Me chame de Sr.Uchiha

Capítulo 6

Trancado no quarto Deidara fingia não ligar para a vergonha que passou, as roupas que julgou serem ridículas estavam jogadas no chão ainda encharcadas pelo líquido da bebida que lhe foi gastado, quanto menos se movia melhor era pras dores que sentia, bom, até o momento que da porta ouvirá três rápidas batidas e sem ânimo o mesmo nem sequer ergueu o olhar

Deidara: da um tempo Itachi, caí fora chulé

Obito: sinto em te decepcionar, mais não é o Itachi

Quando ouviu a voz de Obito se surpreendeu e o olhou, o tal homem que tanto evitava estava ali o olhando encostado na porta de braços cruzados com um sorriso sádico nos lábios, como se estivesse se divertindo com a dor interna de Deidara

Deidara: vai rindo seu.....

Obito: olha a boca garoto, não me importaria de ver você com mais machucado do que está agora

O loiro se calou, tinha medo, estava com muita dor, sentia que se não fosse forte seu corpo não resistiria aos ferimentos, sua pele que um dia foi era tão pálida, alva como a neve......estava em roxidão e hematomas que doíam aos olhos de qualquer um que o virá

Deidara: o que você quer de mim? vamos diga de uma vez

O tal Homem apenas o olhou com os mesmos olhos sem vida que questionavam a alma de Deidara, fechou a porta atrás de si e caminhou até a cama, em passos lentos e com os olhos negros fixos aos olhos azuis do loiro

Obito: ah....por que esse medo todo Deidara?

Mostrou surpresa nos olhos ao ouvir seu nome sair de sua boca, não que achasse que Obito não soubesse seu nome..... mas de certa forma, seu nome nunca havia sido falado e soado de forma tão diferente, havia o tom de soberania em sua voz, a soberania que despertava uma energia que sugava sua alma e a atraía em direção a Obito

Deidara: não tenho medo de você, nunca tive e nunca terei, apenas quero que desista de mim, assim como todo mundo e me deixe ir, somente isso que te peço, me deixe ir.....

Obito disfarçou a surpresa no olhar enquanto o loiro dizia com tanto sofrimento enquanto deixava as lágrimas se acumularem em seus olhos azuis, por um breve segundo....sentiu pena do garoto

Obito: só ira embora quando me disser tudo sobre seu pai

Deidara: eu já disse, eu não sei de nada! ele pode ser quem ajudou a me por no mundo, mais nunca será um pai de verdade

Mais uma vez os olhos negros foram direcionados com atenção a Deidara que agora chorava em silêncio tremendo os lábios e manchando os belos olhos azuis em um vermelho de solidão total

Obito: pare de chorar

Deidara: estou proibido de sentir tristeza também?

Olhou irritado para Obito enquanto com a manga das roupas sujas tentava limpar o rosto melado das lágrimas recém derramadas

Obito: vá tomar um banho e troque de roupa, a partir de hoje não irá mais ser necessario ficar neste quarto trancado

Deidara olhou surpreso para Obito que ignorava o contato visual enquanto arrumava em si mesmo seu paletó

Deidara: como assim? então eu.....

Obito: não ira ser livre para ir embora, terá apenas liberdade para vagar pela casa, e nem pense em passar dos portões, mesmo se você quisesse, seria impossivel

Deidara: por que? se eu atravessar os portões você nunca iria me pegar?

Obito andou até a porta abrindo a mesma ouvindo a tentativa fracassada de irritação

Obito: sim, nunca iria te pegar.....por que mandaria matar você no exato momento que pisasse fora dos portões

Deidara engoliu as palavras afiadas e virou o rosto o ignorando e torcendo para que o mesmo fosse logo embora dali

Obito: da mesma forma que você não confia em mim, eu não confio em você Deidara, mais se quiser sair daqui terá que lembrar nem que seja da coisa mais insignificante que seu pai fazia, é a vida dele.....ou a sua!

E então a porta se fechou e Deidara pode deixar fluir a respiração que havia prendido pela tensão, não que Deidara se importasse, mais seria o certo fazer com o unico que restava de sua familia? sacrificaria sua vida por alguém tão desprezivel como seu pai? naquele momento nada fazia sentido, só queria ir embora e desejar que tudo aquilo fosse um mero pesadelo