2 - Italian couple

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Sem muita demora, aqui estou com o segundo capítulo!!
Espero que estejam gostando, não esqueçam de votar!!!

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Los Angeles amanhecera ensolarada, mas ainda assim com uma temperatura agradável, nem quente demais, nem frio demais.

Mesmo sem moradia fixa, Camila tentava manter uma rotina. Tomava café no hotel em que estivesse, exercitava-se, praticando uma corrida ao ar livre e alongamentos no parque. Ainda pela manhã, se ocupava com as mais diversificadas leituras ou atividades que trabalhassem sua mente. Pela tarde, se punha a trabalhar, estudando seu próximo caso e tudo que precisaria para concretiza-lo com sucesso. Algumas noites se permita conhecer a cidade, beber um bom vinho, ser turista, ou ainda, relaxar no hotel. Não importava o país, ela não gostava de quebrar sua rotina. Tudo na mulher era meticulosamente programado, era a forma que mantinha o controle.

Estar no controle era algo primordial para Camila. Não saberia estar em posição submissa, dependendo de alguém, e por isso não costumava trabalhar em equipe. Tinha uma carreira solitária, como preferia. Era difícil ganhar sua confiança, e ela não escondia esse traço de sua personalidade.

Devido ao seu último trabalho, não muito bem-sucedido, ela partira em busca de um novo objetivo ali mesmo em Los Angeles, não iria perder a viagem.

Camila vestia um elegante macacão levemente alaranjado, fazendo com que sua pele morena sobressaísse em combinação ao reflexo do sol. Em todo seu glamour, parecia brilhar. Seus cabelos ondulados balançavam conforme suas passadas, entoando seus ombros como uma moldura.

Sentou-se na cafeteria degustando um cappuccino, olhando a paisagem, esperando que o relógio marcasse às 11h pontualmente. Capturou o telefone e ligou para o US Bank Tower, arranha-céu de Los Angeles onde situava um dos maiores bancos da Califórnia.

— Joe, US Bank Tower, boa tarde, em que posso ajudar? — A voz prestativa do atendente ressoou do outro lado da linha.

— Oh, graças a Deus, tenho tentado entrar em contato desde cedo! Poderia falar com seu gerente, por favor? — A urgência em sua voz não comovia o atendente, estava acostumado com problemas diários e não se emprenhava em resolver nenhum deles.

— O gerente não está, senhora. Mas ficarei contente em ajuda-la — sua voz era tudo, menos contente.

— O problema é que, minha chefe, Sra. González, me pediu para que depositasse certa quantia em sua conta na semana passada, e eu perdi o papel com as anotações! Não consigo recordar, pode me ajudar?

— Não podemos compartilhar tais informações sobre nossos clientes.

— Por favor, sou nova no trabalho, não posso ser demitida! — Sua voz embargada pelo choro beirava ao suplício — Que mal faria? Não posso fazer nada com os dados a não ser efetuar o deposito, não é mesmo? — Forçou um sorriso nervoso abafado contra o telefone.

— Sinto muito, senhora. É contra as regras do banco. — O rapaz parecia entediado do outro lado da linha.

— Escute, a sra. González ira efetuar o saque em instantes, preciso realizar o deposito ou perderei meu emprego, ela é muito rígida com seus funcionários, sabe como é, esses imigrantes chegam e sentem que são donos do país — sua voz continha uma pitada ácida, provocando um riso abafado do rapaz na linha telefônica.

— Bom, verei o que posso fazer.

Camila aguardara silenciosamente no telefone, bebericando seu cappuccino despreocupadamente, ouvindo os sons do teclado pelo telefone.

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