, mas se o bebê for cego...

MV – Ela vai precisar de atenção, eu sei, e vou ajudar.

Ângela – Ela?

MV dá de ombros. – Eu queria que fosse uma menina.

Hodgins – Por quê?

MV – Porque já tenho um nome pra ela.

Hodgins riu. – Certo... temos que conversar sobre outra coisa... sabe o vovô? – O menino assentiu – Então, ele gosta de escolher os nomes.

MV – Ele que escolheu o meu?

Hodgins – Não, eu escolhi e na época teve consequências pra nós dois.

MV faz careta. – Se for menina eu peço pra ele, se não, eu deixo quieto.

Hodgins – Garoto esperto!

Ângela – Okay, okay, mas será que dá pra gente jantar agora? Eu tô com fome...

Hodgins – Vamos jantar porque a mamãe agora come por dois. 

Castle e Bones: Juntando as forçasOnde histórias criam vida. Descubra agora