PRÓLOGO

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    — Não parece ser uma boa idéia. – Anastasia diz receosa para sua "amiga" que apenas revirou os olhos caminhando até o muro da escola.

— Deixa de frescura, até parece que nunca matou aula. – A garota falou enquanto tentava escalar o muro.

— E eu nunca matei! – Exclamou. — E também tá começando a chover, é perigoso subir esse muro, a gente pode escorregar. – Ana falou e viu Claire descer e caminhar até ela.

— Amiga, eu entendo o porquê você tá evitando ir pra festa.

— Entende? Ah, graças a Deus eu não aguentava mais ter que inventar desculpas e eu já não tava com um bom pressentimento… – Ela foi interrompida por sua amiga que colocou o dedo na frente de seus lábios.

— É por causa da sua mãe, não é?

— O que? Claro que não… – Ela foi interrompida novamente.

— Eu entendo, eu também vivia sobre as asas da minha mãe, nunca saia por medo de decepcioná-la, sempre com medo de fazer qualquer coisa errada, mas aí eu percebi, eu 'tava perdendo a melhor fase da vida.

— Essa é a melhor? – Diz apenas para ser ignorada novamente.

— O que eu tô querendo dizer é, só se vive uma vez, e você com certeza não está vivendo. – Ela caminha de novo até o muro. — E então Anastasia, você vai ficar? Ou vai pular esse muro e começar a viver?

Anastasia olhou para a garota com uma expressão pensativa, mas logo tomou a sua decisão.

— Eu vou começar a viver.

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Isso definitivamente não foi uma boa ideia. Horas já tinham se passado e Anastasia estava encolhida num canto. A garota caminhou até Clair, que estava completamente bêbada e dançando com um desconhecido.

— Claire, tá ficando tarde, eu acho que vou embora. – Claire revirou os olhos.

— Tá, tanto faz. – Voltou a dançar e agora foi a vez de Anastasia revirar os olhos.

— Você é a minha carona, lembra?

— Olha, você não pode ir sozinha não? Eu tô com companhia agora. – Anastasia olha bem pro rosto da garota e por fim deu de ombros.

— Tanto faz. – Ela se virou e foi em direção a saída daquele lugar. Já no caminho de casa, Ana sentiu seu telefone vibrar, era a sua mãe na 16° chamada perdida, ótimo. Essa foi definitivamente a pior decisão da vida dela, aquele lugar era um lixo e sua mãe ia matar ela. — Será que tem como piorar? – A garota fala sozinha e de repente a sensação de estar sendo seguida a invade. — Eu tava brincando universo. – Diz e começa a andar mais rápido.

A menina estava chegando na esquina de sua casa morrendo de alívio ,mas é como dizem, a alegria de pobre dura pouco.

— Passa tudo – Anastasia levantou as mãos e olhou assustada para a arma. — Anda, garota.

Ela entregou a sua bolsa que tinha apenas seu celular e 50 reais.

— O que? Só isso? – O bandido revirou a bolsa procurando por mais alguma coisa.

— É-é só isso, eu juro. – Diz trêmula. A garota sentiu suas lágrimas descerem ao perceber o homem apontar a arma pra ela. — Não, por favor você… – Ela foi interrompida por um som alto e uma queimação em seu peito. A garota olhou pra baixo vendo o buraco no seio direito, essa foi a última coisa que viu antes de cair no chão e ser levada pela escuridão.

 A garota olhou pra baixo vendo o buraco no seio direito, essa foi a última coisa que viu antes de cair no chão e ser levada pela escuridão

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PΛЛÐФЯΛ || Jake Sully ||Where stories live. Discover now