Capítulo 3

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Querida família, estou vivo. 

É óbvio.Isso arranca uma risadinha de meu pai e de mim, e até um sorriso de Ryana. Minha mãe não se impressiona, embora Ryan comece todas as cartas assim.

Recuamos da frente de batalha, como o papai farejador deve ter adivinhado. É bom voltar aos acampamentos principais. Tudo é vermelho como a aurora aqui; mal dá para ver os oficiais prateados. Sem a fumaça do Gargalo, dá até para ver o sol se levantar cada dia mais forte. Mas não ficarei muito por aqui. O comando planeja reorganizar a unidade de combate nos lagos, e nós fomos destinados a um dos novos navios de guerra. Conheci uma médica transferida de outra unidade; ela disse que conhece Itsuki e que ele está bem. Foi atingido por estilhaços na retirada do Gargalo, mas se recuperou bem. Sem infecções, sem sequelas.

Minha mãe suspira alto, balançando a cabeça:

— Sem sequelas... — ironiza.

Ainda nada de notícias de Shiggy/tenko , mas não me preocupo. Ele é o melhor entre nós e logo receberá sua licença quinquenal. Vai estar em casa em breve, mãe, então pare de se preocupar. Nada mais a relatar, ao menos nada que eu possa escrever numa carta. Ryana, não seja exibida demais, apesar de ter motivos para isso. Izumi, não seja tão chata o tempo todo e pare de bater naquele Hitoshi. Pai, tenho orgulho de você. Sempre. Amo todos. Seu filho e irmão favorito, Ryan.

Como sempre, as palavras de Ryan penetram fundo no meu peito. Quase consigo ouvir sua voz se me esforçar bastante. E então a luz sobre nós começa a oscilar.

— Ninguém usou os vales de energia que eu trouxe ontem? — pergunto um pouco antes de a luz apagar de vez e nos deixar na escuridão. Meus olhos tentam se ajustar e mal enxergo minha mãe balançar a cabeça.

— Podemos não repetir a discussão? — Ryana resmunga enquanto afasta a cadeira e se levanta.—Vou pra cama. Tentem não gritar.

Mas não gritamos. Parece que meu mundo é assim: cansada demais para lutar. Meus pais retiram-se para o quarto, deixando-me sozinha na mesa. 

Normalmente eu sairia um pouco de casa, mas não estou com disposição para nada além de ir dormir.Subo outra escada até o sótão, onde Ryana já está roncando. Ela dorme como ninguém; apaga depois de mais ou menos um minuto, enquanto eu levo horas para cair no sono. 

Deito no beliche, feliz simplesmente por estar ali, segurando a carta de Ryan. Como percebeu meu pai, o cheiro de pinheiros é forte.

O som do rio é agradável: a água resvala nas pedras da margem e parece cantar para que eu durma. Até a velha geladeira — um troço enferrujado que costuma chiar ao ponto de me dar dor de cabeça — não me incomoda esta noite. 

Mas então um pio de passarinho interrompe meu mergulho no sono. 

Shinso.

Não. Vai embora.

Outro pio, mais alto. Ryana vira um pouco na cama e enfia a cabeça no travesseiro.

Resmungando baixo, com ódio de Shinso, rolo o corpo para fora da cama e escorrego escada abaixo. Qualquer um tropeçaria na bagunça da sala, mas me equilibro como ninguém após anos de experiência fugindo dos agentes. 

Um segundo depois já estou descendo a escada da palafita. A lama bate na altura do meu joelho. Shinso está à minha espera, misturado às sombras em torno da casa.

— Tomara que você goste de olhos roxos, porque é o que vou fazer com você depois dessa...— Sua expressão me interrompe. 

Ele esteve chorando. Shinso não chora. Os nós dos dedos sangram, e aposto que em algum lugar uma parede também está machucada. 

Apesar do incômodo, apesar de ser tarde da noite, não consigo deixar de sentir preocupação, medo até, por ele.

— O que é isso? O que houve?

Sem pensar, tomo sua mão entre as minhas. Posso sentir seu sangue sob meus dedos.

— O que aconteceu? — pergunto de novo —shin....

Ele demora para responder, como se juntasse forças. Fico aterrorizada.

— Meu mestre... caiu. Morreu. Não sou mais aprendiz.

Tento disfarçar o espanto, mas ecoa em minha respiração. Apesar de não haver necessidade, apesar de saber o que Shinso quer dizer, ele continua: 

— Não terminei o aprendizado e agora... — ele engasga com as palavras. — Tenho dezoito anos. Os outros pescadores têm aprendizes. Não trabalho. Não posso arranjar um trabalho

.As palavras seguintes são como uma faca no meu coração. Shinso toma fôlego nervoso, enquanto eu desejo não precisar ouvi-lo.

— Vão me mandar pra guerra.....

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Izumi on

bom ...

vou resumir a ultima semana pra vcs

depois que Shinso me falu que seu mestre tinha morrido, eu fiquei em choque e em pânico, fui procurar ajuda com Mic Hizashi um amigo meu, e lá eu conheci Toga Himiko uma vermelha com sede de vingança, pedi ajuda pra ela para salvar meu amiga Shinsom so que  valor era muito alto, então no dia seguinte pedi para ir a summerton com Ryana e lá eu ira roubar algo na qual iria pagar, so que acabou mal um dos guardas quebrou a mão de Ryana e ela nunca mais poderá custurar, depois disso eu fui para perto de um bar para ver se conceguia roubar algo que ajudasse

Izumi off

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CONTINUA

A Rainha  vermelha - versão bnhaOnde histórias criam vida. Descubra agora