Meu Anjo Guardião

cap 8. angústia

Aya descia as escadas já vestida e Ramon foi ao seu encontro lhe dando um beijo nada casto. Leon teve vontade de vomitar ao presenciar a cena, por mais que fosse namorada do seu chefe não deixava de sentir asco. Detestava aquela mulher com todas as forças, não conseguia enxergar nada de bom vindo dela.

Apesar das escolhas erradas Leon Bastos, sempre foi um cara legal com todos, se envolveu no mundo do crime muito novo o que acabou sendo sua única salvação, após perder sua família em um acidente. Não teve ajuda de ninguém então trabalhou para muitos chefões até conhecer Matias que o apresentou para Ramon, trabalhando agora para ele.

_ Leon estou saindo e só volto a noite, não esquece de levar algo para a ruiva.
_ farei isso.
Ramon saiu com Aya agarrada ao seu braço e Leon foi até a porta vendo os dois partirem. Logo depois foi preparar algo para Lauren comer. E desceu novamente para o andar inferior. Abriu a porta do quarto e Lauren estava sentada na cama abraçando seus joelhos.
Segurava uma bandeja em suas mãos com algumas frutas, pão e um copo de suco deixando a mesma sobre a mesa de canto.

_ trouxe algo para você comer.
_ Não tenho fome.

Lauren respondeu com a voz fria, seu rosto demonstrava amargura, más sua mente trabalhava em demasiado buscando mil e uma maneiras de tentar escapar. Mesmo sendo uma pessoa doce com todos tinha um alto temperamento algo que herdou de sua mãe. Seu olhar sério poderia afastar qualquer um que tentasse se aproximar, não gostava de receber bajulações muito menos de ser contrariada, só isso bastava para todos verem ter uma forte personalidade.

Leon respirou fundo pensando no que falaria, passou as mãos no cabelo bagunçado os fios, estava frustrado só queria que toda aquela merda acabasse. Tinha dinheiro guardado o suficiente para fugir daquilo e mudar de vida.
Mais ainda não era o momento, teria que resolver muitas coisas e estava ciente que corria risco de Ramon descobrir sua fuga e tudo estaria perdido.

_ olha eu avisei para você não enfrenta-lo ele podia ter te matado. _ Lauren o encarava, sua boca se abria para dizer algo, porém Leon continuou.
_ você não percebe que esse cara pode te prejudicar? Eu não quero te ferir Lauren e gostaria muito que você estivesse bem longe daqui ao lado da sua família. Contudo, infelizmente eu não posso fazer nada. Não é só a sua vida que está nas mãos dele, a minha e até mesmo dos seus pais estão em jogo. Então por favor não enfrente ele de novo. Leon estava prestes a deixar os aposentos quando Lauren esbravejou.

_ você pensa que eu sou idiota, que eu vou acreditar nesse seu discurso de bom moço? Acha mesmo que vai me impedir de tentar sair daqui?
Eu não tenho medo daquele desgraçado e assim que eu sair daqui vou fazer questão de colocar vocês dois na cadeia.

Gritou cada palavra com ódio, era o que sentia no momento, não se importou se aquelas palavras o machucaria ela não sabia que Leon a queria mais do que tudo longe das garras de Ramon, porém dado as circunstâncias, não conseguiria realizar sua vontade.

Leon a encarou sério e não disse uma palavra sequer, fechou as mãos em punho e saiu batendo a porta trancando à novamente.

Lauren mantinha a respiração pesada, correu em direção a porta puxando a maçaneta, más a mesma se encontrava fechada. Bateu as mãos na porta em frustração, virando de costas escorregando por ela, sentou se ao chão abraçando o próprio corpo enquanto um novo choro se iniciava.

Leon subia as escadas furioso, precisava descontar sua raiva, as palavras duras despejadas em cima de si o deixou irritado, sempre fora um cara calmo demais, mais dessa vez alguém conseguiu o destabilizar.
Ia para a varanda esfriar a cabeça quando avistou Matias, o mesmo que ficou quase dois dias fora.

_ Finalmente você voltou.
_ como estão as coisas.
_ tudo nos conformes.
_ ótimo. E o chefe?
_ Saiu com a loira oxigenada.
_ se o chefe ouve isso está encrencando.
_ que se dane, vou sair fica de olho na menina. _ Leon saia apressado deixando Matias a porta.

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Pov. Emma

Mandei inúmeras mensagens para Lauren e a mesma não respondia, fiz várias ligações e o celular parecia estar desligado, tive que telefonar em sua casa. Eloísa atendeu e parecia nervosa, na mesma hora senti que aquela angústia em meu peito não era atoa algo havia acontecido.

Eloísa disse que chamaria Desirée porque não conseguiria dar aquela notícia, temia o pior minhas mãos estavam trêmulas, a senhora Castilho demorou alguns minutos que pareceram uma eternidade. Quando ouvi sua voz embargada o medo tomou conta de mim, mal conseguia falar.

_ sen... Senhora, o que aconteceu com a Lauren?
_ desculpe querida não queríamos te alarmar e eu também não queria lhe dar essa notícia assim por telefone.
_ meu deus fale logo, o que aconteceu com ela?
É que... a Lauren... Ela sumiu, na verdade, foi um sequestro a polícia já está investigando, ela foi pega logo depois que vocês saíram do prédio da faculdade. Eu sinto muito Emma, más não se preocupe logo iremos acha-la.

Perdi completamente o ar não era verdade aquilo não podia estar acontecendo, minha única amiga.
Desirée começou a chorar e se desculpou, precisava ir. Desliguei o telefone e Adrian entrava na sala quando minha mãe abriu a porta, os dois olharam para mim tentando entender o que acontecera.

_ filha o que houve você está pálida?
_ a Lauren mãe ela foi sequestrada. Desirée disse que a polícia está a procura dela.
Os dois ficaram em choque não aguentei e comecei a chorar, Adrian veio até mim me abraçando forte me consolando.

_ Não se preocupe princesa, a polícia vai encontrá-la. Afundei meu rosto em seu peito enquanto minha mãe tentava me consolar, más isso só fazia aumentar o meu choro. Adrian me levou para o sofá ainda mantendo seu abraço. Minha mãe foi para a cozinha preparar um chá para que eu me acalmasse.

Porém, eu não queria absolutamente nada eu só queria minha amiga de volta, a dor em meu peito era terrível e só de pensar em tudo o que ela poderia estar passando só me deixava ainda mais nervosa. A sensação era horrível como se tivessem tirado meu chão, me sentia impotente não consegui fazer nada para ajudar se eu tivesse ficado lá com ela nada disso teria acontecido. Adrian disse que nada adiantaria se eu ficasse pensando no que poderia ter sido diferente, que eu poderia ter sido pega também, se tivesse ficado lá. Preferi não dizer mais nada e só me aconcheguei em seu peito, era o único lugar em que me sentia segura totalmente.

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"As dores grandes duram pouco, aquelas que duram de fato não são grandes."