𝐀𝐭𝐨 1

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Vi

Me lembro disso e as vezes me dá vontade de chorar, mas tenho que entender que isso está no passado, e não tem como voltar para evitar isso.

Aos 16 anos, eu vivia junto com meus irmãos, o Mylo, Clayggor e Powder. Mylo e Clayggor eram meus irmãos de consideraçãom, já a Powder ela é minha irmã de sangue. Vander nos encontrou depois de uma guerra entre o lado baixo, Zaun, e lado alto, Piltover, e nós cuidou como filhas dele.

Para termos direitos iguais entre o lado alto e lado baixo, Vander nos mandava roubar materiais de Piltover, afinal, se nós temos tão pouco, eles pelo menos tem sobrando?

Me lembro perfeitamente de uma garota, de cabelos curtos, olhos cor de mel, rosto, mãos e pele macios, que dava para puxar e apertar, sempre vestindo roupas escuras e algumas cor de vinho. Nunca à vi com raiva, mas ela era boa em escaladas ou passar por lugares difíceis, onde quase ninguém conseguiria passar, sempre a vi como alguém fraca demais

Ela se chama Tereza

Nós conhecemos em uma missão, ela tbm iria roubar o mesmo prédio que eu e meus irmãos, e ela acabou roubando primeiro. Com isso ela tentou fazer amizade comigo, e eu sempre a recusava por não ter interesse nela, e não, não era pelo fato dela ter roubado primeiro e sim por simplesmente não gostar dela. Eu já tinha visto ela na subferia antes, mas nunca quis conversar com ela.

Todo dia, a mesma coisa. Tereza estava na porta do bar me esperando pra tentar me convencer de que ela era "legal".

Isso me deixava estressada

Um dia, eu tinha decidido ir para o bar que Vander trabalha, fiquei sentada em um dos bancos e olhei pra ele fazendo o seu trabalho

- O que deseja minha cara cliente?-ele se aproximou de mim e apoiou seus braços na mesa.

- Talvez um conselho... Ou uma bebida.

- Claro-ele sorriu pra mim e em seguida se afastou

Ele me deu uma cerveja, sem álcool. Ele não queria que eu bebesse antes dos 18, ele é bem protetor comigo, então o que eu posso fazer?

- Aqui está, madame-ele deixou o copo na minha frente, em seguida, peguei o mesmo e dei um gole.-Agora, o que quer ouvir?

-Assim...-eu respirei fundo-Vc conhece uma pessoa em uma missão, e ela acaba roubando o mesmo prédio que vc ia roubar, mas ela rouba primeiro. Depois disso, ela tenta fazer amizade com vc, o que o senhor faria?

- Está falando da Tereza? Com certeza iria aceitar essa amizade e a chamaria para ser minha parceira de furtos. Ou então tentaria chamar a mãe dela pra sair ou algo do tipo.

- O senhor não me ajudou muito-olhei pra ele com uma cara estranha de tipo "que nojo".

- Então deve procurar outro vendedor de conselhos-ele acendeu o seu cachimbo.

- É sério! O que eu faço com aquele... Ser! Pra não dizer outra coisa-resmunguei

- Se fosse em outro caso, eu diria que eu não queria amizade ou algo a mais

- Aí que tá, eu não consigo fazer isso

- Pq não é sincera-depois de dizer isso ele soltou a fumaça do cachimbo pelo nariz-Não é tão ruim fazer amizades, ela não é do lado alto, aí sim teria motivos para recusar a sua amizade, talvez vc poderia tentar ser amiga dela, eu não sou contra nada

- Eu peguei o duplo-sentido-disse dando um gole na cerveja.

Ele riu alto do meu comentário depois bagunçou meu cabelo

- Vc é mesmo especial, Vi-ele sorriu pra mim

Depois de terminar de beber a cerveja, deixei o copo vazio na mesa, e em seguida, decidi dar uma volta por Zaun.

Enquanto andava, senti alguém me seguindo, toda hora olhava pra trás e não via ninguém, até que na 7° vez que olhei pra trás e em seguida voltei à andar, vi uma garota na minha frente

- Que susto caralho!-disse colocando a mão no rosto

- Oii-ela disse sorrindo-O que está fazendo?

- Só estou...-pensei um pouco antes de dizer-Isso te interessa?

- Se eu perguntei, acho que sim.-ela disse de forma óbvia

Eu olhei pra ela com um olhar de fúria.

- Com licença-disse seguindo em frente

- Ei!-ela disse me seguindo-Para onde vai?

- Não te interessa

- Eu perguntei, então me interessa!-ela retrucou quase gritando.

- Da pra me deixar em paz?!-gritei e parei na frente dela-Eu só... Estou estressada!-voltei à andar e ela ficou parada

Depois de passar por uma esquina, ouvi choramingos da Tereza, eu me aproximei um pouco de uma parede e fui ver como ela estava, e ela estava ajoelhada no chão chorando falando algumas coisas que não dava pra entender direito.

- Lágrimas de crocodilo-resmunguei e dei um sorriso de canto, em seguida voltei à seguir o meu caminho

- Lágrimas de crocodilo-resmunguei e dei um sorriso de canto, em seguida voltei à seguir o meu caminho

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𝐑𝐀𝐃𝐈𝐎𝐀𝐂𝐓𝐈𝐕𝐄┊𝘝𝘪Onde histórias criam vida. Descubra agora