Por Aquele Fio Vermelho •jikook•

•temps•

"Passe o tempo
que passar, mas
esse sentimento não
irá acabar"

*

2 anos depois (busan 07/10/****)

   Praticamente todo mundo já viveu aquele momento em que sente que nada mais faz sentindo, que a vida acabou e que a solução está no fim dela. Aquele momento em que você se sente tão triste que parece que nem mesmo seu coração reage mais.

   A vida, universo, destino ou até mesmo Deus, seja lá como prefere chamar, nem sempre é justo com a gente ou talvez estejamos propensos a viver coisas para chegarmos outras, mas já viu aquela frase de que assim como a lua a nossa vida é feita de fases?

   Uma hora tudo passa, tudo muda, coisas novas surgem, passados são interrados, memórias são construídas, memórias dolorosas são trancadas no baú junto a álbuns de foto.

    Mas Park estava atualmente na fase dolorosa, na fase que machucava, o suficiente para nós tirar o fôlego e a razão para a vida.

   Jimin estava sentado do sofá do hospital, a cabeça baixa e o choro baixinho, porém audível. Sua tristeza nítida era resultado do recém falecimento de sua mãe que não resistiu ao seu câncer.

   Ela foi uma guerreira e resistiu por muito tempo, Jimin sabia e também estava ciente do quanto ele estava sofrendo. Mas isso não diminuía a dor da perda, afinal essa era a única pessoa que sobrava, agora ele estava sozinho no mundo.

   Seu peito subia e descia de um jeito nada saudável, seu peito doía como nunca, ele sentia o ar fugindo dos seus pulmões o suficiente para sua caixa torácica doer conforme ele tentava achar fôlego.

   Até uma figura parar a sua frente no corredor do hospital e o puxar até que seus corpos estivessem grudados. Um abraço apertado e quente e Jimin conhecia bem aquele abraço e aquele cheiro que nunca saiu de sua memória.

Jungkook. Era Jungkook.

   Assim que o loiro notou, devolveu o abraço com muita força, enquanto Jeon fazia carinho em seus cabelos. O moreno tentava passar algum conforto para Jimin, pois não era tão bom com palavras, mas ver a situação abalada em que o mesmo se encontrava deixou Jungkook agoniado.

── Acalme-se anjo. ─ pediu quase em um sussurro. ── Respire mais devagar.

   Ele sabia que Jimin estava tendo um ataque de pânico, sabia bem do psicológico afetado e destruído que o loiro tinha e aquilo só o fazia querer ainda mais, queria cuidar de Jimin e fazer o garoto feliz.

── Eu tô sozinho Jungkookie. ─ cicio, com a voz embargada pelo choro.

──  Não, você não está. ─ disse firme.

── Eu estou, a minha mãe era a única pessoa que me restava e se importava comigo. ─ o loiro soluçava em meio às palavras. ──  E agora ela se foi, meu Deus ela se foi.

── Anjo, eu estou aqui ok? E eu não irei sair do seu lado. ─ disse beijando o topo da cabeça do loiro.

── Não, Jungkook. ─ empurrou o moreno de perto de si. ── Você não está comigo, eu já disse que não quero sua pena ok? Volta pra sua mulher e me deixa em paz.

   O loiro tentou sair, mas Jungkook se quer deu tempo e puxou o mesmo contra seu corpo novamente, Jimin por sua vez começou a desferir tapas e até mesmo socos contra o peito de Jeon.

── Pode me bater anjo, pode chorar e até gritar se quiser, mas te deixar sozinho não é uma opção. ─ disse calmo.

── Por que Jungkook? ─ falou aos prantos novamente.