Falsa Paz

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Estou entediada. Meus dias de trabalho não tem mais tanta emoção quanto os dias em que Gilberto se dispunha a vir nos ajudar. Desde nossa discussão, Gilberto não aparece mais em meu escritório e nem me manda notícias. De qualquer forma, eu não irei até ele, preciso fazer as coisas por mim mesma.


Já se passaram 1 semana desde que Luciano Ferdinand foi assassinado. As notícias tem se espalhado muito rápido e isso me assusta. Estão todos preocupados com a segurança de Veneza, me fazendo prometer mil e uma vezes que manterei suas vidas a salvo. Além disso, o governo tem começado a se pronunciar a respeito desses fatos e isso começou a me incomodar...


Carlo Russo, o atual presidente da Itália, era o grande apoiador de Luciano Ferdinand, ou seja, o sr. Russo perdeu o seu futuro sucessor a presidência. Sendo assim, o partido atual está em decadência. O que a elite política está fazendo? Convocando mais cientistas para ajudarem nesta área de pesquisas.


_ Cristine? Está perdida em pensamento hoje? _ Giovanni me chama, me tirando dos meus pensamentos.


_ Estou aqui pensando em qual será o nosso próximo passo para deter essa facção. _ Respondo a ele.


Tenho me encontrado com Giovanni com frequência, ou melhor, Giovanni tem vindo a mim com frequência. Acabo que sempre discuto com ele meus novos planos e o que devo fazer a seguir. Ele é muito atencioso, sempre me responde de uma maneira inteligente e cautelosa para que eu não venha a cometer equívocos durante meus planos para a apreensão.


_ Eu sempre quis te perguntar algo: O que te motivou a ter super poder e combater na linha de frente contra a facção? _ Giovanni parecia ter dúvidas sobre minhas motivações. Como não deixei claro meus desejos?


_ Giovanni, eu preciso de motivos maiores do que meu senso de justiça?


_ O seu senso de justiça seria o bastante para te jogar em um laboratório qualquer e permitir que um cientista qualquer mexa em seu corpo? _ Sua forma de me perguntar algo parecia, de fato, que ele queria saber mais sobre mim, mas tinha um tom de reprovação.


_ Eu sei, desde o momento em que o vi pela primeira vez eu sabia que precisava confiar nele. Além disso, eu estava frustrada com todos os casos que eu não conseguia resolver. Todo o sentimento de culpa e desespero estavam acumulados, por isso, decidi que ele seria minha solução e eu estava disposta a enfrentar quantos homens pudesse para que minha belíssima Veneza volte a ter paz. _ Digo, confiante em minhas palavras.


_ É uma motivação nobre, não nego. Entretanto, Cristine, o que você considera como paz? _ Devo admitir que essa pergunta me pegou de surpresa.


_ Paz? Para mim é... Você sabe, erradicar os crimes e violências. Andar em uma cidade sem medo do que possa acontecer. _ Respondo, ainda pensando sobre sua pergunta.


_ Cristine _ Ele se levanta da poltrona em que estava sentado, se dirige a mim, que estava sentada em outra poltrona em frente a uma grande mesa de escritório, e se senta nessa mesa, ficando próximo a mim e me fitando intensamente nos olhos. _ e se... para ter paz precisasse, primeiramente, da violência?

Eu Sou Cristine WattsonOnde histórias criam vida. Descubra agora