Capítulo 8

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Para os meus novos leitores, eu costumo trazer pequenos P.O.V do casal secundário, então queria perguntá-los, vocês querem que tenha P.O.V Chaesoo?

Mais uma coisa, também para os novos leitores, todos os meus protagonistas passam por processo de mudanças para a cura de seus traumas, então eles erram bastante justamente por estarem machucados. Não é infantilidade e não é burrice, é reflexo dos próprios traumas e medos.

Tenham em mente que algo só precisa ser curado se estiver doendo, portanto para haver cura antes precisa ter dor.

E o retorno da lenda, vem aí.

Lalisa Manoban

Eu subi aquelas escadas calmamente, evitando fazer o máximo de barulho, embora eu soubesse que muitos deles já estavam acordados ou apenas estavam deitados de preguiça em suas camas. Os empregados foram os primeiros, afinal precisam acordarem bem cedo para colocarem em andamento suas funções, pelo menos algumas delas.

Me tornei uma pessoa matinal após dar início a minha empresa, antes eu odiava a ideia de ter que acordar cedo, mas agora me agrada o clima frio pela manhã e o fato de ser mais silencioso comparado à duas da tarde. Por conta de Love, eu também passei a gostar das manhãs, pois eu sempre o levava para um longo passeio e voltávamos esgotados, porém feliz.

Como fiz hoje.

Pela pequena cidade, todas as ruas levarem ao centro e tudo ser fácil de ser localizado, era bom levar Love para passear por ali, ainda mais pela movimentação de carros ser menor do que em Seul. Óbvio que eles têm carros, mas muitos deles preferem seus cavalos, bicicletas ou irem andando até seu ponto de interesse.

Eu fui andando, foi um tanto nostálgico e gratificante ver toda a cidade novamente, mas é extremamente esquisito como parece que nada mudou por aqui. Não sei explicar, as pessoas parecem que não mudam, simples assim.

Muitos me cumprimentaram, afinal eu cresci aqui, portanto eles praticamente me viram crescer e foram ao meu casamento há uns anos. Me perguntaram como eu estava e eu respondia que estava tudo bem, em partes não é mentira, mas também não é verdade. Estar de volta nessa cidade me trazia lembranças, lembranças que um dia me esforcei bastante para esquecer ou apenas não sentir mais as mesmas coisas quando eu me recordava.

Éramos um casal jovem, nos conhecemos no colegial, portanto já podem ter uma ideia do quanto nós andávamos pela cidade após a escola ou ficávamos na praça vendo a movimentação. Também tem o shopping, as vezes íamos para lá e tomávamos sorvete, comprávamos hambúrguer ou pizza, dependia do quanto conseguíssemos juntar naquela semana. Meu pai, embora rico, ele nunca foi de nos dar dinheiro facilmente. Tínhamos nossa mesada, mas para recebê-la nós o ajudávamos e creio que isso serviu para nossa formação.

O que quero dizer é que infelizmente em cada ponto dessa cidade eu tenho uma lembrança com ela, lembranças que eu adoraria que fossem apagadas da minha mente, mas eu não tenho esse poder.

Pude usar minha audição para saber o que poderia estar acontecendo em meu quarto e notei que Jennie já havia acordado, dei duas batidas na porta, embora seja meu quarto e a própria a abriu.

Suspirei.

— Me desculpa. — Eu lhe estendi um buquê de flores. — Eu não quis soar tóxica, embora tenha sido isso que aconteceu, é que... — Levei minha mão até a nuca enquanto encarava seus olhos felinos. — Foi apenas um reflexo, sabe?

Jennie semicerrou os olhos em minha direção, ela lentamente fechou a porta e eu ouvi alguns passos dentro do quarto, logo ela a abriu novamente e simplesmente estendeu uma tesoura cortando-as.

Am I Pregnant With My Boss? | Jenlisa (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora