PRIMEIRO DIA

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No dia seguinte Wally acorda feliz, há comida na geladeira e o urso de pelúcia novo de Jennifer estava em cima do sofá decorando o ambiente com alegria.

Wally gastou tudo que ganhou para o táxi.

- O dinheiro teve melhor uso do que uma simples corrida de táxi. Pensou enquanto saboreava um misto quente.

Wally então sai de casa, sem dinheiro ela decide fazer o caminho para o novo trabalho de ônibus. Descendo próximo da parada em que iria para o endereço, resolve ir caminhando, já que não havia ligação viária para o endereço que lhe foi passado na noite passada. Na metade do caminho ela percebe que está em meio a uma floresta, seu coração começa a pulsar de nervosismo e começa a pensar se o que tivera realizado ontem fosse uma ilusão, mas logo recuperava o raciocínio já que tivera gastado o dinheiro que recebeu. A sensação da natureza ao seu redor lhe traz alegria, mas também é sinônimo de medo, não havia nenhuma segurança nesse caminho, estava próximo do parque Barigui, em meio a cidade, conforme ia andando pela estrada, carros iam e vinham, mas quando se aproximava cada vez mais do endereço percebia que o movimento ficava menor.

Wally já havia percorrido alguns metros e quanto mais andava menor era a esperança de encontrar a casa do homem misterioso.

-Acho que estou perdida, não pode ser tão longe assim!

Wally, como sempre muito perseverante, continuou sua caminhada, após cerca de 15 minutos, se encontra a sua frente um grande portão de ferro, haviam detalhes de anjos cromados e eles seguravam lanças douradas, definitivamente, pensou Wally, estava no endereço indiciado. Quando se aproximou do interfone escutou o enorme portão se abrir e sair o mesmo carro que havia visto na noite passada, se havia dúvidas, elas foram sanadas ao ver o carro.

O carro saiu com tanta pressa que Wally poderia jurar que era uma emergência, tanto que o condutor do veículo não notou a presença de Wally ao lado do interfone no portão. Embora estivesse com muita pressa, Wally notou que havia mais uma pessoa dentro do carro.

O portão se fechou ainda mais rápido do que quando se abriu, não dando nem tempo de Wally pensar em passar por ele.

-Bom só pode ser aqui está a casa! Pensou Wally enquanto observava a entrada da mansão que era protegida por um muro de vidro enorme.

Se aproximou, novamente, do interfone e o apertou, 3 vezes chamou até que foi atendido.

-Pois não? A voz aveludada de quem parecia ser uma senhora de mais ou menos 60 anos, falava em resposta.

-Oi, eu me chamo Wally, e-eu vim para uma vaga de empregada. Sua voz trêmula novamente se fez presente após ser intimidada pela grande imponência da casa.

-Oh, sim sim, Chefe avisou que viria, vou abrir o portão! Animada e bastante apressada respondeu a mulher.

-Obrigada! O interfone desligou antes que pudesse ouvir o agradecimento.

Havia um caminho de grandes pinheiros de cada lado da entrada, conforme Wally se aproximava podia ver uma enorme mansão se levantar a sua frente, Haviam paredes de vidros todos escuros que não se podia enxergar o que havia por dentro, paredes de tijolos e uma linda porta branca na frente, eram 3 andares, uma casa modernista e muito bem escondida dentro do Bosque.

-Seja bem-vinda, minha querida. Respondeu uma senhora que abriu a porta, cabelos todos grisalhos, fazia um coque, era alta e muito magra, seus olhos brilhavam como quem trabalhara com muita satisfação, seu sorriso era grande e acolhedor. -Me chamo Melissa, sou a governanta da família.

-Olá, eu sou...

-Wally, já adiantou no interfone. Disse Melissa sorrindo.

-Senhor Mors avisou que viria hoje, entretanto nos informou que chegaria mais cedo.

CONSCIENTEWhere stories live. Discover now