Cap 8 - Vamos ver

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Jennie Ruby Jane Kim

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Jennie Ruby Jane Kim

Enquanto me movo pela cozinha, ela me observa o tempo todo.

A mulher, Lalisa, não é fácil de se ler.

Nomikos usa a expressão "Cara de jogador de pôquer"

Não há nada em seu rosto que denuncia o que ela está pensando.

Normalmente, não poder compreender as intenções de alguém que me deixaria extremamente desconfortável, era algo raro para mim. Mas com ela não. É Excitante.

Ela é diferente de qualquer um com quem eu tenha convivido nos últimos anos. Estou falando especificamente dos monstros que me sequestraram, porque a parte da minha infância e adolescência em que lidei com os moradores da Ilha, não conta. Os Ilhéus de onde nasci eram, ao menos na superfície, inofensivos. Apesar de que há muito tempo eu aprendi que as aparências enganam. Meu pai é a maior prova disso. Um sorriso pode esconder uma alma podre.

Ela estava observando tudo que eu estava fazendo atentamente, os seguranças em nenhum momento deixaram a cozinha, tenho que dizer que aquelas armas enormes estavam me assustando um pouco. O pai do Aleksander nunca deixava as armas exsposta dessa maneira para mim e ver uma metralhadora ao invés de uma pistola é amedrontador para qualquer pessoa.

Observo de soslaio a russa.

Olhos verdes são claros como duas piscinas. Tentei não focar neles, mas não consegui. A mulher destila intensidade e demanda obediência. Embora boa parte da minha vida, a obediência que eu ofereci tenha sido fingida, no caso dela, especificamente, preciso tomar muito cuidado. Há qualquer coisa ali que me faz desejar ceder ao seu comando silencioso e isso, na minha situação, é extremamente perigoso.

Ainda não consegui chegar a uma
conclusão sobre o que estou fazendo aqui, apesar de saber que ela não é uma cidadã regular ou mesmo uma boa samaritana, cujos empregados cruzaram comigo casualmente na rua. Eles sabiam o meu nome e não tenho
dúvida de que estavam ali para me pegar.

A mando de quem?

Eu sei que as pessoas que me
mantiveram em cativeiro todos esses anos fazem parte da máfia albanesa. Eu lembro de todas as conversas que ouvi.

Ingênua como era, antigamente se
alguém me falasse sobre máfia, eu
visualizaria em minha mente o filme O poderoso Chefão.

A versão caricata do mafioso tradicional e chefe de família. O charme do homem mau, mas protetor com os seus. Quase uma poesia, como um conto de fadas obscuro envolvendo homens honrados, apesar de se encontrarem do outro lado da lei. Após três anos em poder de mafiosos da vida real, no entanto, posso afirmar que não há qualquer charme envolvendo a máfia.

Pelo menos em relação aos albaneses, o negócio principal gira em torno do tráfico humano, especialmente envolvendo a exploração de mulheres e crianças para fins sexuais, além do tráfico de drogas. E ainda há muito mais.

Proteção da Máfia? - JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora