Dentro da van que levava os meninos para casa havia um pouco de tensão. Hoseok tentava fazer algumas piadas enquanto os outros riam, mas evitavam conversar com Namjoon. Desde uma entrevista em que aparentemente ele havia comprometido o próprio namoro, eles decidiram ficar do lado de Aimy.
Apesar do problema afetar a todos, Hoseok mantinha a mente nos próprios deveres. Ele mandou mensagem para o pais avisando que logo chegaria e que estava com muita fome.
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As semanas passavam e a doutora Kim, às vezes, achava que o tratamento havia regredido. Yuna parecia uma rocha impenetrável e passava horas olhando através da janela, sem esboçar nenhuma reação.
Ha-ra fazia plantões sempre que podia e ficava, junto com a equipe, o tempo todo de olhos atentos na paciente. Mas, nem sempre ela estava no hospital. Quando não estava no trabalho, ela se revezava em visitar a mãe, que morava em um bairro mais afastado do seu, ou apenas sentava sozinha na sacada de seu apartamento e pensava. Ela pensava em tantas coisas.
Na véspera de natal, Ha-ra tentou convencer Yuna a sair um pouco do hospital. A convidou para passarem juntas.
- Minha mãe tem um cachorro e ele não late. - ela deu de ombros. - Na verdade ele late, mas muito raramente. Ele prefere o silêncio.
Yuna estava sentada na cama, com as cobertas até a cintura. Seus olhos observavam a médica, mas ela não se importava nem um pouco com a tentativa de fazê-la viver. Yuna não queria comemorar o natal com ninguém, não tinha nada para ser comemorado. Ela puxou as cobertas mais para cima e afundou a cabeça no travesseiro, dando as costas para Ha-ra.
Por mais que tivesse esperança, ela não se surpreendeu com a reação de Yuna. Naquela noite ela voltou para casa imaginando como sua paciente se comportaria em um momento tão simbólico.
Mas a verdade é que nada aconteceu. Yuna apenas ligou o rádio e ficou ouvindo as músicas tocarem. Ela dormiu ouvindo elas e às vezes acordava com alguma melodia mais barulhenta. Foi assim também no ano novo. Yuna se cobriu com o cobertor e aumentou o som do rádio para não ouvir os fogos de artifício.
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Hoseok andava de um lado para o outro, em seu closet, procurando o que vestir. Sua irmã estava sentada em uma cadeira perto da porta, olhando compassivamente. Ele não tinha muito o hábito de ir visitar hospitais e estava ansioso. Estava animado, mas ansioso.
- Você já colocou essa blusa umas vinte vezes, Hoseok. - Jiwoo disse sem tirar os olhos do celular.
Hobi riu, sem graça.
- Eu quero causar uma boa impressão.
- Você vai causar uma boa impressão. - concluiu Jiwoo. - Só acho que usar um terno para visitar crianças não é bom para a ocasião.
- Então vou assim? - ele se virou para mostrar o conjunto preto que vestia.
Jiwoo concordou com a cabeça e sorriu. Depois indicou que ele colocasse um chapéu e uma máscara, para não chamar a atenção. Eles não falavam sobre suas ações de caridade publicamente, mesmo que depois as instituições anunciassem a doação.
Hoseok se juntou a família para o almoço e disse que após a visita ao hospital, iria para o dormitório com os membros. Havia muito ensaio a ser feito.
- Estamos no início do ano, achei que teriam mais tempo de folga. - disse o pai.
- Que dia é hoje? - Jiwoo perguntou.
Hoseok destravou a tela do celular.
- 15 de janeiro. Não é mais tão início do ano assim. Mas eu prometo que passarei mais tempo com vocês assim que tiver uma boa folga.
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You Are My Sunshine (HIATUS)
RomanceApós perder os pais em um grave acidente, Yuna fica sob custódia do hospital. Em decorrência do trauma, ela não pronuncia nenhuma palavra e nem mesmo sorri. A única coisa que ela lembra é da data e o momento do acidente, e quando ele completa um an...