Como era

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"O sol é uma coisa arrogante, sempre deixa o mundo para trás quando se cansa de nós. A lua é uma companhia leal. Nunca vai embora. Está sempre lá, vigiando, firme, conhecendo-nos em nossos momentos de luz e escuridão, sempre mudando como acontece conosco. Todo dia mostra um lado diferente. Às vezes, é fraca e abatida; outras vezes forte e cheia de luz. A lua entende o que é ser humano.

Incerta, sozinha. Com crateras de imperfeições"

estilhaça-me

˚ ༘·˚ ˏˋ .*ೃ✧                                                                                                                                                                  Harry styles, pov.

Essa sensação sempre é melhor que a anterior, primeiro bate um sentimento de autoconfiança que desconheço quando estou sem ela, uma sensação de felicidade e euforia me preenche e assim provoca um prazer e um vigor tão intenso que me questiono como as pessoas vivem sem isso.

Toda vez que a uso os elementos ficam um pouco um quanto eufóricos, sinto o fogo arder em minha corrente sanguínea, como se pedisse pra sair de forma cortês e ao mesmo tempo sem ligar para minha vontade.

O ar é um dos mais cômicos na verdade, é como se ele estivesse louco para brincar e com isso ele fica balançando minhas mechas morenas de um lado para o outro, parece que sua concentração em minha volta se expande como se eu tivesse mergulhado em uma piscina de Ar? É, acho que sim, mas não posso afirmar com certeza já que algumas coisas são frutos das alucinações que a minha cabeça prega.

Abaixo lentamente pela parede áspera e fico apreciando a sensação prurida que toma conta de mim, me atento em me coçar mas me controlo.

A cortina se abre e subo meu olhar lentamente de encontro com olhos azuis cristalinos.

–Cara, você não é bom sozinho nem por segundos, por que está sentado no chão?–pergunta, consigo distinguir um cabelo loiro, provavelmente Niall.

–Me deixe em paz, sabe que não é fácil.– Consigo soltar em palavras e me sinto orgulhoso por tal fato, geralmente após essas situações eu só concordo com tudo que escuto e fico aguardando acabar toda a cerimônia.

Subo com ajuda de minhas mãos se apoiando na parede e forço minha perna a não tremelicar.

Um fato é que o Ar ajuda nisso.

–Que tipo você tem usado?–Acredito que Niall ainda pergunte, não por curiosidade, mas pra saber se é a qual ele me apresentou. Sabe, por desencargo de consciência.

Não respondo, não é que eu não queira, é que realmente não sei qual ingeri.

Limpo rapidamente manipulando o ar para que ele possa levar embora os últimos resquícios e de forma que ninguém, fora Niall, possa nem imaginar o que estava fazendo aqui atras, abro as cortinas velhas, e esse pó é o que realmente me irrita já que sinto até minha rinite atacar.

Caminho sem pressa atrás do loiro a minha frente, tenho consciência de que ele sente um pouco de culpa por isso, mas eu particularmente só tenho a agradecê-lo, antes eu garanto, que era pior. Acho que conviver com situação da minha vida não é fácil para os a minha em volta, assim como eles sabem que para mim é quase insuportável viver.

Viver. Por um momento imagino se morrer não seria uma rota mais tranquila, acredito que sim. Mas ao mesmo tempo, o que seria deles?

Ainda tenho registros da minha infância com Niall e Amanda, aqui em Aire quando começa o outono é como se tivesse um grande festival colorido entre pontos laranjas escuros e vermelhos acobreados, das folhas secas que caíram, o ar se alegra e parece brincar com elas. Certa vez, Niall pediu para eu usar o ar em meu favor.

desenlace ✧ l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora