O Meu fim

Capítulo 14

Oliver Price

Ver ela assim, estava me matando. Então era isso que acontecia quando ela sumia?

Ela adormeceu em meus braços, então a coloquei na cama, eu estou tão cansado, mas não vou me dar o luxo de dormir, eu acho que nem vou conseguir. Deus o que houve com essa garota? Porque ela teve que sofrer, assim tão nova? Tenho tantas perguntas, mas no momento só quero cuidar dela, vou ficar de olho enquanto ela dorme, pelo menos se tiver outra crise ou pesadelo eu estarei aqui.

Eu estava no telefone com Jony quando ouvi ela me chamar.

  - Katy?

  - Você pode deitar comigo? - Porra, o que eu não faria por essa garota?

  - Claro. - Deitei ao seu lado, sua cabeça no meu peito,

  - Obrigada.

  - Pelo quê?

  - Por estar comigo.

  - Eu sempre estarei com você Katy. - Então ela adormeceu.

Fiquei o resto do amanhecer ao seu lado, passando minha mão pelos seu lindo cabelos pretos. Caralho como essa mulher é linda, esse corpo... -Pare com isso - Falou meu subconsciente.

Então me levantei, já era quase 9h, ela estava tão tranquila dormindo, então fui preparar o café da manhã para nós, fiz o máximo para não fazer nenhum barulho.

  - Com problemas? -Eu me viro em direção a sua voz.

  - Talvez um pouco - Eu ri. - Você tem muitos armários... café? -Ela acenou enquanto se encostava na bancada.

  - Achei que você tinha ido embora. - Me aproximei, e passei minha mão em seu rosto.

  - Eu falei que ficaria. Está se sentindo melhor? - Ela acenou com a cabeça.

  - Porque você ficou?

  - Fiquei porque eu queria ficar com você, cuidar de você. Se quiser eu vou embora.

  - Não, tudo bem. - Eu estava tão perto Deus, ela colocou suas mãos em minha cintura e me puxou para perto, nossas respirações se misturavam, meu coração acelerou.

  - Me beija Oliver. - Deus, como eu quero tanto fazer isso.

  - Eu não posso Katy, eu não quero me aproveitar da situação.

  - Você não estará se aproveitando se eu estou pedindo para fazer isso. - Puxei ela pela cintura, coloquei ela em cima da bancada, e a beijei, foi um beijo doce, Deus é mil vezes melhor que no meu sonho. Porra não sei descrever o que sinto, passei minhas mãos pela sua cintura, eu queria mais e mais, foi tudo oque sonhei, esse momento não poderia ser melhor. Ela soltou um gemido baixo, esse som, é o melhor de tudo que já ouvi, eu preciso disso todos os dias. Eu já estava duro, meu pau estava apertado em minha calça.  Me afastei, eu tinha que se acalmar, ou não íamos ficar só em beijos, seus lábios estavam vermelhos, passei meu polegar sobre ele, e dei mais um beijo, o lábios dela, é meu novo vício, é como drogas.

Olhei em seus olhos, escuros como a noite, se essa mulher me  quiser um dia de joelhos aos seus pés eu estarei com prazer. - Precisamos para, se não, não vou conseguir me segurar. - Falei num sussurro, eu estava sem fôlego.

  - E se eu não quiser parar? - falou ela sem ar.

  - Katy, você não está bem, eu não quero te tomar assim, quero que você esteja bem, quero você toda pra mim, seus gemidos... - Beijei seu pescoço - Seus pensamentos... - Beijei sua boca - Quero você inteira para mim. Mas hoje, não é o dia, você precisa se recuperar, se quiser vamos no parque dar uma volta, sua cachorrinha não para de arranhar a porta. - Ela me lança um olhar intenso, que faz meu coração acelerar.

  - Você está certo, eu não deveria ter te beijado desculpa.

  - Não peça desculpas, quando você quiser estarei aqui, só que agora não é o momento, precisamos conversar.

  - Tudo bem. - Desci ela da bancada. - Agora preciso de um bom café.

  - Aqui senhorita. -Dei-lhe uma xícara.

  - Você dormiu? - Neguei com a cabeça. — Desculpa mesmo Oli, eu não quis te acordar.

  - Ei calma, eu estou reclamando? Eu quis ficar acordado, para te vigiar.

  - Você está bem?

  - Estou muito bem. Você quer conversar? - Ela negou com a cabeça.

Saímos para dar uma volta no Parque, a cachorrinha chamada Pitchuca, não gostou muito de mim, ela vem rosnando para mim desde quando cheguei  na casa da Katy, e ela não sai do lado da dona, claro, nem eu sairia do lado de um mulher dessa.

Foi bom esse momento que tivemos, pude saber a gravidade do problema que ocorreu com a Katy anos atrás, saber que a família a desprezou no momento que ela mais precisou, eu já odeio essas pessoas, por machucá-la mais. Mas pude conhecer também a Katy sonhadora, amorosa, escritora, bêbada, preguiçosa, Deus amei cada uma de suas personalidades.Fico pensando, porque eu sonho com ela, será que já estávamos destinados a ficar juntos, ou foi só mais uma pessoa para eu conhecer e aprender, sabe aquelas pessoas que entram em sua vida só para te ensinar uma lição?, eu realmente quero que seja a primeira opção, eu não quero sair do lado dessa mulher nunca.

Passamos na cafeteria da Anny, para dar um oi.

  - Bom dia minha flor. - Anny disse para Katy, ao abraçá-la

  - Bom dia loirinha. - Katy disse.
 
  - Bom dia bonitinho - Ela sorriu para mim.

  - Anny!

  - Nossa vocês estão um trapo, o que houve? - Katy e eu nos olhamos, será que ela vai contar?

  - Eu... nós - Falamos juntos.

  - Pode falar Katy. - Ela não estava com coragem de contar, então coloquei meu braço em sua cintura, e a olhei, em um sinal que eu estava ali, eu estaria sempre ali.

  - Oli esteve lá em casa, ele ficou comigo ontem, eu tive uma crise...

  - Deus Katy, porque não me ligou?

  - E-eu não consegui... eu não achei seu número... - ela estava tremendo, fazer lembrá-la do que aconteceu na noite passada não é uma boa ideia.

  - Mas agora está tudo bem, não é?  - Ela olhou para mim, saber que ela encontra refúgio em meus olhos, me trás uma paz, faz eu amá-la cada vez mais. Ela acenou.

  - Obrigada Oliver por ajuda-la. - Anny disse, ao colocar sua mão em meu braço.

  - Você nunca vai precisar pedir para mim ajuda-la.
Minha vontade era falar, que ela nunca precisaria me chamar novamente, porque eu estaria com ela.