1° Capítulo - Só o Começo

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Draco acordou eram cinco horas da manhã em ponto. Levantou-se antes de todos no orfanato, estes que acordavam as sete. Acordou cedo o suficiente para conseguir usar o banheiro dos ômegas e sair antes de todos os mais novos acordarem pois se ele acordasse com os outros teria que esperar um século para tomar banho, e essa, acredite, essa era a última coisa que o rapaz queria, não dava. não hoje. Não naquele dia. Estava como louco atrás de um emprego para conseguir uma moradia, se não, no dia seguinte seria um morador de rua.

Draco POV.

Hoje é o último dia para eu arranjar uma casa nova. Estou muito nervoso, não que eu não esteja feliz de me livrar daquelas velhas rabugentas, mas é que depois de amanhã se eu não conseguir essa morada temporária ou um emprego eu estarei morando de baixo da ponte. Que irônico, eu não me lembro de quase nada de antes da guerra que me deixou órfão, apenas me recordo de estar escondido em um esconderijo que meus pais fizeram. Mas não é tempo de se lamentar, já se passaram quase 9 anos e agora eu finalmente vou poder sair deste inferno, pena que não poderei levar ninguém comigo.

Draco O.

Pegando seus itens de higiene pessoal e indo até o banheiro dos ômegas para uma ducha rápida, Draco tenta ao máximo pensar em como conseguirá um emprego que pague bem para um ômega. O que o deixa mais assustado é a possibilidade de ter que trabalhar em casas noturnas vendendo seu corpo imaculado para alguém qualquer. Essa era a última possibilidade que ele queria pensar, mas era uma opção.
Saindo do banheiro já vestido com suas roupas velhas e abarrotadas, já que o orfanato, apesar de parecer grande e receber uma grande quantidade de doadores, se recusava a dar roupas doadas em boa qualidade para os Jovens de 16 a 17 anos "um verdadeiro desperdício das doações já que eles estão próximos de ir embora." Ao passar pelo hall da entrada, Draco encontra uma das freiras. - Bom dia, irmã Alice. - Cumprimentou-a com educação. Alice era uma das mais novas freiras daquele local e por ter uma aparência amigável e ser muito gentil com as crianças ela era muito querida por todos, inclusive por Draco que a considerava família. - Bom dia pequeno broto. - Disse a mais velha. - Está ainda à procura de um local? - sua feição era de preocupação. Alice era 15 anos mais velha que draco, no auge de seus 33/32 anos, ele não sabia ao certo. - Bom, estou indo hoje procurar um emprego. Não se preocupe eu irei dar um jeito. Prometo que volto para te visitar e para ver o pessoal. - Disse sorridente e com um semblante determinado, apesar de não acreditar muito que iria conseguir um emprego, ele estava esperançoso. Tudo ia ficar bem! Assim ele esperava. - Então se apresse! Não queremos ver a irmã Maria de mau humor, você sabe como ela é. - Falou a mais velha em convicção.
Então Draco foi, as 6:30 saiu em busca de emprego nas ruas e disso passou do almoço e ele não conseguiu nem uma entrevista, e disso passaram das três da tarde e Draco não havia comido nada o dia todo. Estava cansado, com fome e sem esperança de qualquer possibilidade. Tentou em tudo, padarias, lanchonetes, cafeterias, ajudante de pedreiro, bibliotecário, vendedor, faxineiro, mas nada. Ninguém queria um ômega como empregado. Foi a partir das cinco horas que se sentou cansado e tonto, desejando voltar no tempo, quando tinha apenas 8 anos, suas memórias eram borradas asssim como sua visão. Draco pois-se a chorar, só queria que tudo acabasse bem. Se chegasse no orfanato sem ter arranjado emprego nem em "sua cama" dormiria ele não tinha mais esperanças. Daqui algumas horas não teria mais nada. Estava tão cansado que adormeceu ali mesmo, naquele banco frio, daquela maldita praça verde onde tinha plena convicção de que seria sua nova casa.

-...-

[...]

- Papai papai! Olha! - falava um pequeno garotinho olhando para o banco em que Draco estava dormindo sentado. - O que foi Nathaniel? - perguntou olhando em direção ao que o menino apontava com a testa franzida. - Papai não disse que ômegas devem ser tratados como príncipes e princesas e serem cuidados com muito carinho? Porque aquele príncipe está tão maltratado? - perguntava o garotinho, em seu rosto a aflição de não entender o por quê. Nesse meio tempo Draco acorda e o pai logo leva seu filho para longe do parque.

Draco POV.

"Merda...Que horas são?" Penso vendo o local iluminado apenas pelos postes de luz em pontos estratégicos. Logo me levanto, tento organizar minhas roupas e me apresso para correr de volta ao orfanato. Hoje será uma noite longa. Minha barriga ronca alto, tomara que elas me deem algo para comer.

Draco O.

O jovem ômega corria apressado pelas ruas quase vazias. Tentava se apressar para chegar em casa, pois estava com medo de algo acontecer. E como se previsse, aconteceu.

-Ei, você! Ômega...hm...cheiro de hortelã...rosas silvestres. É incrivelmente fodivel! - Dizia um homem de aparência pacata e possivelmente bêbado. Um alfa. Draco realmente se achava a pessoa mais azarada da face da terra. Não poderia estar pior. Mais 3 pessoas se aproximaram, todos alfas de grande porte. O que aconteceria com ele? Draco se desesperou e correu.

CONTINUA...


Capítulo revisado. (Qualquer erro avisem pfv)

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