Capítulo 5 - A gente...?

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Ponto de vista - Docete.

Eu já não estava conseguindo mais pensar em nada, quando o Kentin disse aquilo, foi como se eu estivesse alucinando.
Só consegui resmungar algumas palavras.

Docete: ...Por favor, me leve pra casa.

Ele suspirou, preocupado.

Kentin: Está bem. Vem.

Ele segurou na minha mão para que eu não perdesse o equilíbrio.
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Ponto de vista - Kentin.

Antes de levar a Docete até o seu dormitório, tive que avisar seus amigos antes.

Alexy: Eu posso ir com ela, Kentinho!

Chani: Eu também! Eu já estava indo embora mesmo.

Rosa: Ei! A melhor amiga sou eu.

Kentin: Sem condições, Rosa. Você está quase tão bêbada quanto ela.

Rosa: Pff...

Kentin: E gente, não precisa, eu levo ela.

Alexy: Certeza?

Eu afirmo com a cabeça.
Nos despedimos e quando eu estava quase levando ela até seu dormitório, penso que ela divide ele com a Yeelen.
As duas beberam, isso não vai dar certo...

Kentin: Bom, só tem uma solução.

Docete: Hmm...O que?

A Docete estava quase dormindo no meu ombro, não estava entendendo nada.

Kentin: Tudo bem se eu te levar para o meu apartamento?

Docete: Só quero sair daqui...

Assim que ela pediu, eu a levo para lá  que, por sorte, não era muito longe.

Kentin: Chegamos...

Eu destranco a porta e puxo ela levemente para dentro.

Kentin: Quer se sentar? Vou pegar uma água para você.

Docete: Uhum...

Ela se senta no sofá, caindo de sono.

Enquanto eu pegava água para ela, estava pensando na situação que me meti. E por incrível que pareça, eu não estava me sentindo mal, eu gosto da oportunidade de poder cuidar dela (embora não devesse).

Kentin: Docete, aqui está sua água...Docete?

Quando olho, vejo ela dormindo deitada no meu sofá. Sorrio para mim mesmo.

Kentin: Vem, vou te levar para o quarto.

Docete: Hmmm....

Ela não acorda, apenas resmunga e volta a dormir.

Kentin: Ok, você quem pediu!

Eu a pego cuidadosamente no colo e levo a mesma até o meu quarto. Não posso deixar de me sentir culpado...Sei que não estou fazendo nada de errado, mas eu sinto como se estivesse fazendo algo sem a aprovação dela.

Coloco ela na cama e a cubro.

Kentin: Boa noite...

Quando estou saindo do quarto, ouço alguém me chamar com a voz trêmula.

Docete: Kentin...Fica comigo.

Kentin: O - o que?

Docete: Só mais um pouquinho, por favor?

Não tinha como eu negar.

Kentin: Está bem.

Eu me sento na ponta da cama e ela me encara.

Docete: Eu gosto de ficar com você.

Kentin: ...Eu também gosto. Mas você devia dormir, já curtiu demais por hoje.

Docete: Não quero dormir!

Kentin: Docete, vamos...Dorme um pouquinho!

Docete: Hmm...Só se você me contar porque está fazendo engenharia.

Kentin: O que? Como assim por que? Eu gosto de engenharia...

Docete: Nah...Você prefere cães porque eles são iguais a você!

Kentin: Era pra ser um elogio?

Eu começo a rir.

Docete: Você ainda não me respondeu!

Kentin: Se eu te contar, você não vai se lembrar de nada amanhã. Vai, dorme, e amanhã eu prometo que te conto.

Docete faz um biquinho mas acaba cedendo.

Docete: Posso ganhar pelo menos um beijinho de boa noite?

Kentin: Você é doida...

Docete: Vamos!

Eu a beijo na testa.

Docete: Não era isso que eu esperava, mas serve.

Kentin: Boa noite, princesa.

Docete: Boa noite!

Eu saio do quarto e desço para dormir no sofá, pensando nisso tudo que aconteceu. Com ela, tudo é uma aventura.
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Ponto de vista - Docete.

Eu acordo com uma dor de cabeça horrível de manhã, não lembrando de quase nada.
Até que cai a ficha: Onde é que eu tô? Que quarto é esse?

Docete: Ei...Caralho! Onde eu tô?

Mil coisas passam pela minha cabeça.
Será que eu dormi com alguém? Fui sequestrada? Drogada? Enganada?

Enquanto tento decifrar, vejo alguém abrindo a porta do quarto em que eu estava.

Docete: Kentin! Ah, ainda bem!

Kentin: Bom dia, senhorita!

Espera aí...Se eu tô no quarto dele isso significa que...?

Kentin: Você está bem? Vai conseguir ir para a faculdade?

Docete: É...Eu não sei. Estou com uma dor de cabeça mas não sei se-

Kentin: O que? Relaxa, vou pegar um remédio pra você! Quer voltar a dormir? Beber algo? Fique a vontade, a casa é sua.

Ele sai do quarto pra procurar um remédio, preocupado.
Eu rio para mim mesma. Acho que ele nunca vai deixar de ter 17 anos.

Depois que nos acalmamos, ele me deu um remédio para dor de cabeça e me chamou para tomar café com ele.

Kentin: Mas, e aí? Você tá melhor?

Docete: Tô sim, o remédio fez efeito.

Kentin: Ah, que bom! Vai ir a faculdade?

Docete: Sim...Acho que eu não tenho nenhuma desculpa agora.

Nós dois rimos.

Mas algo ainda perturbava minha mente, o que eu tava fazendo no apartamento do Kentin? Por que eu dormi lá?

Docete: Kentin, posso te perguntar uma coisa?

Kentin: Claro!

Docete: Ontem, eu só me lembro que nós saímos e eu bebi muito...E depois, não me vem mais nada a cabeça.

Kentin: Sim...?

Docete: Eu queria saber o que eu tô fazendo aqui? A gente...?

Kentin: O que?! Ah, não não...Não se preocupe! A gente não fez nenéns.

Eu me engasgo com o café que estava tomando, rindo com as palavras dele.

Docete: Mas então, por que eu estou aqui?

Kentin: Bem, você bebeu muito ontem, e acabou ficando meio...Fora de si. Então eu tive que te trazer até aqui para me certificar que você ficasse bem.

Docete: Nossa...Muito obrigada por cuidar de mim! Mas, me diga...

Kentin: Sim?

Docete: Eu falei alguma besteira enquanto tava bêbada? Sabe, vindo de mim, eu não me espantaria.

Kentin: A - Ah...Sobre isso...

Continua...

Sweet like a cookie. {Kentin and Candy}Onde histórias criam vida. Descubra agora