Capítulo 7

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E então o sol nasceu, após acordar com a claridade permitiu-se ficar na mesma posição que havia acordado para processar que nada havia sido um sonho como queria que fosse, suspirou cansado e virou-se olhando em direção a porta, os olhos azuis se atentaram na bandeja ao lado da cama, havia comprimidos e bandagens novas para seus ferimentos, água filtrada em um jarro de vidro e roupas limpas sobre a cama, Deidara não entendeu, mas não questionou, se fosse pra sobreviver naquela casa, se adaptaria com o que lhe davam, sem escolha....
Ouviu o bater de três rápidas batidas na porta após a mesma ser aberta por uma jovem moça que sorria gentil

Governanta: licença jovem Deidara, estou aqui pra lhe avisar que o café da manhã está pronto
Deidara: e onde está?
Governanta: na mesa oras

Juntou as sobrancelhas não entendendo, estava comendo migalhas trancando no quarto a dias, o que a Governanta dizia não fazia sentido algum

Governanta: desça em dez minutos, o mestre não gosta de atrasos

A moça então se foi fechando a porta atrás de si, Deidara ainda se auto questionava o que estava acontecendo
Mas não se demorou, tomou um breve banho após tomar os remédios e trocar os curativos, vestiu a nova muda de roupa e descalço desceu as escadas que para si eram tortuosas pras pernas machucadas, quando se viu estava escondido atrás da porta da sala, com somente os olhos olhava para a sala e na mesma via uma farta mesa e sentados bem a frente estava ele...o tal Homem da Cicatriz

Obito: vai entrar ou vai ficar bisbilhotando por trás da porta?

Deidara então engoliu seco e adentrou a sala observando com atenção todo o local, pisava com cuidado, o lugar era desconhecido e sabendo que ali era apenas uma presa....andava com cuidado observando o local atento à aquele que chamava de predador

Obito: sente-se

Indicou a cadeira ao seu lado bebendo um gole do café, Deidara obedeceu, se sentou na cadeira vendo a mesma moça que o chamou o servir seu café

Obito: gosta de bolo? Temos alguns aqui que deve ser do seu agrado

Olhou sério para Obito e o mesmo parecia fingir não perceber a desconfiança de Deidara e naturalmente continuou agindo

Deidara: desembucha, o que quer?
Obito: como se você pudesse dar algo de valor

Rangeu os dentes segurando a vontade de soltar seus diversos xingamentos um tanto criativos

Deidara: então o que é toda essa baboseira? Tá muito estranho....
Obito: quero tratar bem meu aliado, apenas isso
Deidara: acho que confundio, tem outro refém sequestrado aqui que eu não tô sabendo?

Recebeu o olhar tedioso de Obito logo percebendo que sua ironia estava aos poucos o irritando

Obito: você vai me dizer tudo o que sabe e lembra do seu pai, preciso de todas as informações
Deidara: de graça nem injeção na testa querido

Obito então sorriu, um sorriso mórbido, havia manipulação naquele sorriso e Deidara parecia muito bem entender

Obito: certo....qual seu preço?
Deidara: ir embora, quero vazar desse lugar

Obito então posou o queixo na mão enquanto observava Deidara e sua marra, não negava que o loiro de fato era intrigante, um garoto de classe média solteiro filho único e sem ninguém além do suposto pai contrabandista, Deidara não era ninguém e sabia disso, só não sabia que tinha algo ao seu favor.....sua beleza

Obito: de tanta coisa que poderia me pedir voce me pede liberdade? Que chato
Deidara: pode ficar no meu lugar então, é uma maravilha ser feito de refém, ameaçado e apanhar sempre que um merdinha convém que está estressadinho
Obito: eu achei que você gostasse de apanhar.....seus gemidos são tão bons de ouvir

Sorriu ao ver a cara espantada que Deidara fez, logo tomando mais um gole do seu café

Obito: de qualquer forma faremos um trato, sua ajuda em troca da sua liberdade......é um ramo cheio de espinhos, tudo depende de você, eai? Temos um acordo?

Deidara sabia que naquele acordo era seu sangue que estava em jogo além de tudo depender de si mesmo, precisaria se arriscar e pensar o que aconteceria mais tarde lá fora ou lá dentro, presava por sua vida e por mais que seu fio de esperança estava para se romper, quis confiar, não tinha nada a perder e nem a ganhar, mas o negro daqueles olhos o transmitia verdade, e era nisso que se apegaria até o final

Deidara: espera que esteja sendo sincero comigo

Estendeu a mão após da uma lambida na mesma

Obito: não vou tocar a sua mão
Deidara: ah qual é? Um trato tem que ser oficializado a moda antiga

Obito então com a expressão de nojo tocou a mão de Deidara e virou o rosto enjoado ao sentir a mão do mesmo molhada

Deidara: hahaha idiota, você pegou na mão hahaha
Obito: quer morrer garoto?

Deidara então parou de rir ao ouvir a voz alterada vendo o mesmo recolher a mão a limpando em um guardanapo qualquer

Obito: pode confiar em mim Deidara.....se colaborar terá aquilo que combinamos
Deidara: como pode me garantir que tá sendo sincero comigo?

Obito então bebeu o último gole de café se levantando da mesa arrumando em si seu terno requintado enquanto acompanhado por seguranças caminhava em direção a porta

Obito: sou um Uchiha.....e um Uchiha mantém sua palavra

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Me chame de Sr.UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora