capítulo 1

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Diferente dos últimos dias, o céu não mostrava mais o amarelo do sol, talvez seja as consequências do fim do verão.
Na cama se enrolava nós lençóis sentindo a preguiça do acordar se ir, não estava pronto para começar a faculdade, mas não daria para trás, seguiria seu sonho e seria um grande escultor....
Pelo menos era oque pensava até o início do seu dia....

8 horas antes do acontecido
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Roger: Deidara! Já tá na hora! Se apresse, já deu a hora!

Seu pai, que quase nunca era presente batia na porta do quarto o apressando,
Deidara se perguntava o por que daquela pressa toda, como se o mesmo tivesse algo melhor pra fazer além de fumar sua maconha

Deidara: já estou pronto, vai me levar na faculdade?
Roger: vou, é no caminho do trabalho

"Trabalho"? Que trabalho é esse que te faz voltar todas as noites com cortes e manchas de sangue em sua pele!?

Deidara: certo.....er...pai? Posso ir a biblioteca depois da faculdade?
Roger: pra que? Pra se encontrar com aquele merdinha?
Deidara: Sasori não é um merdinha! Ele é meu amigo!
Roger: um Zé ninguém como ele não pode ser seu amigo! Não se compare a pouca merda Deidara!

O único "merda" ali era Roger, ele e toda sua podridão deveriam ser considerados merdas

Deidara: certo.....

Roger apenas se aproximava de Deidara brincando com os fios de cabelos compridos que insistiam em ser tão atrativos com aquele loiro tão cheio de vida

Roger: você se parece tanto com sua mãe....que merda em Deidara

Roger aperta suas bochechas e logo empurrava sua cabeça, não deveria ser algo normal, mas Deidara já estava acostumado com aquelas atitudes.
No fundo duvidava do laço sanguíneo que tinha com Roger, mas não o pressionar com suas dúvidas era a melhor solução

3 horas antes do acontecido
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Perdido pelos corredores da faculdade, Deidara se questionava se a arte era a melhor escolha para seguir carreira para toda sua vida.
Seguir a vida com a sensação de ser uma escória era pertubador, seu pai fazia questão de lhe relembrar que até os últimos suspiros de sua mãe a fez ter desgosto de si, Deidara se assumiu gay com 15 anos e aquilo foi um choque para a mãe que seguia o padrão da educação religiosa de sua família e de cara aceitou tamanha infelicidade que era ter um filho gay;
Achava que o pequeno não era mais puro por ser gay e assim seria condenado ao inferno, deidara até mesmo tentou, mais foi falho quando a mãe foi uma das vítimas de um tiroteio e para proteger Deidara se pôs na frente do mesmo, Deidara vivia com a culpa de ter dado desgosto e ser protegido por ela, desejava ele a ser o único a receber aquela bala no peito

Deidara: er.....ola! Sabe onde fica o bebedouro?

Deidara perguntava a uma moça alta e de cabelos roxos quase lilás pelo desbotamento

Konan: é a esquerda ao lado da porta do refeitório
Deidara: er......
Konan: não sabe onde é o refeitório não é?
Deidara: não, não faço a menor ideia de onde seja

A moça então ri breve de sua cara envergonhado e ao seu lado andava indicando o caminho

Konan: qual seu nome novato?
Deidara: Deidara....mais pode me chamar de Dei
Konan: você é fofinho Dei, adorei você

Deidara sorria tímido, as poucas palavras que costuma soltar não era por arrogância e sim por timidez

Deidara: obrigado, eu acho
Konan: o sinal vai bater e eu espero te ver no fim da aula, tchauzinho Dei

A roxa se vai deixando Deidara para trás, estava animado em encontrar alguém após a aula, estaria se enturmando rápido e logo imaginava ter vários amigos
Mal sabia ele.....

Me chame de Sr.UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora