Acordei sentindo uma sensação leve.
Abri meus olhos e sentei na cama, meus olhos vagando até a janela que estava aberta.
Não sabia como eu havia voltado para casa nem a que horas, mas ao olhar para o relógio percebi que já eram três e quinze da manhã.
Lembrando a estranha sensação que senti, levei as pontas dos dedos aos meus lábios, fechando os olhos instintivamente.
Eu ainda não tinha certeza se ele havia me beijado ou não.
Sabia que deveria até mesmo estar me perguntando quem havia me trazido de volta para casa, mas tudo que se passava na minha cabeça era o desejo de saber se a sensação do beijo ser real ou não.
Estranhamente, eu desejava que fosse.
Abri meus olhos e baixando a cabeça, passei a negar com um sorriso bobo.
Eu havia ido em uma celebração bizarra, havia apagado durante a mesma, o padre era meu professor e tudo que eu mais pensava, era no estranho beijo que recebi.
Não que eu não houvesse beijado antes, mas havia algo diferente naquele toque.
Era o mesmo que se provar de uma droga que te vicia ao primeiro contato te querendo fazer querer provar mais, saber onde encontrar ainda assim, temer ir até o fornecedor.
Apoiei uma mão na cama e joguei a cabeça para trás respirando fundo e só então, percebi que minha garganta estava seca e eu precisava beber alguma coisa.
Saindo da cama segui direto para a porta sem me preocupar com o escuro e desci as escadas. Já na cozinha, peguei um copo e fui até a geladeira.
No entanto, quando bebi o líquido gelado, parecia que a sede não havia sido dissipada. Bebi mais três e ainda estava sedento, peguei a garrafa térmica na intenção de pegar um pouco de café, mas quando o bebi quase vomitei.
Tentei refrigerante, suco, achocolatado e nada, a sede ainda estava insuportável.
Sem mais o que pensar segui até uma porta que dava para os fundos, a abri e sai para fora. Eu ainda lembrava que quando fui até a mansão ver o andamento do trabalho de meus pais, havia visto uma antiga adega.
Não era como se alguém viesse a saber quantas garrafas haviam nelas, mas eu precisava tentar matar aquela sede que estava me matando.
Ao menos eu sentia como se estivesse.
Em outra ocasião, eu jamais iria até aquela mansão escura em plena madrugada por medo do que viesse a encontrar, no presente momento no entanto, eu não me importava se haviam fantasmas lá ou não.
Abri a porta e como esperado só havia escuro e silêncio ali. Deixei a porta aberta e me guiando apenas pela pouca claridade da luz advinda da Lua, segui para o porão.
Só esperava que meus pais já tivessem limpado as teias que lá haviam.
Procurei o interruptor na parede e quando o achei, apertei o botão e logo uma luz fraca e amarelada se acendeu, ainda que ficasse falhando, me ajudando achar a estante onde estavam os vinhos.
Eu não sou um expert em vinhos nem nada do tipo, mas pelo que já assisti em alguns programas, quanto mais velho o vinho melhor o sabor, apenas espero que isso seja verdade e não me dê uma dor de barriga.
Escolhi uma garrafa qualquer e sem a ajuda de uma abridor e com muita dificuldade, abri a rolha limpando o gargalo antes de levá-lo a boca.
Bebi com vontade em grandes goles e de fato o vinho era bom. Acho que era suave, não sei dizer, mas mesmo depois de secar a garrafa e sentir minha cabeça girando, a sede continuava.
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𝓣𝓱𝓮 𝓜𝓲𝓭𝓷𝓲𝓰𝓱𝓽 𝓒𝓱𝓾𝓻𝓬𝓱 ⛧Jikook⛧
خارق للطبيعةPark Jimin estava cansado de viver mudando-se de cidade em cidade por conta do emprego de seus pais. Não o bastante, seu pai recebeu a proposta para restaurar uma antiga mansão de uma cidade histórica. Assim a família se muda para Parish Island, u...