| Third |

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[...]

Depois daquele acontecimento, Kei te levou até o carro do mesmo e a levou até um apartamento no qual você não conhecia. Ele te ajudou a sair do carro, segurando sua mão até subirem no elevador e te direcionou até a porta. Abriu a porta e vocês entraram. Seus olhos percorreram todo o espaço, era todo branco com os móveis em um tom de cinza, bem claro.

Perdeu o loiro de vista, assim que parou de avaliar o local, andou alguns metros e se viu parada em frente a sacada que havia ali. Estava chovendo, e você amava a chuva mas odiava o barulho dos trovões. Odiava o clarão que os relâmpagos faziam. Uma lembrança passou por sua mente.

— Não precisa ter medo dos trovões [Nome], não seja bobinha. — escutou sua mãe dizer, estava encolhida no canto do quarto, com a cabeça no meio das pernas, chorando baixinho.

— Mas meus ouvidos doem, o barulho é muito alto.— você disse baixinho, sentiu sua mãe se agachar a sua altura e passar a mão em sua cabeça

— Vai ficar tudo bem, a mamãe tá aqui com você.— ela disse, você levantou a cabeça para encará-la, sua bochecha estava arroxeada e vermelha, mas ela estava com um sorriso gentil no rosto. — O que acha de irmos na cozinha tomar um sorvete juntas?— ela disse segurando sua mão

— Tudo bem... —

Sentiu alguém tocando seu ombro, desviou o olhar da paisagem a sua frente encarando o loiro. Ele direcionou as mãos para seu rosto, secando uma solitária gotícula de lágrima que corria pela sua bochecha, fechou os olhos sentindo o mínimo contato.

— Tudo bem? — ele disse fazendo um pequeno carinho em sua bochecha

— Tudo bem... Só lembrei de uma coisa. — disse tentando virar seu rosto novamente para a paisagem

— Do que se lembrou? — ele disse segurando seu rosto, com as duas mãos. — Me conta, estou te ouvindo... — ele esperou

— Da minha mãe...— você disse olhando-o nos olhos.— De como ela me distraía por conta da chuva.—

— Tinha medo? Da chuva? — ele disse olhando o vidro da sacada molhado. Você concordou com a cabeça.— O que fez você mudar de ideia? Sobre o medo?—

— Ela me ensinou que havia outras coisas a temer.—você disse encarando o vidro, assim como o loiro fazia. — Coisas como meu pai.—

— Entendi.—

Ele apenas lhe observou com uma cara de quem realmente entendia a situação, como se já tivesse passado por aquilo. Uma expressão de dúvida pairou em seu rosto, quando o loiro fixou seu olhar na paisagem, assim como você estava a segundos atrás. Como se a mente do mesmo não estivesse ali.

— Kei? — elevou suas mãos até elas entrarem em contato com a pele do loiro, virou seu rosto para si.— Tudo bem? — ele a olhou nos olhos e piscou, como se tivesse voltado a realidade

— Oi... Tudo sim, só me lembrei de uma coisa também...— antes mesmo de abrir a boca para perguntar o que ele havia lembrado, ele mesmo lhe explicou.— Minha avó me disse uma coisa parecida, uma vez.—

— Sobre o medo? — ele concordou com a cabeça

— Sim, exatamente sobre o medo.— ele disse colocando uma mecha do seu cabelo, atrás de sua orelha. — Ela disse, que o verdadeiro medo, se baseava no amor. Que o real medo era o próprio amor, medo de perder alguém amado. Ou até mesmo de amar. Amar alguém que não seja si mesmo. —

— Sua avó parecia ser uma mulher muito sábia...— você disse encarando-o fundo, como se vê-se e escutasse tudo que se passava na mente do loiro.—

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𝐏𝐫𝐨𝐦𝐢𝐬𝐞𝐝 𝐭𝐨 𝐲𝐨𝐮   𝐓𝐬𝐮𝐤𝐢𝐬𝐡𝐢𝐦𝐚 𝐊𝐞𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora