Voltando com mais um capítulo novinho pra vocês!! Não esqueçam de votar!!
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
No avião retornando da Suíça, Anton finalmente conseguia respirar. Precisava daquele trabalho autoral, se sentir ele mesmo. E, como imaginava, Lauren aceitou mais uma de suas ideias.
Com metade do valor da venda do quadro já depositado na conta de Lauren, Anton pousava no Aeroporto da França para uma breve conexão.
— Un croissant, s'il vous plaît — Pediu educadamente.
Aguardando o horário do seu próximo voo, observava as pessoas do aeroporto caminharem de forma apressada, pensando como era bom estar de volta, estar livre. Lauren tinha razão, ele nunca deveria ter se envolvido com a família Gore.
Como em um despertar, Anton sentiu seu celular vibrar no bolso esquerdo, número desconhecido.
— Sim?
— Como está esse croissant? Daqui parece muito apetitoso — A voz de Marlon Gore soava despreocupada do outro lado da linha.
Nervoso, Anton passou os olhos pelas extremidades, buscando o autor daquela ligação.
— Não se preocupe, não irá me encontrar, Anton. Mas eu te encontrei. Sempre te encontrarei, afinal, agora você é família.
— Marlon, eu acho que preciso da minha emancipação, ter minha própria família. Claro que entende, certo?
— Família com aquela mulher Lauren Jauregui?
Marlon tinha um tom grave na voz, calmo e energizante, arrepiando o pescoço de Anton em puro temor.
— Uma vez em nossa família, você sempre será parte da família, garoto. Famílias só se separam com a morte, veja que poético... Se quiser se emancipar, precisa morrer. Mas antes disso, precisaria enterrar Lauren. A escolha é sua.
Anton não tinha ciência de sua respiração ofegante, ainda segurando o celular contra o rosto. Sentiu uma gotícula de suor escorrer pelo centro de suas costas, o arrepiando.
Não tinha noção do que faria, mas precisava ficar vivo.
A Colômbia, país repleto de cultura e belezas naturais, encantava Camila. Ela se sentia outra vez em Cuba com as cores, música e empatia do povo colombiano.
— Gracias — Agradeceu quando o garçom trouxe o prato bem servido de empanadas colombianas, prato típico da região.
A brisa quente balançava seus cabelos castanhos, o sol esquentava sua pele, e tudo parecia ser uma fotografia, ou a pintura de um quadro.
Aproveitava o fim da tarde em um pequeno bistrô com vista para o mar. O local, sempre muito bem movimentado, diante do embarque e desembarque dos navios cargueiros bem como dos cruzeiros cinco estrelas.
Petiscava as empanadas, distraída em seus próprios pensamentos. Dois meses depois da Suíça, ela ainda almejava encontrar aqueles olhos verdes novamente, sentir o toque quente dos dedos que delicadamente retiraram seu colar de rubi. Mas tudo bem, ela havia recompensado com alguns anéis.
Não sabia como encontraria aquela mulher novamente, talvez fosse melhor assim, nenhuma distração, e em seu trabalho, distrações que a faziam cair em erro, e Camila não se permitia falhar. Por outro lado, aquele êxtase, o frenesi de ganhá-la novamente acelerava seu coração, bombeado pela adrenalina como um tipo de droga.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Escape
FanfictionCamaleão é aquele que consegue escapar de diversas situações apenas se camuflando, passando por entre os golpes com tamanha maestria que não importa o tamanho do seu adversário. Lauren e Camila já foram advogadas, condessas, atrizes de cinema, dent...