The Dead World

Capítulo 1

24 de Março de 2022

Em um dia ensolarado, o despertador toca, e logo o barulho faz Kauan acordar, que está completamente cansado pois na noite anterior trabalhou até tarde com seu Pai. Ele se levanta, toma seu banho, escova seus dentes e prepara seu café da manhã. Após pegar uma xícara de café e alguns biscoitos de maizena, ele vai á sala e liga sua televisão, colocando nas noticias diárias, e logo se assusta, pois a Rússia, mesmo depois de um mês continuava em guerra com Ucrânia e desta vez, novamente havia bombardeado locais, como Mercados, Algumas clinicas e outro lugares, mas o que o assustou foi a explosão em um laboratório que pesquisava sobre curas de doenças que eram até então incuráveis.

Após o Laboratório ter explodido, uma grande fumaça verde e vermelha surgiu, as imagens eram impressionantes, algo nunca visto antes pela humanidade, ninguém sabia o porquê desta grande fumaça, infelizmente e obviamente ninguém havia sobrevivido a explosão. Horas depois havia relatos de soldados e civis que havia sido mortos e depois voltaram a vida porém com um comportamento agressivo em que tentavam morder qualquer um que passasse por eles, havia videos comprovando que não era apenas boatos e sim, que eram relatos verdadeiros, porém muitos canais tanto da Televisão, como no Youtube e outros sites afirmavam ser puro Photoshop, e isso deixava dúvidas na população. O presidente do Brasil, chegou a se posicionar e afirmar que essas notícias eram falsas , isso tudo aconteceu em horas, então qualquer pessoa perceberia que algo realmente estava acontecendo, porém ninguém realmente se importou e continuaram a viver suas vidas.

Dois dias depois, o grande dia de praia chegou, Kauan se arruma, pega sua mochila, e sai de sua casa para o metrô que o levava a praia. Como sempre, o metrô estava lotado, e Kauan se espremia no meio da multidão onde o fedor do perfume barato, suor, mau cheiro se misturava e se espalhava por todo os vagões, junto ao calor do Rio de Janeiro, Kauan observa a pessoa ao seu lado, se atualizando com as notícias do vírus mortal, mostrando assim casos em estados próximos como São Paulo, Minas Gerais, Espirito Santos etc. Nessa reportagem mostra vídeos fortíssimos, de pessoas infectadas sendo devoradas, de policiais atirando nas pessoas sendo que essas pessoas continuavam vivas, ver isso causa um sentimento forte de pânico em Kauan, e por um exato momento, ele se imaginou no meio disso tudo, seu coração acelerou, começou a soar muito, arrepios, uma sensação de engasgo e o pior de tudo o medo de morrer. Aos poucos, tentava reduzir esse medo que o causava, respirava fundo e tentava manter a calma, logo se ouve a voz do Metrô que dizia que o destino seria o próximo. Descendo do Vagão, ele olhava para os lados e observava que tudo parecia estar como sempre, subia as escadas, e logo em seguida saia da estação. Em direção a praia, o sentimento de pânico parece estar desaparecendo aos poucos, ele pega seu celular e liga para seus pais com o objetivo de informar que havia chegado a praia, e nisso sua mãe atende porém ao responder toma um susto com um homem e deixa o celular cai ao chão, o homem segurava uma placa que dizia: "O FIM ESTÁ PROXIMO", ele dizia que as pessoas deveriam voltar para suas casas e ficar com quem amam pois logo não teriam essa oportunidade, após pegar o seu celular e sair de perto daquele homem, ele viu que seu celular não estava ligando e estava todo molhado, por isso tirou sua camisa e enrolou o celular nela, tentando assim secar porém não funcionou, como não havia mais o que fazer, apenas deixou enrolado e pôs em sua mochila.

Chegando na praia, ele pegou um lençol e jogou na areia junto ao guarda sol que ele havia alugado, ao seu lado havia um casal, nisso ele puxou conversa com eles, que foram totalmente simpáticos, o rapaz havia dito que no caminho, um mendigo que parecia estar com fome e machucado parecia ter tentado o roubar e acabou o mordendo, porém a mordida parecia estar um pouco melhor que antes, e por ai o papo rendeu. Após um tempo conversando, Kauan pede para que olhassem seus pertences, botando assim um voto de confiança já que não havia muita coisa de valor e por que eles pareciam não ser esse tipo de pessoas, Então ele decide dar um mergulho, levanta e corre em direção ao mar, entra e pula nele, assim sentindo o mar, mergulha e nada por um tempo. Após um tempo, ele ver uma multidão se aglomerar, preocupado e curioso, ele volta junto as ondas que o empurravam para areia, ele se aproxima da multidão, e ver no centro dela, o rapaz que havia sido mordido pelo mendigo que parecia estar tendo convulsões, seus olhos reviravam, e a mordida parecia apodrecer junto a pele, até que um médico fora do expediente se aproxima, e ver a situação do rapaz, colocando o jovem de lado, vendo a situação grave, pede para a multidão se afastar, até que o jovem para de se mexer, o médico coloca a mão em seu pulso e ver que o jovem está frio como um cadáver, então já sabendo da situação, diz a todos que ele está morto, a namorada do rapaz se acaba de chorar , o médico então observa a mordida que estava podre e parecia ser espalhar pelo corpo, suspeitando que poderia ser a doença nova que tanto estava sendo dita, ele levanta e puxa o seu celular do bolso para avisar a emergência do ocorrido, a namorada do rapaz, desaba no chão chorando muito ao lado do corpo de seu namorado, Nesse instante se ouve um barulho vindo do céu, as pessoas olham para cima e se deparam com um avião vindo de longe e descendo rápido em direção ao Cristo, o avião está pegando fogo, e junto a isso corpos caiem do avião em direção da areia e nas pessoas que estavam na praia, o avião vai direto a montanha, batendo contra ela e explodindo, as pessoas começam a correr desesperadas, os corpos que caíram do avião começam a se levantar ou simplesmente a se arrastar atrás dos vivos, Kauan entra em pânico, e corre para pegar sua mochila, ao pega-la, ele ver o rapaz devorando sua namorada bem no pescoço dela exatamente onde fica vocais, ele via a reação dela que tentava gritar porém não conseguia, ao ver isso o desespero aumenta, Kauan começa a correr em direção de volta ao metrô, nesse caminho ele observa a zona que a cidade se tornou, acidentes de carro, tiros, pessoas mortas, pessoas sendo devoradas, o desespero tomou conta de todos.

Ele junto a uma multidão corre pra dentro do metrô e tentam pegar o vagão para fugirem dali, porém apesar disso, já há infectados por lá, as pessoas estão como um rato em uma labirinto sem saber pra onde ir, perdidas, umas pulavam e corriam para o vagão, outras corriam para algum lugar em que pudessem se proteger, Kauan corre então para um prédio que estava por perto, e desesperado aperta no interfone para o porteiro abrir, porém o porteiro se recusa a abrir, mesmo assim ele continua a implorar, gritando desesperado por ajuda, até que ao se virar, um infectado tenta morde-lo, tentando agarrar ele pelo pescoço, Kauan empurra o infectado para trás e sem esperar a ajuda do porteiro, ele escala o portão e o pula para dentro, vendo isso o porteiro tenta fechar a porta antes que Kauan possa entrar porém fracassa, o porteiro fecha a porta, puxa um taser e ameaça atacar, pois achava que ele pudesse estar infectado, e mandava que ele se retirasse do prédio, porém obviamente, Kauan se recusou pois sabia que se voltasse para fora, morreria, então implora novamente para que o porteiro reconsiderasse porém o porteiro insistiu até que mais pessoas tocaram o interfone e isso distraiu o porteiro, foi ai que Kauan teve sua chance, puxou uma chave que estava pendurava e subiu as escadas correndo até entrar no quarto da chave que havia pego, depois trancou, sentou-se apoiado a porta, e respirou profundamente sem acreditar em tudo o que havia acontecido, por último, ele pegou o celular de sua mochila, tentou ligar o seu aparelho, porém continuava sem funcionar.