Capítulo 8

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Henry Bianchi

Entrei no restaurante do hotel por volta das  20h e esperei por Olívia completamente ansioso, aquela mulher tinha algo que me encantava dentro dela, não sei se pela força que ela emanava ou pela beleza única que ela tinha. Cumprimentei alguns conhecidos e pedi o melhor da casa, ela merecia.

Matteo chegou acompanhado de uma bela mulher, causando-me náuseas e um pequeno desconforto. Logo que soube que meu irmão bastardo resolveu se instalar no hotel pelos próximos dias que viriam, fiquei receoso sabendo que nosso pai estava por trás disso. Havia alguma coisa, apesar de que, Matteo estava certo que seria sócio das empresas Bianchi Gali, não me tirava da cabeça que não era somente aquilo que o trouxera para Las Vegas. Ele acenou brevemente e se sentou em uma mesa próxima a grande janela do restaurante, a mulher que o acompanhava, sentou educadamente e os dois olharam o cardápio enquanto conversavam sobre algo.

Olhei no relógio do pulso e marcava 20h10, provavelmente Olívia estava atrasada, assim espero. Não consigo imaginar que ela desistiu do nosso jantar, parecia tão interessada quanto eu. Olhei para a entrada do restaurante e minutos depois, Adam aparece com a maior cara limpa. Ele havia sumido pelo restante do dia, aparecendo somente agora. O irresponsável caminhou tranquilamente até a minha mesa, sentando-se sem se pedir.

— Está esperando alguém? — pegou o cardápio, fazendo-me o olhar incrédulo.

— Onde você estava? Combinamos de que não iria sumir do nada. Aparentemente, você continua não cumprindo as suas promessas. — puxei o cardápio de suas mãos e ele sorriu.

— Você é meu melhor amigo Henry, mas às vezes parece meu pai, por que não deixa eu me divertir? — ergui as duas sobrancelhas com tamanha cara de pau. — desculpa por ter sumido, não farei mais isso. A ressaca me pegou, a garota que estava comigo sumiu e não me deu mais notícias, estou me sentindo entediado e... Preciso de uma dose de uísque. Que tal irmos ao bar?

— Não posso, tenho um compromisso. — ele olhou em direção à Matteo e logo após seu olhar voltou para mim.

— O que o bastardo está fazendo aqui? Esse cara parece um chiclete! — o garçom passou e meu amigo o chamou. — Bourbon, por favor.

— Giancarlo resolveu me punir e não sei exatamente o porquê, já que me mandou para resolver as questões do hotel. Acredita que ele resolveu me casar com a filha dos Montenegro? — Adam me olhou surpreso.

— Seu pai vive em que século? Casamento por contrato? Que clichê... — riu, atraindo a atenção de algumas pessoas.

— Não é exatamente por contrato, mas chega a beirar isso. Me dê licença, Adam. — o garçom voltou com o Bourbon e Adam pegou o garrafa.

— Ok, estou saindo. A garrafa fica por sua conta! — levantou, debochado.

Dei um sorriso. Adam parecia um adolescente, mas já estava beirando os trinta anos assim como eu. Olhei no relógio novamente e 20:30.

Com certeza ela não viria, já estou aqui há quarenta minutos... Levei um bolo, que maravilha! Já estava prestes a levantar para ir embora, quando uma figura adentrou o restaurante, ofuscando os demais que se encontravam ali. Era ela e como estava deslumbrante! Usava um vestido longo com uma fenda aberta na perna esquerda da cor nude e o decote bem vestido, deixando-o sexy e nem um pouco vulgar. Os cabelos estavam lisos, os lábios em tom vermelho me deixaram excitado quase não consegui me mover.

Caminhos QuebradosOnde histórias criam vida. Descubra agora