Itazura na Kiss: 𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐢𝐧 𝐊𝐨𝐫𝐞𝐚

Capítulo 1: A casa caiu!

"Koi no Yokan", expressão japonesa que consiste na sensação de premonição que ocorre quando conhecemos alguém por quem iremos nos apaixonar. Taehyun leu isto em algum lugar e nunca mais esqueceu da memória e do impacto daquele significado. A seu ver inicial, amor à primeira vista não existe, no máximo a pessoa pode sentir atração física por essa pessoa desconhecida, mas amor é uma sensação extremamente poderosa para simplesmente surgir do nada só porque avistou alguém de seu interesse. Mas, a vida tende a ser engraçada às vezes, pois no dia fatídico da sua primeira cerimônia de ingresso ao ensino médio, Taehyun estava deslumbrado por uma figura de cabelos pretos que iam até a largura do seu pescoço, maxilar afiado, alto, olhos castanhos vibrantes e bastante arrumado que discursava no palanque. Se perguntasse diretamente a ele o quê raios aquele sujeito estava falando, Taehyun não saberia responder, pois seu cérebro apenas gritava palavras de "como aquele garoto era lindo" e, consequentemente, seu coração martelava como uma banda de rock em reação aquela voz doce e profunda. Por isso, não querendo aceitar que aquilo era amor à primeira vista, Taehyun simplesmente se consolou no significado de Koi no Yokan.

Sua dignidade estava abalada mais que o suficiente, obrigado.

Pouco tempo depois, Taehyun descobriu que não apenas sua dignidade estava em risco, contudo todo o seu ser ao descobrir que estava cultivando um amor pelo garoto mais popular da escola. Não era exagero nenhum dizer que ele estava em perigo, porque, simplesmente, todos eram apaixonados pelo santo Beomgyu, o garoto prodígio, o menino de ouro; o protegido pelos professores. Só pela dor de cabeça que Beomgyu estava causando-o, Taehyun quis odiá-lo com todas suas forças, mas, como dizia sua mãe: "querer não é poder", então, para o seu desgosto, o garoto estava fantasiando romances em sua cabeça depois de pensar em esfaqueá-lo e chutá-lo do seu pobre coração.

Soobin, seu melhor amigo e confidente, o tranquilizava dizendo que apenas era uma paixonite e quando ao menos esperasse, o seu coração estaria recuperado e totalmente pronto para seguir em frente. Afinal, quem nunca teve uma queda pelo popular da escola? Porém, Taehyun estava ingressando no segundo ano do ensino médio e seu coração se provou avesso em superar o bonitão que agora estava no terceiro ano. Na verdade, o "efeito Beomgyu", como Soobin havia apelidado sua paixonite, triplicou-se ao ponto de o jovem quase implodir toda vez que o santo Beomgyu aparecia em seu campo de visão. Além do mais, como Beomgyu estava um passo de se formar, muitas garotas, até mesmo alguns garotos corajosos, começaram a se declarar para o dito cujo, quase causando a si mesmo inúmeros ataques cardíacos com a expectativa deste aceitar, entretanto, para sua sorte, o menino de ouro rejeitava a todos com seu maldito sorriso. O que era ridículo, pois, em vez dos rejeitados saírem tristes, chorando, – ou o quê seja que você normalmente esperaria de uma rejeição – todos saem com sorrisos tímidos e acenos conformados, como se não tivessem sido rejeitados há apenas alguns segundos atrás. Beomgyu sabia do seu poder de influência, por causa disso utilizava, toda vez, do mesmo método e toda vez os patinhos caiam em sua graça. Mas quem era ele para reclamar? Beomgyu estava solteiro, então havia alguma esperança, certo?

Seguindo essa linha de raciocínio, mesmo que fatalmente esteja ignorando a sua racionalidade e todas as vozes de sua cabeça alertando-o que era uma má ideia, – vulgo Soobin e Yeonjun – Taehyun resolveu escrever uma carta se confessando, porque o seu amor iria se formar em breve e ele está longe de ser um covarde para simplesmente não tentar.

A ideia da carta não era por conta do garoto ser tímido, apenas não fazia sentido em sua cabeça de repente puxar Beomgyu para um canto e começar um monólogo desajeitado com risco de começar a divagar e assustar o pobre coitado. Se quisesse uma chance, com certeza, teria que prender a sua atenção, ser diferente dos demais. Seu plano era simples, mas funcional, já que, caso Beomgyu o aceite, provavelmente o mais velho iria ao seu encontro, contudo, se este não for o caso, com sorte apenas seria ignorado.