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- Ela estaria orgulhosa

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- Ela estaria orgulhosa.

Com um sobressalto, Gabrielly
levou às mãos ao peito, pelo recente susto, fazendo o homem na porta do quarto soltar uma gargalhada.

- Você me assustou.- retrucou, normalizando sua respiração, enquanto colocava o quadro
com a foto da mulher mais velha em cima da cômoda novamente.
- Porque acha?.

Perguntou, ainda analisando a foto.

- Poque não acharia?, Maria
sempre deixou explícito o amor e orgulho que sentia por você
querida. - O homem mais velho,
entrou no quarto, indo em direção de Gabrielly.

- É... tem razão. - A mulher
sorriu, colocando uma das
mechas solta atrás de sua orelha.

- Ela estaria tão feliz... com tudo
isso. - O homem sorriu, pegando o mesmo quadro que antes
nas mãos da mulher ao seu lado. - Tenho certeza que ela estava na verdade.

- Ela estaria surtando na verdade, andando de um lado ao outro. - Gabrielly riu. Imaginando a cena.

- É... isso é tão ela. - O homem gargalhou, porém parou, e ficou analisando a jovem em sua
frente, com os olhos  brilhando em orgulho.

- Obrigada. - A jovem agradeceu, olhando o homem bem vestido.

- pelo o que?. - perguntou confuso.

- Por estar fazendo o papel de
um pai, não apenas para mim,
mas para todos nós. - Any sorriu,
de modo que seu sorisso chegou aos seus olhos marejados.

- Vocês merecem isso. -
respondeu sem graça, não sabendo muito bem como reagir naquela situação.

- Boa parte de nós, nunca teve
uma boa relação com nossos
pais, a maioria das meninas
tiveram os pais mortos, ainda
muito novas, e quando não era
isso, sofriam nas mãos deles. - Respondeu ainda sem olhar para o mais velho.

- Sinto muito por todos vocês,
eram apenas crianças. -
continuou  a falar, não era a
primeira vez que a mulher
falava sobre seus sentimentos
com ele, mas mesmo assim,
se sentia constrangida.

- Eu realmente nunca imaginei que estaria nesta situação, nunca
imaginei nada disso. - A
jovem apontou para si,
meio afobada, com lágrimas
nos olhos.

- A vida é cheia de surpresas,
Any Gabrielly. - falou o mais
velho, com uma pose de quem
sabia muito. O que de fato não seria mentira.

Any suspirou fundo, andando
para a sacada do quarto, as
cortinhas brancas balançava
na porta de vidro, pelo vento
que vinha da abertura. Se debruçou  sob a sacada, encarando as
ondas indo e vindo pela areia,
não muito longe dali, já poderia
ver uma certa concentração de
pessoas, suspirou fundo com
aquilo.

- Acha que estou fazendo a
escolha certa?. - Ela perguntou, se virando para o mais velho.

- Eu me perguntei a mesma
coisa quando comecei a me
envolver com Maria... sabe,
ela tinha um grupo de garotas
na qual eram fora da lei, matavam, roubavam e traficavam. Eu tinha
medo de não saber aonde
estava me metendo, é ainda
por cima, eu ainda não tinha
assinado os papéis da aposentadoria.
- O homem confessou, olhando o horizonte, parecendo nostálgico.

𝐕𝐞𝐧𝐞𝐧𝐨𝐬𝐚𝐬 𝟐 ° 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨𝐫𝐚𝐝𝐚   Onde histórias criam vida. Descubra agora